Profissionais perdem medo de pedir apoio emocional. Veja essa e mais notas
Um giro por cinco ações, de diferentes empresas, atualiza o que está acontecendo no mercado de trabalho ao redor do país
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2019 às 06h00.
Última atualização em 18 de setembro de 2019 às 06h00.
Um levantamento da Optum, empresa de serviços de saúde, revela que os profissionais brasileiros estão buscando cada vez mais ajuda nos programas de apoio aos empregados para resolver problemas emocionais.
Dos 32 000 atendimentos realizados ao longo de 2018, 41% estavam relacionados a questões desta natureza, que incluem situações de estresse e depressão. Já 32% foram atrás de auxílio jurídico, como orientação em separações e pedidos de pensão.
DIVERSIDADE
Além do discurso
Em parceria com o coletivo Batekoo, a fabricante de bebidas Pernod Ricard, por meio da Absolut, uma de suas marcas, criou um programa de capacitação para profissionais da comunidade LGBTI+.
Batizado de “Projeto AB”, a iniciativa oferece mais de 20 cursos, oficinas e workshops sobre atividades como bartender, DJ, fotógrafo, hostess, além de abordar temas relacionados a produção cultural, economia doméstica e empreendedorismo.
“Temos cursos diversos e com durações que vão de 4 horas a várias semanas”, afirma Patricia Cardoso, diretora de marketing da Pernod Ricard. Desde junho, quando teve início o projeto, já foram treinadas 133 pessoas e a expectativa é capacitar 800 profissionais até dezembro.
No final do curso, todos os participantes têm o currículo encaminhado a empresas parceiras. “Esse projeto veio para aumentar o apoio da marca Absolut à comunidade LGBTI+, principalmente porque essa população sofre discriminação no mercado de trabalho”, completa a executiva.
TREINAMENTO
Pólis corporativa
Além de programação ou de outros temas relacionados ao mundo da tecnologia, na LinkApi, startup de desenvolvimento de softwares, os funcionários recebem um treinamento diferente.
A cada 15 dias, o CEO da empresa, Thiago Lima, formado em desenvolvimento de sistemas e pós-graduado em Filosofia Aplicada ao Mundo dos Negócios, ministra aulas de filosofia para os 50 empregados da empresa.
As palestras, abertas e sem grade fixa, abordam temas variados, como epistemologia, teoria do conhecimento, ciência política e dialética. Segundo Thiago, o feedback dos funcionários tem sido positivo.
“Escuto, com frequência, eles dizerem que o conhecimento das aulas os ajuda a tomar decisões mais inteligentes”, afirma.
ENGAJAMENTO
Sucesso compartilhado
Uma pesquisa publicada em agosto pela Conquer, escola especializada em treinamento de lideranças, apontou que os gestores valorizam o reconhecimento público como forma de engajar as equipes.
De acordo com o estudo, que ouviu 1 700 líderes, cerca de 47% deles comemoram os resultados positivos junto com os funcionários.
Ainda segundo o levantamento, o feedback é visto como estratégico e 93% acreditam que haja mudança de comportamento de seus times após as conversas sobre performance.
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Referência mundial
Desde 2015, a multinacional de alimentos Nestlé oferece um programa de capacitação para jovens de baixa renda nos 13 países da América Latina em que atua.
No Brasil, o projeto tem parceria com Senac, ETECse ONG, acontece duas vezes por ano e disponibiliza 80 vagas para pessoas entre 16 e 30 anos. Os selecionados têm de cursar gastronomia em uma das instituições parceiras.
O grupo tem a oportunidade de passar dois dias na sede da Nestlé, em São Paulo, onde aprende técnicas de culinária, nutrição e manejo de produtos.
Alguns dos integrantes recebem especialização em confeitaria. “mudamos a vida dessas pessoas. Uma delas se tornou subchefe de confeitaria no Hotel Hyatt, outra foi morar na Espanha”, diz Flávia Sá, gerente da Nestlé Professional.
O sucesso da iniciativa, que atendeu cerca de 200 jovens brasileiros, é tanto que, em agosto, o programa se tornou global.