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8 maneiras de estragar uma viagem

Não pesquisar sobre o destino ou levar muita coisa na mala são algumas das formas de arruinar um passeio para lugares desconhecidos

Levar coisas demais e esquecer remédios são erros que podem gerar problemas na viagem (FABIO MANGABEIRA)

Levar coisas demais e esquecer remédios são erros que podem gerar problemas na viagem (FABIO MANGABEIRA)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2012 às 10h18.

São Paulo – O sucesso de uma viagem não é medido apenas pela quantidade de fotografias e suvenires obtidos no destino. Por trás de centenas de imagens alegres, podem esconder-se grandes frustrações causadas pela falta de planejamento ou de sintonia entre os turistas.

Antes de comprar as passagens e fazer as malas, é importante ficar atento a alguns pontos que podem transformar uma viagem em puro estresse. Depois de percorrer muitas milhas, as jornalistas Adriana Setti, especializada em turismo e blogueira do ViajeAqui, e Laura Capanema, repórter da revista Viagem e Turismo, juntaram suas experiências e disseram a EXAME.com as principais formas de estragar um passeio. 

Erro: Escolher um destino que não se encaixa em seu perfil

Nem todo roteiro é para qualquer um. Decidir um lugar que não tem a ver com a personalidade do turista ou com seu objetivo – se é para descanso ou para conhecer o máximo possível – tudo pode ser uma grande perda de tempo e dinheiro.

“Conheço pessoas que nunca haviam feito mochilão e resolveram encarar um mês na Europa com 15 destinos no roteiro: foi muito pesado e voltaram no meio da viagem, simplesmente por não terem aguentado o tranco”, afirma Laura Capanema. Segundo a jornalista, é comum as pessoas confundirem viagens para conhecer lugares interessantes com as para descansar o corpo e a mente. Apesar de a união dos dois ser o ideal, isso nem sempre é possível.

Erro: Levar muita coisa na mala

Carregar peso demais pode ser desconfortável na hora de transportar a bagagem entre diferentes destinos e ainda é um obstáculo para quem gosta de fazer compras. De acordo com Adriana Setti, a regra é: melhor faltar do que sobrar.

“No mundo globalizado, a menos que se viaje para um lugar muito primitivo, há pouquíssimas coisas que você possa precisar desesperadamente e que não consiga encontrar no destino em questão”, diz. Outro problema sério na hora de fazer a mala é esquecer remédios que costuma tomar, pois alguns só podem ser adquiridos com receita médica, que nem sempre é levada.

Erro: Não pesquisar o clima do lugar

Frio e calor são apenas duas variações entre muitos tipos de condições climáticas que podem se tornar grandes dores de cabeça, caso o viajante não esteja preparado. Além de errar nas roupas levadas, é possível que a pessoa ainda perca passeios, dependendo do tempo local. “O Sudeste Asiático, por exemplo, tem um calendário ultra complexo de monções. Em vários outros lugares (como Caribe, China, ilhas do Pacífico) você pode se deparar com enchentes, furacões, hotéis fechados e outras roubadas incontornáveis, se não pesquisar direito”, afirma.

Erro: Hospedar-se em um local longe das principais atrações

A hospedagem pode ser um peso na qualidade dos passeios, quando são escolhidos hotéis mais distantes dos principais pontos da cidade visitada, no intuito de economizar. “É o típico barato que sai caro: no fim, gasta-se em transporte e perde-se tempo”, diz Adriana Setti.


Por isso, pesquisar na internet é a melhor arma, segundo Laura Capanema. “Sites como o Booking e Tripadvisor são bons nisso”, afirma.

Erro: Deixar para a última hora a marcação dos passeios mais importantes

Principalmente para quem vai visitar a Europa, um engano que pode ser fatal é deixar para comprar entradas na última hora. Adriana Setti diz que lugares como a Sagrada Família de Barcelona ou a Galeria Uiffizi, de Florença, costumam ter filas enormes para entrar. Quem não compra antecipadamente pela internet pode ficar de fora ou amargar horas para adquirir um ingresso.

Erro: Em viagens acompanhadas, obrigar todos a fazer a mesma coisa

Seja em viagem com amigos, família ou cônjuge, Laura e Adriana concordam que obrigar todo mundo a fazer a mesma coisa pode gerar brigas e frustrações. Isso pode ser agravado quando os perfis, objetivos ou orçamentos dos viajantes são diferentes – o que pode estragar o passeio de um ou de todos.

Sair sozinho e marcar um ponto de encontro em determinado horário pode resolver a questão. Nesse caso, o erro da falta de pontualidade também pode gerar desentendimentos.

Erro: Ignorar a cultura local

Não é muito difícil identificar um turista, principalmente em países onde os costumes diferem mais da cultura ocidentalizada. Nem por isso quem está viajando não deve se esforçar para compreender o idioma e os hábitos locais. Esse erro pode gerar chateações na hora de comprar algo, pedir informações ou chegar a certos lugares.

“Vale saber se em tal país é obrigatório dar gorjeta no restaurante, se os habitantes locais são receptivos a blusas regatas e shorts (isso vale principalmente para os países muçulmanos), como são os hábitos locais em relação a bebidas alcoólicas, etc”, afirma Laura.

Erro: Querer conhecer tudo em pouco tempo

Principalmente em viagens internacionais, que costumam ser mais caras e mais raras, a tentação de ver tudo que puder em pouco tempo é grande. Mas fazer um roteiro com lugares demais pode cansar além da conta e não permitir que o turista conheça, de fato, o destino.

“Acho que três dias é um tempo mínimo em cada destino, seja Botucatu ou Paris, uma vez que o dia da chegada e o dia da saída sempre são meios capengas”, afirma Adriana, que costuma sempre dizer que “o mundo não vai acabar tão cedo”. 

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