Satoru (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 13 de julho de 2015 às 14h15.
Neste sábado (11), milhões de fãs foram surpreendidos pela notícia da morte do presidente da Nintendo, Satoru Iwata. Considerado um dos principais CEOs do mundo, Iwata foi o quarto presidente da Nintendo e assumiu seu cargo na diretoria em 2002, substituindo Hiroshi Yamauchi.
O executivo, que tinha 55 anos, passou mais da metade de sua vida trabalhando para a Nintendo e produzia jogos eletrônicos desde a adolescência. E além de ser o primeiro a assumir o cargo na presidência da companhia sem ter relação com a família Yamauchi, ele teve um início de carreira um tanto inusitado na desenvolvedora de jogos e consoles.
Em um programa televisivo japonês chamado Game Center CX, Iwata conta que simplesmente "bateu na porta" da Nintendo e afirmou que seria capaz de programar para o novo aparelho, o Family Computer (Famicom), conhecido como NES (Nintendo Entertainement System) na América.
Em 1983, o programador de apenas 24 anos trabalhava em uma pequena firma de software chamada HAL Laboratory quando ficou sabendo que a empresa japonesa produzia um novo console para seu portfólio. Nessa época, a indústria de videogames crescia muito e diversas companhias começaram a lançar seus próprios consoles para dominar o mercado.
Lançado em 1983 no Japão e em 1985 nos Estados Unidos, o NES foi um dos lançamentos responsáveis por "salvar" a indústria de jogos na época e levou a Nintendo a se tornar líder mundial no segmento. Com clássicos como Super Mario Bros., Metroid e The Legendo of Zelda, o console chegou a cerca de 60 milhões de vendas.
Depois de demonstrar seu talento na companhia, Iwata trabalhou em diversos outros projetos da Nintendo, como as versões Gold e Silver de Pokémon. Antes de se tornar CEO, o desenvolvedor era chefe da divisão de planejamento corporativo, cargo que assumiu em 2000.
Durante a entrevista do programa televisivo, Iwata chegou a falar que seus pais se opuseram à sua carreira em games. Meus pais foram totalmente contra. Por quase metade de um ano meu pai não falava comigo, afirmou. "Eu era muito confiante sobre o futuro. Confiança sem nenhuma base, aliás. A juventude é algo maravilhoso!", disse.