Relógios de bolso; tempo; gestão do tempo (Reprodução/Thinkstock)
Luísa Granato
Publicado em 21 de dezembro de 2019 às 06h00.
Última atualização em 21 de dezembro de 2019 às 07h00.
Não é mais novidade que se esforçar para aprender continuamente é uma necessidade nos tempos atuais, em que fatos e invenções surgem e mudam com enorme velocidade. É tão importante que faz sentido levar sua rotina com foco na aprendizagem – mais do que na produtividade extrema. Inclusive, esse é o segredo de sucesso de diversas pessoas: reservar um tempo de seu dia exatamente para aprender.
Uma das figuras cuja trajetória mostra como isso foi imprescindível foi Benjamin Franklin. Inventor, político, autor e empreendedor, ele abandonou a escola formal quando criança para ser aprendiz de seu pai. Mesmo adolescente, não mostrava traços de destaque, conta o cofundador da consultoria Empact Michael Simmons, em texto no site Inc.
O que levou-no à uma escalada até ser um dos grandes representantes da época foi sua estratégia de aprendizagem. Ele deixava livre para aprendizado uma hora de cada dia de sua semana. Nesse tempo, se dedicava a atividades de diversos tipos, desde ler a fazer experimentos e definir metas de desenvolvimento pessoal.
“Toda vez que Franklin tirava um tempo do seu dia agitado para seguir sua regra das cinco horas e passar pelo menos uma hora aprendendo, ele realizava menos naquele dia. No entanto, a longo prazo, foi sem dúvida o melhor investimento de seu tempo que poderia ter feito”, escreve Michael.
Para a maior parte das pessoas, a efetividade do dia é medida pelo quanto se realiza. O trunfo da Regra das 5 Horas é inverter as prioridades, fomentando ao máximo (e com regularidade) o aprendizado deliberado.
Incluir na rotina a uma hora de aprendizagem prevista pela Regra das 5 Horas tem uma série de benefícios.
O tempo para aprender permite pensar cuidadosamente sobre o que, de fato, se quer aprender.
“Não devemos apenas ter metas para o que queremos alcançar. Também devemos ter metas para o que queremos aprender.”
Em vez de fazer as coisas automaticamente, ter o momento diário previsto permite aplicar os princípios da prática deliberada para continuar melhorando. Isso significa, por exemplo, ir atrás de feedback e treinar habilidades específicas.
Em uma hora, é possível contemplar um tempo para reflexão,que ajuda a assimilar lições aprendidas e novas ideias. “Caminhar é uma ótima maneira de processar essas idéias, como mostram muitos grandes fanáticos por caminhadas, de Beethoven e Charles Darwin a Steve Jobs e Jack Dorsey”, acrescenta o autor do texto no Inc.
“Quando a maioria das pessoas experimenta problemas durante o dia, elas as varrem para debaixo do tapete, para que possam continuar sua lista de tarefas. A folga cria espaço para resolver pequenos problemas antes que eles se transformem em grandes problemas.”
Por fim, é possível fazer experiências. É uma oportunidade para aprender e testar suas ideias, quaisquer que sejam elas.
Este artigo foi originalmente publicado pelo Na Prática, portal da Fundação Estudar.