Ilustração - Pessoas do século 21, empresas do século 20 (Hare Lanz/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2013 às 13h41.
São Paulo - Bem-vindo a este espaço questionador, em que falaremos sobre o mundo com seus modelos organizacionais do século 19, companhias do século 20, educação do século 14 e nós, pessoas, do século 21. Vamos falar sobre esse hiato de séculos e as dualidades, ambiguidades e ambivalências do mundo corporativo. Fala-se uma coisa e pratica-se outra?
Vamos falar sobre o dilema da colaboração versus competição, sobre como gerar riquezas a partir da sabedoria das multidões, crowdsourcing. Como entender a participação sem a questão monetária envolvida, como aprender com as críticas e com os ciclos econômicos cada dia mais curtos?
Será que as empresas desmontarão hierarquias, combaterão os egos e colocarão jovens em seus conselhos? Será que deixarão de incentivar o pensamento linear, cartesiano, binário e o individualismo e passarão a adotar o mantra “Você é o que você compartilha?”. Qual é o espírito do nosso tempo? Vivemos tempos de colisão ou de convergência?
Nosso sistema da ditadura do Excel, das metas trimestrais, da eficiência a qualquer custo acabará em no máximo uma década, profetizou um executivo global na ponte aérea. À procura de alternativas para esse modelo, países calculam a FIB (Felicidade Interna Bruta), a federação patronal das empresas do comércio cria o “Conselho de Economia Criativa” e as empresas passam a calcular “Índices de Inovação e Criatividade”.
No site do Fórum Econômico Mundial existem mais de 1 240 discussões abertas sobre o mundo em rede. Um historiador no futuro dirá que, nestes anos em que vivemos, construímos algo que não se chamará capitalismo — uma nova economia — com pilares na inovação digital, mídias sociais, criatividade e generosidade?
Nos países do Oriente Médio, estamos vendo a primeira revolução sem líderes da história da humanidade. Visite meu blog no site da VOCÊ S/A e conheça as pessoas que, com pequenos atos, mudam as atitudes da humanidade. Pessoas como o artesão Helio Leite, que declara no YouTube que “fazer o que a gente não gosta é o pior desemprego do mundo”.
O espírito do nosso tempo é a magnificência de fazer coisas que mudam o mundo! É a era das grandes verdades, da transparência radical, da inteligência universal, do livre arbítrio, da autoridade moral, das ideias transformadoras e da ciência dentro da espiritualidade.
Boa viagem e não use velhos mapas para descobrir novas terras.