Os 10 erros nas redes sociais que mais afastam recrutadores
Pesquisa com mais de 5 mil empregadores prova que a impressão causada pelo seu perfil nas redes afeta (e muito) suas chances de contratação; veja o que evitar
Claudia Gasparini
Publicado em 7 de julho de 2014 às 13h31.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h50.
Gerir sua reputação profissional ficou bem mais difícil com as redes sociais. De que adianta impressionar o entrevistador com um currículo afiado se ele tiver uma péssima impressão do seu perfil no Facebook ou no LinkedIn, por exemplo? Um estudo do site de recrutamento CareerBuilder mostrou que 43% dos recrutadores buscam informações adicionais sobre candidatos nesses espaços online. O mais notável é que a consulta a esses sites tem influenciado a decisão de quem contrata. A mesma pesquisa mostrou que 51% dos empregadores que usam as redes sociais para esse fim não contrataram um candidato em virtude do conteúdo que encontraram sobre eles nesses sites. Veja a seguir os comportamentos nas redes sociais que mais provocam a rejeição dos empregadores, segundo o CareerBuilder, com os comentários de Denise Cavalcanti, gerente de recursos humanos da Luandre:
Porcentagem de reprovação: 46% Uma foto mais sensual que você tirou na praia, por exemplo, atrapalha, e muito, a imagem de seriedade que você precisa transmitir como candidato, diz Denise Cavalcanti, gerente de recursos humanos da Luandre. Segundo ela, não há problema em querer compartilhar esse tipo de conteúdo em uma rede social pessoal, como o Facebook, por exemplo. A dica é ajustar as suas configurações de privacidade para que aquelas postagens só apareçam para os seus amigos, comenta a especialista.
Porcentagem de reprovação: 41% Enquanto drogas ilícitas provavelmente afastarão um recrutador, uma foto eventual do fim de semana no bar com os amigos no fim de semana não riscará a imagem de ninguém. A questão é a frequência com que isso aparece na página dele, explica Denise. O candidato pode ficar mal visto se ficar aparente que a maioria das interações sociais da pessoa está ligada, de alguma forma, ao consumo do álcool.
Porcentagem de reprovação: 36% Se você usa as redes sociais para falar mal de pessoas ligadas ao seu emprego anterior, a imagem que fica é a de que você não consegue resolver conflitos encarando-os, afirma a gerente de recursos humanos da Luandre. Mesmo reclamações mais banais, sobre o cardápio ruim do restaurante, por exemplo, devem ser evitadas. A caixinha de sugestões existe por um motivo, diz a especialista.
Porcentagem de reprovação: 32% Erros de português ou internetês podem atestar falta de domínio da língua ou, no mínimo, descuido. Mesmo se você escreve alguma coisa errado de propósito, para ser engraçado, pode ser mal interpretado, já que o recrutador não conhece você, diz Denise.
Porcentagem de reprovação: 28% A diversidade é um valor importante para a sociedade atual. Se você demonstra ser uma pessoa avessa às diferenças, agressiva e intolerante, muitas portas se fecharão, afirma Denise. O mesmo cuidado vale para o humor. Embora o julgamento seja mais subjetivo nesse caso, piadas politicamente incorretas tendem a ser mal recebidas, explica a especialista.
Porcentagem de reprovação: 25% O empregador perderá a confiança em um candidato que afirma uma coisa no currículo e outra no LinkedIn. Por isso, é importante manter atualizadas e coerentes todas as suas informações profissionais disponíveis na internet.
Porcentagem de reprovação: 24% Só vale compartilhar o quanto a sua empresa faturou ou quem será contratado se essas informações forem tornadas públicas pelo próprio empregador. Se você foi indiscreto antes, nada garante que não repetirá esse comportamento no seu próximo emprego, comenta Denise.
Porcentagem de reprovação: 22% Mesmo crimes considerados mais leves, como fazer download ilegal de filmes e séries, podem ter um impacto negativo na sua imagem, segundo Denise. Depende muito da visão pessoal do recrutador o quanto evidências de infrações supostamente menos graves podem prejudicar um candidato, explica.
Porcentagem de reprovação: 21% Depende muito de caso para caso, mas em geral os apelidos podem significar falta de maturidade ou de seriedade, diz Denise. De acordo com ela, ter um nome engraçadinho em redes sociais mais descontraídas como o Twitter ou o Facebook não pesa tanto. No LinkedIn, é equivalente a reprovação.
Porcentagem de reprovação: 13% Faltar numa etapa do processo seletivo e fazer check-in num jogo de futebol pelo Foursquare, por exemplo, é uma daquelas atitudes que temos até dificuldade de entender, ri Denise. O recrutador perderá imediatamente a confiança no candidato que não disser a verdade. Sem ser transparente, dificilmente levarão qualquer outra coisa que você disser a sério, afirma a especialista.
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