Carreira

Quase metade dos executivos quer um novo emprego

Em alguns casos, contudo, empresas já preferem contratar estrangeiros do que cortejar profissionais que já estão no mercado

40% dos executivos admitem que serão criadas novas oportunidades até o fim do primeiro semestre (Getty Images)

40% dos executivos admitem que serão criadas novas oportunidades até o fim do primeiro semestre (Getty Images)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 5 de abril de 2011 às 15h06.

São Paulo – A guerra por profissionais qualificados está criando um curto circuito nos planos de carreira de muitos executivos por aí. De acordo com pesquisa da Robert Half, 45% dos brasileiros que estão no alto escalão das empresas pretendem mudar de cargo ou empresa este ano.

Mesmo assim, o dilema da falta de gente com qualificação suficiente não está resolvido. Do total de entrevistados, 60% admitem que a contratação de novos profissionais é um problema sério para esse ano.

Isso se explica, de acordo William Monteath, diretor de operações da Robert Half, pelo grande volume de novas oportunidades que devem ser criadas nos próximos meses.

De acordo com a pesquisa, 71% dos entrevistados acreditam que suas companhias farão novas contratações ainda no primeiro semestre. Agora, segundo 40% deles, essa onda de recrutamento é resultado direto do crescimento ou expansão dos negócios – fato que indica que novas vagas serão criadas.

“Se essas pessoas que estão dispostas a mudar de emprego realmente migrarem para outro lugar, haverá um buraco nas antigas colocações”, diz o especialista. Exatamente porque falta gente qualificada para preenchê-las.

Segundo o especialista, o primeiro trimestre já começou em ritmo acelerado de contratações. “Dessa vez, o ano não começou depois do carnaval”, diz. “Como mostra a pesquisa, 80% dos executivos acreditam que 2011 será um ano melhor para negócios”.

O inchaço dos salários dos brasileiros, contudo, está desenhando um cenário curioso em alguns setores. De acordo com ele, já há empresas que não conseguem acompanhar o ritmo do “leilão de profissionais”.

Nesses casos, já é mais barato trazer estrangeiros para atuar no país – e cobrir com todos os encargos da expatriação – do que “cortejar” um brasileiro que já está inserido no mercado.

Para chegar a esses resultados, a Robert Half ouviu 500 executivos de diferentes setores de atuação.

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