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A importância da pausa para o café para Marcelo Raskin, CEO da Keune Haircosmetics Brasil

Marcelo Raskin, CEO da Keune Haircosmetics Brasil, encontra no preparo da bebida um caminho de conexão

O executivo Marcelo Raskin: preferência pelos métodos Hario V60, Chemex e prensa francesa (Leandro Fonseca/Exame)
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 1 de agosto de 2024 às 11h54.

Última atualização em 23 de agosto de 2024 às 16h51.

Espresso, coado ou filtrado a frio. O cheiro de café está presente nas manhãs dos brasileiros, e não seria diferente na casa de Marcelo Raskin, CEO da Keune Haircosmetics Brasil. Mas, para além daquela xícara para começar o dia, Raskin se dedica a intensas pesquisas para extrair o melhor café.

“Logo cedo, antes de ir para a academia ou para as aulas de tênis, faço meu café. Deixo os grãos moídos na noite anterior na geladeira, para quando eu acordar já estar com esse processo adiantado e deixar a manhã mais prática e também para não fazer barulho em casa e não acordar a família. É um ritual: esquento a água, passo o café, me conecto, é a minha meditação”, diz o executivo, que costuma usar os métodos Hario V60 e prensa francesa.

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O interesse pelo café começou quando se casou e ganhou de presente uma cafeteira italiana, dez anos atrás. Um amigo de infância também se interessava pelo assunto e começou a dividir indicações de materiais e vídeos sobre esse universo. “Comecei a conhecer um pouco mais e comprei uma Hario V60 e um moedor. Tudo mudou. Consegui explorar muito mais as características do café, a acidez, adoçura, os sabores”, diz.

Atualmente Raskin tem explorado o método de coagem da Chemex, uma peça única de vidro em formato de ampulheta criada em 1941 pelo cientista alemão Peter Schlumbohm. O design é inspirado na escola de design Bauhaus e em materiais de laboratório não porosos, que não transmitem sabor para a bebida.

Assim como os apreciadores de vinho escolhem suas bebidas pelas uvas, Raskin acredita que o café se diferencia pela origem do grão e pelo método de filtragem. “Como os grãos foram secos e torrados, também vão transmitir sensações diferentes.” Com isso, Raskin costuma explorar cafeterias em viagens internacionais.

“Tenho minhas cafeterias preferidas em Amsterdã, Nova York e Paris. Gosto de cafés raros, como os japoneses. São incríveis. Etiópia, Indonésia, Panamá, Colômbia, Costa Rica e Brasil, é claro, têm cafés bem legais.”

Raskin é CEO da holding Gera Partner e lidera a Keune Haircosmetics Brasil, que começou com uma equipe de cinco pessoas e hoje conta com 280 colaboradores diretos e 150 indiretos.

A Keune, fundada em 1922 em Amsterdã, é uma empresa familiar que viu no Brasil um mercado promissor. A empresa tem experimentado um crescimento significativo no Brasil, com aumento de 16% no faturamento em 2023 em comparação com o ano anterior.

“A marca cresce na ordem de dois dígitos anualmente. Os anos de 2020 e 2021 foram atípicos, mas em 2018 e 2019 o crescimento foi de cerca de 20% em relação ao ano anterior”, diz. O retorno às atividades normais após a pandemia contribuiu para esse crescimento expressivo, com mais pessoas voltando a frequentar salões de beleza.

Com o olhar voltado para o futuro, Marcelo Raskin está otimista com as perspectivas de crescimento contínuo da Keune no Brasil. Ele acredita que a combinação de tradição e inovação será crucial para manter a relevância da marca no mercado. “Estamos sempre buscando novas maneiras denos conectar com nossos clientes e oferecer produtos que atendam às suas necessidades,” diz o CEO, entre um gole e outro na sua xícara.

Agradecimento ao Moka Clube

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