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PwC, Unilever e Ambev: pandemia deixou a digitalização mais humana

“As palavras de ordem são crescimento e aprendizagem", comentou diretora da PwC durante evento ao vivo com executivas da Unilever e Ambev

Home office (J_art/Getty Images)

Home office (J_art/Getty Images)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 1 de julho de 2020 às 19h55.

Última atualização em 2 de julho de 2020 às 11h26.

Em reunião da escola do seus filhos, feita online por causa da pandemia, Erika Braga, diretora de RH da PwC, ouviu um posicionamento curioso quando um dos pais questionou sobre o conteúdo perdido durante a quarentena.

No lugar do problema, o professor propôs pensar em todas as competências que as crianças estavam adquirindo e que não estavam programadas em seus currículos.

A executiva traz a história para refletir sobre todas as mudanças que as empresas precisaram acelerar para se adaptar aos desafios colocados pela crise global de saúde. Segundo ela, foram anos de transformações feitos do dia para a noite.

“As palavras de ordem são crescimento e aprendizagem. Tivemos que aprender as competências digitais que falamos tanto por anos”, comentou ela durante o painel ao vivo “Worktech: colaboração, compartilhamento e gerenciamento de projetos no novo mundo”, no evento Big Business, da Cia de Talentos.

O avanço da tecnologia e da digitalização das empresas vem acompanhado de uma novidade: para Luciana Paganato, vice-presidente de RH da Unilever, o aprendizado não foi apenas sobre como a tecnologia torna o trabalho mais ágil e flexíveil, mas como ele pode ser mais humano.

A executiva da Unilever reflete que sua rotina está mais marcada pela conexão com outras pessoas e pela empatia. A tecnologia e a crise aproximaram a todos.

Então, se o isolamento na quarentena pode reforçar a ideia de comunidade entre as pessoas, o momento também pode reforçar iniciativas que integrem melhor as necessidades humanas e o que as máquinas podem realizar.

Para Thais Cavinatto, diretora de Estratégia de Tecnologia da Ambev, essa crise é muito diferente das outras, pois acelerou as tendências ao invés de mudar o rumo delas.

Ela conta que a Ambev lançou um app interno para acompanhar a saúde dos colaboradores que não puderam fazer home office. Com esse rastreamento, eles conseguiam diminuir a exposição dos funcionários ao vírus ao entender onde estava a doença. A tecnologia não é nova, mas se torna inovadora ao trazer uma solução diferente.

O desafio agora é usar os conhecimentos adquiridos na quarententa sobre essa transformação digital mais humanizada. “Todo mundo mudou seu olhar com relação às pessoas. A reconstrução passa por revisitar todas as nossas estruturas e processos, com base em tecnologia, mas cada vez mais humanizando”, fala a diretora da PwC.

Para ela e a executiva da Unilever, a nova realidade vai exigir uma postura mais forte das empresas para valorizar o aprendizado, ou o reskilling, de seus colaboradores.

“Investir cada vez mais na vontade de aprender e reaprender, na curiosidade, no fazer diferente”, comenta Braga.

E a diretora de Estratégia de Tecnologia da Ambev dá outro conselho sobre o que as empresas podem fazer melhor na pós-pandemia: investir em uma cultura de experimentação e mais baseada em dados. 

Veja a conversa completa das três profissionais e continue acompanhando o Big Business pelo vídeo:

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