Quem segue estas 4 regras simples evita gafes no trabalho
Confira as atitudes básicas que facilitam, e muito, a convivência no escritório e diminuem as chances de conflitos profissionais, segundo especialista
Camila Pati
Publicado em 24 de maio de 2014 às 06h00.
São Paulo - Pode até parecer bobagem, mas cometer gafes no trabalho é algo que vai minando as relações com chefes e colegas e pode, sim, prejudicar a sua reputação profissional .
É o que afirma Madalena Feliciano, diretora da Outliers Careers. E isto faz sentido em um cenário em que as pessoas são contratadas por sua competência técnica e demitidas por suas deficiências comportamentais.
De acordo com ela, quem segue algumas regras básicas evita grande parte das gafes. Veja quais são:
1Observação do ambiente
Observar antes de agir é essencial para não ganhar fama de “o chato do escritório”. Segundo Madalena, muitas gafes ocorrem por falta de atenção ao ambiente.
Comentários, risadas e piadas fora de hora, interrupções desnecessárias, trocar nomes de colegas são, muitas vezes, resultado de pouca observação. Esteja atento.
2Familiaridade com a cultura da empresa
Há lugares em que o acesso aos chefões é livre. Por outro lado, há empresas em que a hierarquia deve ser estritamente respeitada e ir direto à sala do diretor, sem antes falar com o gerente, pode ser uma atitude mal interpretada.
Existem empresas em que o dress code é totalmente informal. Mas existem organizações em que a roupa é bastante observado.
Estes são apenas dois aspectos variáveis de um ambiente a outro e que fazem parte da cultura das empresas. Para quem considera um mistério a cultura do seu local de trabalho, existem maneiras fáceis de descobri-la.
3Comunicação objetiva
A habilidade de comunicação tem sido uma característica muito valorizada pelas empresas. E objetividade é essencial.
Nada mais irritante do que profissionais que falam demais, que abusam de “achismos”.
“É preciso saber se colocar e ter conhecimento do assunto antes de falar”, diz Madalena. Ouça mais e espere ter certeza antes de falar.“Se a pessoa não tem conhecimento do assunto é melhor dizer que prefere pesquisa antes de falar”, diz Madalena.
4Cordialidade
Postura cordial é fundamental, sempre, segundo a especialista. Disposição para ajudar os colegas e atitude respeitosa evitam mais problemas de relacionamento do que você imagina.
“Educação vem em primeiro lugar”, afirma Madalena.Trate colegas, subordinados, chefes e clientes como gostaria de ser tratado.
Postura corporal também deve receber atenção já que pode denunciar seus pensamentos. Por exemplo: ficar “jogado” na cadeira e com o rosto apoiado pela mão durante uma reunião são claros sinais da falta de vontade de estar ali. E, provavelmente, quem está falando vai perceber isso.
Pensando nisso, os sócios da SOAP, consultoria especializada no assunto, compartilharam com EXAME.com algumas das regras básicas para usar a linguagem corporal do jeito certo durante as apresentações. Confira:
Em uma apresentação, a plateia é a protagonista – não você, seus slides ou lousa. Por isso, seu foco deve estar em quem está do lado de lá do palco ou da mesa.
Na prática, isso significa que seus olhos devem estar fitos neles – e não na sua apresentação de slides ou outro recurso.
“Você não pode interromper por muito tempo a conexão com a audiência”, afirma Rogério Chequer, sócio da SOAP. “Sem conexão, não há empatia. Sem empatia, não há credibilidade”.
Apesar da multidão de notas na partitura, é o maestro quem determina em que ponto de toda harmonia cada músico deve se focar. Faça o mesmo.
Assuma a postura de maestro da atenção da plateia. Segundo os especialistas, este processo começa antes de sua chegada ao palco – para ser mais preciso, no momento em que você confecciona os slides que irão auxiliá-lo durante a apresentação.
“O conteúdo mais importante não é o que está no slide, mas sim o que você está falando. Então, mostre apenas imagens sobre o que você diz”, afirma Eduardo Adas, sócio da SOAP. “Se você mostrar tudo de uma vez, a audiência não vai saber para onde olhar”.
Braços cruzados, mão na cintura ou nos bolsos, pernas muito abertas e por aí vai. Posturas assim passam “mensagens subliminares para a audiência na direção de desleixo, falta de disciplina, organização ou profissionalismo”, afirma Chequer.
A melhor estratégia para evitar isso é apostar em posturas e gestos neutros. “O que você busca em termos gestuais deve sempre visar à neutralidade e à complementariedade”, afirma Adas.
Ou seja, a maneira como você usa as mãos ou desloca o seu corpo não pode interferir na história que está contando – antes, deve reforçá-la.
Manter as mãos ao lado do corpo, por exemplo, cumpre essa função. Fazer gestos abertos, por sua vez, mostra ausência de proteção e confiança. “A conexão com a audiência é mais forte se seu gesto é natural”, diz Chequer.
“Muita gente odeia que aponte o dedo para elas. Ao fazer isso, você quebra a empatia”, diz Chequer.
Quando o grupo é pequeno, contudo, muitas vezes não faz sentido ficar em pé. Aí, a dica é aguçar os sentidos para perceber qual postura é mais adequada para cada reunião.