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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h31.
De longe, o negócio do marketing esportivo brasileiro parece irresistível. Tanto que atraiu grandes empresas, como a Hicks, Muse, Tate & Furst, o Bank of America e a ISL. De perto, a realidade é outra: dirigentes mal-intencionados, campeonatos mal organizados e clubes endividados. Mesmo assim, em 1999, os empreendedores cariocas Edgar Diniz, Leonardo Lenz Cesar e Carlos Moreira Júnior, todos com MBA, fundaram a TopSports. Largaram uma carreira estável em grandes empresas porque acreditavam que teriam sucesso fazendo o que gostavam: lidar com esporte. Diniz largou o emprego no Banco Chase Manhattan. Lenz saiu do BankBoston. E o terceiro sócio, Moreira Jr., pediu demissão da Nike. Há dois meses, o novo sócio Sergio Lopes fez o mesmo caminho: da AveryDennison do Brasil para a diretoria de marketing e vendas da TopSports.
Quando os três fundadores acharam que a hora era ideal para apostar no negócio esportivo no Brasil, Diniz estava com um filho recém-nascido, Moreira Júnior se preparava para casar e a mulher de Lenz esperava o primeiro filho. Decididamente, aquele não era o melhor momento pessoal de cada um para apostar. "Foi um risco calculado", diz Diniz. Deu certo. Desde então, já transformaram o Vitória, da Bahia, em clube-empresa, criaram o Campeonato do Nordeste e a copa do interior de São Paulo, além de fazer consultoria de marketing esportivo para grandes empresas. No primeiro ano, a TopSports faturou 76 000 reais. Em 2002, a estimativa é que o negócio renda 4 milhões de reais. Isso sem precisar jogar sob os panos. "Acreditamos que o profissionalismo no ambiente esportivo brasileiro é só uma questão de tempo", diz Diniz.