Qual a diferença entre voz ativa, passiva e passividade?
Diogo Arrais, professor de língua portuguesa do Damásio Educacional, usa as manifestações que ocorrem no Brasil para explicar como funcionam as vozes verbais
Da Redação
Publicado em 28 de junho de 2013 às 14h24.
*Respondido por Diogo Arrais, professor de língua portuguesa do Damásio Educacional
Sujeitos indeterminados classificaram, no pretérito, o povo brasileiro como passivo. Em contrapartida, nos recentes protestos populares, no presente e na voz ativa, são estremecidos políticos, entidades e estádios:
AÇÃO MUDA O PAÍS (sujeito agente – verbo transitivo direto – objeto).
É preciso, pois, não confundir voz verbal passiva e passividade.
Na voz passiva, o sujeito recebe a ação:
A ordem foi recebida pelo povo.
Inocentes foram atacados pela tropa.
Vitrais foram destruídos por vândalos.
Já a passividade caracteriza-se não somente pela voz passiva, mas ainda pela voz ativa, se o verbo contiver tal sentido de passividade (o sujeito como paciente).
Após a histórica ação, políticos brasileiros receberam o recado.
Na verdade, esperamos sempre que criminosos possam receber o merecido castigo.
O brado retumbante de um povo heroico ganha novos tons, cores; harmonia de uma canção que quase foi esquecida por vozes aparentemente passivas, de uma rotina superfaturada na passividade.
O povo brasileiro não é assim; fora disfarçado por pronomes retos na Ditadura Militar; a determinação de Joões e Marias, em pleno século XXI, é capaz de emocionar qualquer análise sintática.
Ao menos por um instante, repassamos a parlamentares a nobreza da voz reflexiva:
Eu me mobilizo
Tu te mobilizas
Ele se mobiliza
Nós nos libertamos
E surge um novo verbo no Brasil.
Um abraço e até a próxima!
Diogo Arrais
@diogoarrais
Professor de Língua Portuguesa – Damásio Educacional
Autor Gramatical pela Editora Saraiva
*Respondido por Diogo Arrais, professor de língua portuguesa do Damásio Educacional
Sujeitos indeterminados classificaram, no pretérito, o povo brasileiro como passivo. Em contrapartida, nos recentes protestos populares, no presente e na voz ativa, são estremecidos políticos, entidades e estádios:
AÇÃO MUDA O PAÍS (sujeito agente – verbo transitivo direto – objeto).
É preciso, pois, não confundir voz verbal passiva e passividade.
Na voz passiva, o sujeito recebe a ação:
A ordem foi recebida pelo povo.
Inocentes foram atacados pela tropa.
Vitrais foram destruídos por vândalos.
Já a passividade caracteriza-se não somente pela voz passiva, mas ainda pela voz ativa, se o verbo contiver tal sentido de passividade (o sujeito como paciente).
Após a histórica ação, políticos brasileiros receberam o recado.
Na verdade, esperamos sempre que criminosos possam receber o merecido castigo.
O brado retumbante de um povo heroico ganha novos tons, cores; harmonia de uma canção que quase foi esquecida por vozes aparentemente passivas, de uma rotina superfaturada na passividade.
O povo brasileiro não é assim; fora disfarçado por pronomes retos na Ditadura Militar; a determinação de Joões e Marias, em pleno século XXI, é capaz de emocionar qualquer análise sintática.
Ao menos por um instante, repassamos a parlamentares a nobreza da voz reflexiva:
Eu me mobilizo
Tu te mobilizas
Ele se mobiliza
Nós nos libertamos
E surge um novo verbo no Brasil.
Um abraço e até a próxima!