10 carros que trocaram de nome pelo mundo afora
Por estratégias de marketing ou por diferentes culturas dos locais onde são vendidos, muitos modelos recebem diferentes nomes pelo mundo
Da Redação
Publicado em 7 de abril de 2016 às 11h16.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h16.
Seja por estratégias de marketing ou pelas diferentes culturas dos locais onde são vendidos, muitos modelos recebem diferentes nomes pelo mundo.
Ainda novata no mercado mundial, a Chery não tem definido seu padrão de nomenclaturas, que misturam nomes por extenso com combinações de letras e números. Quando chegou ao Brasil, o primeiro modelo a ir para as lojas foi o A3. Porém, por questões de registro da Audi , o modelo não pôde continuar com seu nome de batismo chinês por aqui. Diante disso, uma pesquisa promovida pela marca definiu seu novo nome: Cielo. Na China, fica o A3. E na África do Sul, para aumentar a confusão, chamam ele de J3.
O motivo de S10 e Colorado não se fundirem em um só nome é puramente emocional. Ambas as picapes têm histórias de sucesso em suas respectivas localidades, embora tais histórias só tenham se fundido agora. Em gerações anteriores, elas foram concebidas como modelos diferentes. A Colorado possuía visual mais robusto, tipicamente americano, enquanto a S10 sempre se manteve menos rebuscada. A atual geração deixou os modelos idênticos.
O caso do Ka, ou Figo, é semelhante ao da S10 com a Colorado. Eles foram criados, originalmente, como carros diferentes. O Ka foi concebido como um compacto para encarar as grandes cidades com agilidade e praticidade por seu tamanho diminuto. O Figo, por sua vez, não passava da variante indiana da geração anterior do Fiesta, que saiu de linha no Brasil com o nome Rocam. Agora, a história se fundiu: o novo Ka substitui o antigo Fiesta Rocam; o novo Figo substitui o modelo antigo, ou seja, o Fiesta Rocam indiano. Ou seja, o Figo é nada menos que o Ka indiano. Confuso?
Engana-se quem pensa que o HR-V já chegou com esse nome ao mercado mundial. Quando foi apresentado oficialmente, em 2014, o modelo chegou como Vezel — que, felizmente, permaneceu apenas no Japão. Para o Brasil, a marca alegou que o nome geraria confusão na pronúncia. Afinal, é "Vêzel", "Vézel" ou "Vezél"? Além disso, o nome possui significado cultural para os japoneses, que seria incompreendido no Brasil. A solução foi simples: letras que seguem o padrão do modelo mais caro, o CR-V. Deu tão certo que a Toyota resolveu imitar.
Ele nunca fez muito sucesso no Brasil — e em muitos outros países — mas segue sendo vendido por altos R$ 226.490. Mesmo de pronúncia forte, totalmente adequada a um SUV do porte do Mohave, o nome soa estranho. Mas poderia ser pior. Nos Estados Unidos, onde deixou de ser comercializado em 2010, o modelo era chamado por Borrego. Renderia uma boa dose de piadas infames, não?
A sonoridade dos dois nomes é muito próxima. Mas é só. Em países de língua espanhola, os significados para o nome Pajero são os mais diversos — e nenhum deles é, digamos, agradável. Na Colômbia, Pajero se liga a pessoas mentirosas. Já no Chile e no Peru, a palavra se refere ao ato de masturbação (tanto masculina quanto feminina). Por isso, o nome Montero foi o mais adequado para tais mercados.
Pergunte a um europeu sobre a Nissan Frontier . Ele, provavelmente, não saberá sobre o que você está falando. Pergunte a um brasileiro sobre a Nissan Navara. Ele, provavelmente, não saberá do que se trata, mas já pensará em piadas infames. Não precisamos de longas explicações, não é?
A história de que o brasileiro compra carro para o vizinho ver é reforçada pela mudança de nome do March para o nosso mercado. Na Europa e no Japão, o hatch de entrada da marca é chamado de Micra. Na época do lançamento do modelo no Brasil, executivos da Nissan apontaram para um possível fracasso do nome Micra por estar associado a "micro", ou seja, denotando o tamanho diminuto do carro.
A Toyota sempre quis atrelar os nomes da Hilux SW4 com sofisticação. Hilux, por si só, já aponta a tradução de "alto luxo". Já a composição SW4 mostra que o modelo é um familiar com tração nas quatro rodas. Nos mercados asiáticos, o modelo é batizado por Fortuner — que dispensa apresentações por fazer clara referência à fortuna, riqueza.
O Jetta é um caso singular. É difícil encontrar um modelo que sofre tantas "mutações" de batismo nos diversos mercados em que é comercializado. Por volta de 2008, o modelo era vendido como Jetta no México e como Bora no Brasil. Em contrapartida, o Bora mexicano era o Jetta brasileiro. O modelo se confunde ainda com a linha Golf . O Jetta Variant vendido no Brasil em 2010 era nada menos que um Golf Variant - nome adotado em 2015. Na china, o sedã é conhecido por Sagitar. Em gerações passadas já foi chamado por City, Vento, Golf Sedan e Atlantic.
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