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Por que o CEO do Burger King não quer funcionários “geniais”

Você é inteligente ou esforçado? CEO do Burger King adora fazer essa pergunta em entrevistas de emprego; e, para ele, existe uma única resposta certa

Burger King (Daniel Acker/Bloomberg)

Burger King (Daniel Acker/Bloomberg)

Claudia Gasparini

Claudia Gasparini

Publicado em 25 de novembro de 2017 às 06h00.

Última atualização em 25 de novembro de 2017 às 06h00.

São Paulo — Você é inteligente ou esforçado? Essa é a pergunta que o CEO do Burger King mais gosta de fazer em entrevistas de emprego. E não se trata de uma questão aberta: para ele, existe uma única resposta certa.

Em entrevista ao “The New York Times”, Daniel Schwartz diz que prefere candidatos que admitem suar a camisa àqueles que se declaram espertos.

“É surpreendente o número de pessoas que me dizem: ‘Eu não preciso trabalhar duro, eu sou inteligente’. Sério? Humildade é importante”, diz Schwartz ao jornal.

Não que a trajetória do executivo seja muito modesta: aos 32 anos, ele chegou ao posto de CEO da Restaurant Brands International, que inclui o Burger King e outras marcas, e é considerado um jovem prodígio do mundo dos negócios. Apesar da trajetória meteórica, diz que “é bom ser confiante, mas não arrogante”.

“Gosto de pessoas que se dizem dispostas a qualquer coisa”, afirma ao NYT. “Eu tive essa atitude no começo da minha carreira, não me importava com o que ia fazer. Só queria me envolver em projetos interessantes e trabalhar com pessoas interessantes”.

Na hora de contratar, Schwartz evita candidatos com perfil carreirista, e diz que prefere quem está interessado em “fazer parte de algo maior”. “Não queremos pessoas que nos enxergam como um trampolim”, explica.

Antes de assumir o cargo mais alto da hierarquia do Burger King, o executivo teve uma rápida ascensão em empresas do setor financeiro. Apesar da evolução fulminante de sua carreira, ele diz que não deixa o sucesso lhe subir à cabeça.

“A maior influência [que meus pais tiveram na minha vida] foi ter sempre muito respeito pelas pessoas. Eu não levanto minha voz no trabalho e nem tenho acessos de mau humor”, diz.

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