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Trabalho a quatro mãos

No Rio de Janeiro, líderes de recursos humanos discutem como fazer alianças entre empresas para inovar a gestão de pessoas

Plateia assiste ao debate no Jockey Club do Rio de Janeiro: 35 executivos de RH estiveram presentes no terceiro Café com RH do ano, o primeiro de 2014 na capital carioca (J. Egberto / VOCÊ RH)
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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2014 às 11h35.

São Paulo - Olhar além dos próprios muros. Essa foi a mensagem passada no terceiro Café com RH do ano, realizado em maio no Rio de Janeiro. No Jockey Club da capital carioca, Claudia Falcão, diretora executiva de desenvolvimento organizacional do Grupo Libra, contou para uma plateia de 35 executivos de RH como surgiu a parceria com um de seus principais concorrentes, a Santos Brasil, para formar profissionais .

“Claro que houve uma desconfiança inicial, mas isso passou rapidamente”, diz Claudia. “A imagem de estar junto é transformadora.” Em 2012, o Grupo Libra e a Santos Brasil procuraram a Universidade Católica de Santos (UniSantos) e desenharam juntos o conteúdo de um curso para formar profissionais para o setor, carente de mão de obra específica. Seis meses depois, 30 pessoas foram formadas — 14 contratadas pela Santos Brasil e três efetivadas no Grupo Libra.

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“Nossa parceria se estabeleceu porque tínhamos um problema em comum e resolvemos trabalhar juntos para solucionar isso”, diz Claudia. O caminho encontrado por ambas as empresas é inovador e ainda tímido no mercado .

Para o professor Anderson de Souza Sant’Anna, gerente do Núcleo de Desenvolvimento de Liderança da Fundação Dom Cabral, a área de RH deve criar uma ambiência organizacional para que essa nova forma de pensar e agir possa florescer. “Estamos ainda muito acostumados a trabalhar apenas o intramuros”, diz ele.

Segundo Claudia, isso só será possível quando o profissional de RH se desamarrar dos processos tradicionais e experimentar outras formas de atuar. A partir daí, é só encontrar o jeito certo de fazer alianças. “Você precisa ter valores parecidos, e os papéis devem ser definidos — de preferência, complementares”, afirma Sant’Anna. “É quase como um casamento!”

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