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O que o Brexit muda para quem quer estudar no Reino Unido

Será que vale a pena investir em uma pós-graduação ou trabalho Reino Unido? Será que esse é o melhor momento de seguir esse rumo?

Brexit: libra esterlina mais acessível? (Thinkstock/miriam-doerr)
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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2016 às 22h17.

Com a votação do referendo do último dia 24 de junho de 2016, o Reino Unido decidiu, por uma maioria de 52%, deixar a União Europeia no referendo que ficou conhecido como BREXIT (uma junção dos termos, em inglês, Britain e “Exit”). Foram mais de 43 anos de participação no bloco, durante os quais houve uma extensa evolução, entre outras áreas, na educação internacional dos países.

Com essa mudança, você pode pensar: e agora? Será que vale a pena investir em uma pós-graduação ou trabalho Reino Unido ? Será que esse é o melhor momento de seguir esse rumo?

Vamos com calma! Seus planos de estudar no Reino Unido podem e devem continuar de pé. Confira o porquê em quatro motivos, segundo os especialistas do loveUK:


1 O Reino Unido fica financeiramente mais acessível

Com o BREXIT, os mercados estão em plena especulação. A libra esterlina já vem sofrendo uma considerável desvalorização em relação ao Euro desde 2008, e agora, a tendência é que o país irá facilitar a entrada de turistas e estudantes internacionais, como uma forma de contrapor uma futura crise e impulsionar o mercado financeiro. Isto quer dizer que a moeda britânica irá sofrer uma queda gradual, facilitando consideravelmente para os brasileiros o acesso a estudos de graduação e pós-graduação.

2 As Universidades Britânicas já estão fundamentadas em um princípio internacional

As universidades britânicas sempre priorizaram o ensino de excelência, a alta qualidade nos cursos oferecidos e o incentivo à pesquisa e às pessoas dotadas de sonhos e ideias. Essa priorização é também um valor compartilhado pela União Europeia como um todo – valor esse que não será abandonado. De acordo com Julia Goodfellow, presidente do Universities UK, há uma garantia de que a internacionalidade e o multiculturalismo não serão deixados de lado; e ela ainda garante que as oportunidades para estudantes internacionais continuarão presentes em todo o Reino Unido, já que a mobilidade acadêmica é o carro-chefe da excelência das universidades.

3 Os preços dos programas para estudantes internacionais não serão alterados

É fato que o BREXIT traz uma preocupação generalizada para as universidades britânicas sobre o aumento do valor das anuidades para estudantes internacionais. O que vai mudar, na verdade, é o valor cobrado de estudantes europeus que desejam estudar lá. Para os brasileiros, o cenário se torna mais convidativo do que nunca, já que os preços, os requisitos de entrada e as ofertas de bolsas de estudos integrais e parciais não sofrem alterações. Para o brasileiro que deseja fazer uma pós-graduação ou pesquisa no Reino Unido, ou para qualquer aluno de fora da Europa, as opções e formas de acesso continuam as mesmas.

4 Os regulamentos de visto e trabalho não mudam para brasileiros

Para os brasileiros que estão no Reino Unido no momento e para os que vão ou desejam ir, nada muda em relação a leis trabalhistas e educacionais, já que a formalização da saída do Reino Unido só se dará nos próximos dois anos. Mesmo assim, as relações diplomáticas entre Brasil e Reino Unido não são afetadas diretamente pelo BREXIT. E o que isso quer dizer? Bem, isso indica que tudo continua do jeito que é, tanto para a emissão de vistos, como para a permissão de trabalho para quem fará pós-graduação no UK (com visto TIER4).

Enquanto a notícia do BREXIT é preocupante para muitos europeus, o referendo e regulamentações de universidades não são extensivas aos brasileiros. Portanto, se o seu sonho era e ainda é estudar no Reino Unido, em uma das melhores universidades do mundo, acredite: não há razões para que ele não esteja mais vivo do que nunca.

* Este artigo foi originalmente publicado pelo Estudar Fora, portal da Fundação Estudar

São Paulo - O mundo precisa desesperadamente de mão de obra qualificada. Um estudo do McKinsey Global Institute aponta que, em 2020, faltarão de 38 a 40 milhões de profissionais com ensino superior para atender às exigências do mercado de trabalho global. A demanda é especialmente intensa em alguns setores da economia, e em certos países. Mas quais são os melhores destinos para quem sonha com uma carreira internacional? Em parceria com a Universidade da Pennsylvania e a consultoria BAV, o site U.S. News listou 15 países que buscam mão de obra estrangeira e oferecem uma boa contrapartida para os novos ingressantes no mercado. O levantamento ouviu cerca de 6 mil pessoas com até 35 anos de idade a respeito de 7 atributos que caracterizam um ambiente favorável à imigração : oportunidades de trabalho, estabilidade econômica, abertura ao empreendedorismo, distribuição de renda, inovação, qualidade de vida e grau de desenvolvimento.   O resultado é uma lista dos 15 melhores destinos para começar uma carreira internacional na visão dos entrevistados, e inclui ambientes tão diferentes quanto China e Holanda. Com exclusividade para EXAME.com, Leonardo Freitas, sócio-diretor da Hayman-Woodward, empresa especializada no trânsito de pessoas físicas e jurídicas do Brasil, descreveu as melhores oportunidades de trabalho para estrangeiros nos países que entraram para o ranking. Navegue pelas imagens para ver o ranking e conhecer os setores mais aquecidos em cada mercado, bem como suas principais exigências.
  • 2. 1. China

    2 /17(Thinkstock/gyn9038)

  • Veja também

    Apesar de não esbanjar o mesmo vigor econômico do passado, o país continua no centro das atenções do mundo dos negócios e oferece boas oportunidades de estudo e de trabalho para estrangeiros. Segundo Leonardo Freitas, sócio-diretor da consultoria em expatriação Hayman-Woodward, há espaço para médicos, engenheiros da indústria automotiva, além de especialistas em desenvolvimento de vacinas, novos medicamentos e pesquisas laboratoriais. Inglês é obrigatório para qualquer estrangeiro, mas dominar o mandarim traz uma forte vantagem competitiva. Como as diferenças culturais com o Brasil são enormes, também é importante conhecer os costumes, a etiqueta profissional e a forma de fazer negócios dos locais.
  • 3. 2. Alemanha

    3 /17(Thinckstock)

  • Embora falar inglês seja suficiente para se virar no país, ter conhecimentos de língua alemã ajuda a levar a sua carreira a novos patamares, afirma Freitas.  Os profissionais estrangeiros mais buscados são médicos, especialistas em biodiversidade, economistas, profissionais no mercado financeiro e executivos com experiência em economias voláteis.
  • 4. 3. Estados Unidos

    4 /17(ThinkStock)

    Dallas, San José e Los Angeles são, atualmente, as cidades norte-americanas com mercado de trabalho mais promissor. De forma geral, há boas oportunidades no país para engenheiros, advogados, administradores, enfermeiros, médicos, fisioterapeutas e médicos veterinários. Segundo Freitas, o mercado de saúde como um todo tem se aquecido nos últimos anos no país. Apesar de algumas áreas oferecerem mais vagas do que outras, qualquer pessoa com mestrado ou doutorado pode ter chances de sucesso em terras ianques, diz o especialista. É preciso ter algumas características para concorrer: além do domínio completo do inglês, é preciso ter pelo menos 10 anos de profissão e um perfil empreendedor, proativo e flexível quanto às diferenças culturais. Veja mais segredos para ter uma carreira de sucesso nos Estados Unidos.
  • 5. 4. Reino Unido

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    O mercado de trabalho britânico dá chances a profissionais estrangeiros que efetivamente dominam a língua inglesa, inclusive a linguagem técnica da sua área. As principais oportunidades, de acordo com Freitas, são para especialistas em áreas como hotelaria, turismo e gastronomia. Também há espaço para executivos que trabalham em bancos e no mercado financeiro em geral.
  • 6. 5. Canadá

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    Assim como nos Estados Unidos, as melhores oportunidades são oferecidas para quem tem mestrado ou doutorado, é fluente em inglês e acumula pelo menos 10 anos de experiência em sua área. “A vantagem em relação ao caso norte-americano é que a imigração é muito mais fácil”, diz Freitas. “No caso da província de Québec, ela é imediata e permanente para quem fala francês”. O Québec, aliás, faz um esforço contínuo para estimular a entrada de profissionais estrangeiros qualificados — e o Brasil é um dos seus alvos prioritários. Algumas das carreiras mais quentes na região são ciências da computação, biologia, marketing, desenho industrial, finanças, contabilidade e engenharia com diversas ênfases, como civil, mecânica, elétrica e aeronáutica.
  • 7. 6. Japão

    7 /17(Peerapong_K / ThinkStock)

    Para ter chances no mercado de trabalho local, um profissional estrangeiro deve ter domínio pelo menos conversacional da língua japonesa, além de uma compreensão refinada da cultura do país. Também é importante ter no mínimo mestrado ou MBA. Profissionais de áreas bastante específicas ou "hiperespecializados" costumam se dar bem. Engenharia eletrônica e de sistemas, administração, arquitetura e design são carreiras com bastante demanda no mercado japonês em geral, segundo Leonardo Freitas, sócio-diretor da Hayman-Woodward.
  • 8. 7. Coreia do Sul

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    Não é essencial falar o idioma coreano, mas ter domínio pleno do inglês é imprescindível. Segundo Freitas, o mercado local costuma receber bem profissionais que têm apenas bacharelado, sem obrigatoriedade de mestrado ou doutorado. Porém, é preciso ter pelo menos cinco anos de profissão. No momento, diz o especialista, as áreas mais quentes para estrangeiros na Coreia do Sul são finanças, design, manufatura, indústria automobilística e aviação.
  • 9. 8. Suécia

    9 /17(Edward Stojakovic/Flickr/Creative Commons)

    Como em outros países escandinavos, o mercado de trabalho local é aberto a profissionais de tecnologia, saúde e desenvolvimento de novos medicamentos. É preciso ter no mínimo mestrado. Também é importante ser resistente ao frio: os termômetros suecos podem despencar a até 53 graus negativos no inverno. De acordo com Leonardo Freitas, da Hayman-Woodward, o estrangeiro evidentemente conta com mais oportunidades se fala sueco, mas dominar o idioma inglês costuma ser o bastante para as relações profissionais. Não é de se estranhar: a Suécia está em 1º lugar no ranking dos países que melhor falam o inglês como língua não-materna.
  • 10. 9. Rússia

    10 /17(Thinkstock)

    O país investe na atração de profissionais estrangeiros, sobretudo para as áreas de engenharia, construção civil, indústria siderúrgica e metalúrgica, fisioterapia e suporte a profissionais do esporte. É preciso ter pelo menos bacharelado. O domínio do russo é desejável, mas não obrigatório, segundo Freitas. “Para se dar bem, você precisa ser capaz de se adaptar logo à cultura local, muito mais rígida do que a nossa”, afirma o especialista. Segundo ele, os russos não aceitam desculpas ligadas às diferenças culturais quando o assunto é o cumprimento de horários e prazos, por exemplo.
  • 11. 10. Arábia Saudita

    11 /17(Waseem Obaidi/Bloomberg)

    Há oportunidades na área de aviação, inclusive executiva, engenharia e infraestrutura. Embora o setor de petróleo e gás seja forte no país, a contratação de estrangeiros no setor tem desacelerado nos últimos anos, afirma Freitas. Os melhores empregos exigem pelo menos bacharelado, além de 10 anos de experiência profissional. "O segredo para o sucesso é saber lidar com uma cultura muito diferente da sua", diz o especialista da Hayman-Woodward. “Os sauditas são formais e bem mais severos com brincadeiras ou mentirinhas no ambiente de trabalho”.
  • 12. 11. Holanda

    12 /17(ThinkStock)

    Há boas oportunidades para estrangeiros nas áreas de direito internacional, navegação e logística. De acordo com Freitas, títulos de graduação e pós-graduação importam menos do que experiência na área. Além disso, é preciso ter entre 5 a 7 anos de trabalho para ser elegível aos melhores empregos. Conhecidos por serem poliglotas, os nativos recebem bem profissionais que falam vários idiomas. Enquanto o holandês é dispensável, o inglês é obrigatório. Ter referências profissionais de peso também ajuda a se destacar no mercado local.
  • 13. 12. Dinamarca

    13 /17(Mikkel Frost)

    O mercado de trabalho dinamarquês tem várias semelhanças com o sueco, já descrito anteriormente: mestrado é requisito básico e o maior volume de oportunidades está nas áreas médica, farmacêutica e científica de forma geral. Conhecer a língua local não é obrigatório, já que o inglês costuma mediar boa parte das relações profissionais com estrangeiros. A principal diferença em relação à Suécia, segundo Freitas, é o fato de que o processo imigratório para a Dinamarca costuma ser mais restritivo.
  • 14. 13. Singapura

    14 /17(Getty Images)

    As áreas com maior demanda são o mercado financeiro, sobretudo para especialistas em câmbio, e o setor de exportação e importação de commodities como carne, frango e soja. O mercado de trabalho no país é disputado, segundo Freitas, e os melhores empregos exigem pelo menos 10 anos de experiência, além de mestrado. O inglês é a principal língua para fazer negócios em Singapura, mas dominar o mandarim pode ser um diferencial. Isso porque há muitos clientes, fornecedores e profissionais chineses no país.
  • 15. 14. Austrália

    15 /17(Thinkstock)

    Para ter boas oportunidades no país, é preciso ter no mínimo bacharelado e, preferencialmente, de 7 a 10 anos de experiência profissional, diz Freitas. Dominar o inglês também é requisito para ter sucesso no país. O governo australiano recentemente divulgou a lista com as profissões mais demandadas no país para os próximos 12 meses. As 183 carreiras mencionadas incluem engenharia (diversas ênfases, como civil, naval, química, ambiental, biomédica e eletrônica), contabilidade, arquitetura naval, arquitetura, psicologia e medicina. Veja a lista completa aqui.
  • 16. 15. França

    16 /17(John Schults / Reuters)

    O país costuma ter um processo imigratório rigoroso, mas há boas oportunidades para quem tem pelo menos bacharelado e de 7 a 10 anos de experiência em sua área. Inglês não basta: falar francês é essencial para ser bem aceito no mercado de trabalho. As áreas com mais vagas são a indústria química e as pesquisas na área médica e laboratorial. Também há cada vez mais espaço para engenheiros de produção, de acordo com Freitas.
  • 17. Veja agora as carreiras mais bem pagas nos EUA que não exigem diploma

    17 /17(Thinkstock/Jeffrey Hamilton)

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