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Brasileiro precisa valorizar o que tem de bom

Em vez de consumir informação que vem de fora, é melhor participar da criação de uma base brasileira de conhecimento

" Conhecimento, o Brasil produz. Precisamos aproveitá-lo melhor e torná-lo visível." (Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de março de 2013 às 12h52.

Nos últimos meses venho notando como ainda aceitamos docilmente ideias, conceitos e tecnologias que vêm do exterior e como somos preconceituosos com quem realiza coisas no Brasil, mesmo que elas sejam ótimas.

Será que estavam certos Charles de Gaulle, o ex-presidente francês, ao dizer que não éramos um país sério, ou o dramaturgo Nelson Rodrigues, quando nos carimbou com a síndrome de vira-lata? Inquietei-me e fui procurar e pesquisar nas ruas e perguntar nas redes sociais quem conhecia os brasileiros que reinventam o mundo.

Em fevereiro, caminhei horas na Campus Party, a badalada feira de tecnologia onde mais de 6.000 jovens passam sete dias conectados. Eles, em sua grande maioria, consomem as séries americanas, passam dias em games, consomem como gafanhotos a tecnologia do Vale do Silício, mas quase nada criam. Limitam-se a aplaudir o que vem de fora e tratar com ceticismo o produto nacional.

Lá conversei com muitos e perguntei a quase todos: "Cadê a inovação verde-amarela?". Sim, encontrei brasileiros inovadores presentes no evento. Mas eram poucos — a exceção que confirma a regra. Fiquei pensando se, apenas uma hora por dia, todos aqueles cérebros privilegiados, nascidos aqui, aplicassem o conhecimento gerado pelas multidões para resolver um problema global. Imaginou?

Precisamos valorizar o que temos de bom. A Universidade de São Paulo (USP) foi apontada como a instituição de ensino superior que mais formou doutores no mundo em 2012 — foram 2.200 teses aprovadas. Conhecimento, o Brasil produz. Precisamos aproveitá-lo melhor e torná-lo visível. E você, meu leitor, precisa participar da criação da inovação e do conhecimento.

Não seja apenas um consumidor passivo. Mergulhei nos dias atuais, pesquisei nas ruas e nas redes sociais e encontrei um Brasil que inova vertiginosamente. Pulei de alegria — nossa nação se transforma.

Chegou a hora de relegar as frases de De Gaulle e Nelson Rodrigues ao passado.  Sorria meu amigo, levante a cabeça e conte para o mundo o significado positivo do "jeitinho brasileiro".

Gil Giardelli escreve sobre inovação digital. É professor do Centro de Inovação e Criatividade da ESPM e da Miami Ad School e presidente da Gaia Creative

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Nos últimos meses venho notando como ainda aceitamos docilmente ideias, conceitos e tecnologias que vêm do exterior e como somos preconceituosos com quem realiza coisas no Brasil, mesmo que elas sejam ótimas.

Será que estavam certos Charles de Gaulle, o ex-presidente francês, ao dizer que não éramos um país sério, ou o dramaturgo Nelson Rodrigues, quando nos carimbou com a síndrome de vira-lata? Inquietei-me e fui procurar e pesquisar nas ruas e perguntar nas redes sociais quem conhecia os brasileiros que reinventam o mundo.

Em fevereiro, caminhei horas na Campus Party, a badalada feira de tecnologia onde mais de 6.000 jovens passam sete dias conectados. Eles, em sua grande maioria, consomem as séries americanas, passam dias em games, consomem como gafanhotos a tecnologia do Vale do Silício, mas quase nada criam. Limitam-se a aplaudir o que vem de fora e tratar com ceticismo o produto nacional.

Lá conversei com muitos e perguntei a quase todos: "Cadê a inovação verde-amarela?". Sim, encontrei brasileiros inovadores presentes no evento. Mas eram poucos — a exceção que confirma a regra. Fiquei pensando se, apenas uma hora por dia, todos aqueles cérebros privilegiados, nascidos aqui, aplicassem o conhecimento gerado pelas multidões para resolver um problema global. Imaginou?

Precisamos valorizar o que temos de bom. A Universidade de São Paulo (USP) foi apontada como a instituição de ensino superior que mais formou doutores no mundo em 2012 — foram 2.200 teses aprovadas. Conhecimento, o Brasil produz. Precisamos aproveitá-lo melhor e torná-lo visível. E você, meu leitor, precisa participar da criação da inovação e do conhecimento.

Não seja apenas um consumidor passivo. Mergulhei nos dias atuais, pesquisei nas ruas e nas redes sociais e encontrei um Brasil que inova vertiginosamente. Pulei de alegria — nossa nação se transforma.

Chegou a hora de relegar as frases de De Gaulle e Nelson Rodrigues ao passado.  Sorria meu amigo, levante a cabeça e conte para o mundo o significado positivo do "jeitinho brasileiro".

Gil Giardelli escreve sobre inovação digital. É professor do Centro de Inovação e Criatividade da ESPM e da Miami Ad School e presidente da Gaia Creative

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