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Universidade de Yale busca jovens líderes no Brasil

Instituição que formou grandes líderes mundiais intensifica seu processo de internacionalização e trabalha para atrair estudantes de todo o mundo

"Buscamos pessoas que mostram sinais de liderança desde muito jovens [no Brasil]", diz Peter Salovey, provost de Yale (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2011 às 11h40.

São Paulo - A Universidade de Yale, uma das maiores e mais respeitadas instituições americanas, avisa: está em busca de alunos brasileiros. A procura faz parte do processo de internacionalização da universidade que vem se intensificando na última década. “É impossível pensar em excelência sem pensar em ser global”, resume Peter Salovey, provost de Yale, cargo que pode ser entendido como uma extensão da reitoria da universidade. Salovey está no Brasil esta semana onde divulga a instituição em parceria com a Fundação Estudar. “A excelência exige que busquemos os melhores talentos. E eles estão por toda parte, não só nos Estados Unidos.”

Para que todos conheçam as oportunidades que Yale oferece aos seus estudantes, Salovey e seus colegas viajam o mundo divulgando informações aos interessados. O principal mito que impede muitos brasileiros de procurarem a universidade é a acessibilidade. Afinal, estudar em uma universidade americana pode ser custoso. “Hoje, 70% de nosso alunato recebe algum tipo de ajuda financeira. Entre os estudantes estrangeiros, esse percentual é ainda maior”, garante. "Em Yale, ninguém fica de fora porque não pode pagar". Confira trechos da entrevista que Peter Salovey concedou ao site de VEJA:

O senhor tem dito que ser uma universidade global é uma prioridade para Yale. No século 21, é possível pensar em excelência sem internacionalização? Não. É impossível atingir excelência sem ser uma universidade global. Isso porque um ambiente acadêmico com estudantes com diferentes experiências e formações é enriquecedor. As discussões são muito mais proveitosas e o conhecimento se torna muito mais saboroso. Em segundo lugar, a excelência está ligada à capacidade da universidade de atrair líderes. E os líderes estão por toda a parte, não só nos Estados Unidos. Nos imaginamos como pescadores: quanto maior for o oceano no qual jogamos nossa rede, melhores serão os frutos da nossa pesca.

Qual o interesse de Yale no Brasil? Estamos em busca dos melhores estudantes do país, para que eles tenham a oportunidade de estudar conosco. Estamos em busca de talentos e líderes globais.

Para muitos alunos daqui, estudar em uma universidade parece impossível. O que o senhor tem a dizer a eles? Não vou dizer que é fácil ingressar em Yale, porque estaria mentindo. O processo não é trivial. Mas se o jovem tem os talentos que buscamos e bom desempenho acadêmico, posso garantir que ele terá seu espaço.

E como atrair os melhores talentos? Nós oferecemos bons professores, um ambiente de aprendizado de alta qualidade e recursos abundantes para pesquisa. Mas o mais importante é garantir que todos os talentos sejam capazes de estudar em Yale, mesmo aqueles que não podem pagar pela educação que oferecemos. Hoje, 70% dos nossos alunos recebem algum tipo de ajuda financeira. Entre os estudantes estrangeiros esse percentual é ainda maior. Ou seja, ninguém fica de fora só porque não pode pagar. Atrair estudantes também exige divulgação. Promovemos eventos em todo o mundo e temos uma ampla rede de ex-alunos estrangeiros que se tornam uma espécie de embaixadores de Yale em seus países de origem.


Yale é famosa por formar grandes líderes mundiais. Formou, entre outros, os ex-presidentes Bill Clinton, George Bush e George W. Bush. Qual é o perfil do aluno da universidade? Buscamos pessoas que mostram sinais de liderança desde muito jovens. Por isso é muito importante que os interessados em se candidatar em uma das nossas vagas deixe muito claro em seus formulários que tipo de atuação esteve engajado durante o ensino médio, quais atividades costumava promover, com que organização esteve envolvido.

Que lições o senhor acredita que as universidades brasileiras podem aprender com Yale? As questões precisam ser analisadas em seu contexto. Mas se eu pudesse dizer algo sobre as universidades brasileiras, diria que é uma crueldade fazer com que jovens de 16 ou 17 anos escolham uma carreira. Em Yale, existe a ideia de uma educação liberal, onde os estudantes são ensinados a ter um pensamento crítico e independente, não importa que escolha façam, sejam eles médicos ou advogados. Para isso, nos primeiros dois anos existe um ciclo básico, onde é possível uma experimentação maior antes que seja tomada uma decisão mais definitiva. Assim, formamos líderes.

O processo de seleção holístico, bem diferente do vestibular brasileiro, também tem um importante papel nesse processo, não? Sim. O que acontece é que o processo nos ajuda a identificar líderes em potencial. Nenhum bom processo de seleção deve ser baseado em uma única prova. Isso não é eficiente.

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São Paulo - A Universidade de Yale, uma das maiores e mais respeitadas instituições americanas, avisa: está em busca de alunos brasileiros. A procura faz parte do processo de internacionalização da universidade que vem se intensificando na última década. “É impossível pensar em excelência sem pensar em ser global”, resume Peter Salovey, provost de Yale, cargo que pode ser entendido como uma extensão da reitoria da universidade. Salovey está no Brasil esta semana onde divulga a instituição em parceria com a Fundação Estudar. “A excelência exige que busquemos os melhores talentos. E eles estão por toda parte, não só nos Estados Unidos.”

Para que todos conheçam as oportunidades que Yale oferece aos seus estudantes, Salovey e seus colegas viajam o mundo divulgando informações aos interessados. O principal mito que impede muitos brasileiros de procurarem a universidade é a acessibilidade. Afinal, estudar em uma universidade americana pode ser custoso. “Hoje, 70% de nosso alunato recebe algum tipo de ajuda financeira. Entre os estudantes estrangeiros, esse percentual é ainda maior”, garante. "Em Yale, ninguém fica de fora porque não pode pagar". Confira trechos da entrevista que Peter Salovey concedou ao site de VEJA:

O senhor tem dito que ser uma universidade global é uma prioridade para Yale. No século 21, é possível pensar em excelência sem internacionalização? Não. É impossível atingir excelência sem ser uma universidade global. Isso porque um ambiente acadêmico com estudantes com diferentes experiências e formações é enriquecedor. As discussões são muito mais proveitosas e o conhecimento se torna muito mais saboroso. Em segundo lugar, a excelência está ligada à capacidade da universidade de atrair líderes. E os líderes estão por toda a parte, não só nos Estados Unidos. Nos imaginamos como pescadores: quanto maior for o oceano no qual jogamos nossa rede, melhores serão os frutos da nossa pesca.

Qual o interesse de Yale no Brasil? Estamos em busca dos melhores estudantes do país, para que eles tenham a oportunidade de estudar conosco. Estamos em busca de talentos e líderes globais.

Para muitos alunos daqui, estudar em uma universidade parece impossível. O que o senhor tem a dizer a eles? Não vou dizer que é fácil ingressar em Yale, porque estaria mentindo. O processo não é trivial. Mas se o jovem tem os talentos que buscamos e bom desempenho acadêmico, posso garantir que ele terá seu espaço.

E como atrair os melhores talentos? Nós oferecemos bons professores, um ambiente de aprendizado de alta qualidade e recursos abundantes para pesquisa. Mas o mais importante é garantir que todos os talentos sejam capazes de estudar em Yale, mesmo aqueles que não podem pagar pela educação que oferecemos. Hoje, 70% dos nossos alunos recebem algum tipo de ajuda financeira. Entre os estudantes estrangeiros esse percentual é ainda maior. Ou seja, ninguém fica de fora só porque não pode pagar. Atrair estudantes também exige divulgação. Promovemos eventos em todo o mundo e temos uma ampla rede de ex-alunos estrangeiros que se tornam uma espécie de embaixadores de Yale em seus países de origem.


Yale é famosa por formar grandes líderes mundiais. Formou, entre outros, os ex-presidentes Bill Clinton, George Bush e George W. Bush. Qual é o perfil do aluno da universidade? Buscamos pessoas que mostram sinais de liderança desde muito jovens. Por isso é muito importante que os interessados em se candidatar em uma das nossas vagas deixe muito claro em seus formulários que tipo de atuação esteve engajado durante o ensino médio, quais atividades costumava promover, com que organização esteve envolvido.

Que lições o senhor acredita que as universidades brasileiras podem aprender com Yale? As questões precisam ser analisadas em seu contexto. Mas se eu pudesse dizer algo sobre as universidades brasileiras, diria que é uma crueldade fazer com que jovens de 16 ou 17 anos escolham uma carreira. Em Yale, existe a ideia de uma educação liberal, onde os estudantes são ensinados a ter um pensamento crítico e independente, não importa que escolha façam, sejam eles médicos ou advogados. Para isso, nos primeiros dois anos existe um ciclo básico, onde é possível uma experimentação maior antes que seja tomada uma decisão mais definitiva. Assim, formamos líderes.

O processo de seleção holístico, bem diferente do vestibular brasileiro, também tem um importante papel nesse processo, não? Sim. O que acontece é que o processo nos ajuda a identificar líderes em potencial. Nenhum bom processo de seleção deve ser baseado em uma única prova. Isso não é eficiente.

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