Pagar, esquecer, obedecer, implicar: 4 regras para não errar mais
Professor de português revisa quatro regras de regência que podem causar confusão na comunicação
Luísa Granato
Publicado em 28 de julho de 2020 às 14h24.
Muitos profissionais acabam gerando descrédito ao apresentarem redação confusa, ruim. Em tempos de tamanha exigência de produtividade, saber escrever bem é importantíssimo. Nesta coluna, revisaremos regências adequadas ao padrão da Língua Portuguesa:
1. ESQUECER / LEMBRAR:
Esqueci o livro sobre a mesa.
Esqueci-me do livro...
Não esqueça as suas tarefas.
Não se esqueça das suas tarefas.
Já lembrei totalmente o latim.
Já me lembrei totalmente do latim.
Se houver uso da preposição, o pronome deve aparecer.
Há também uma outra possível construção, que pede objeto indireto. Tem valor de “ocorrer, vir a memória como ato involuntário”:
Lembrou-me seu número de telefone. (Ocorreu-me, veio a mim)
2. IMPLICAR
Pede objeto direto quando significa "acarretar”, ou seja, não exige a preposição:
O novo presidente do BC implicou prejuízos ao FMI.
3. OBEDECER (DESOBEDECER)
Pede objeto indireto e preposição A:
Condutor, obedeça aos sinais de trânsito.
4. PAGAR / PERDOAR
Pede objeto direto e indireto. Para simplificar, use a ideia: PAGAR/PERDOAR algo A alguém:
Nelson Gonçalves pagou a conta ao garçom.
O bom filho perdoou a dívida ao pai.
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DIOGO ARRAIS
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Professor de Língua Portuguesa
Fundador do ARRAIS CURSOS