Exame Logo

Nós, brasileiros, podemos ser líderes da economia criativa

Qual é projeto do Brasil para participar da sociedade em rede e da economia criativa?

Ilustração - Pessoa caída no chão (Weberson Santiago/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 19h08.

São Paulo - As redes sociais e as nuvens de inovação coletiva são muito mais do que um modismo. Elas são a base de uma economia (e de uma sociedade) em rede e servem para construir reputação, educar, investigar comportamentos e destacar-se de concorrentes.

Essa nova realidade está nos levando a repensar estratégia, valores corporativos, ética e produtividade com o objetivo de criar novas formas de trabalhar e de produzir riqueza e lucro. Minha dúvida é se o Brasil, como nação, e nós, como cidadãos, temos um projeto para participar dessa nova sociedade. Quando teremos uma política clara de inserção na economia criativa do terceiro milênio?

Veja um exemplo inglês: já existe um plano do governo local para transformar o parque olímpico, ao término dos Jogos de 2012, no maior centro de tecnologia mundial. O Reino Unido tem o objetivo de transformar a zona leste londrina num rival do Vale do Silício, um projeto nacional para estimular a criatividade e a energia e criar a próxima startup que valerá 1 bilhão de dólares.

Você se lembra de um projeto semelhante no Brasil? Quando a universidade sairá de seus muros, produzirá riquezas e conversará com toda a sociedade?

Com raras exceções, os centros de empreendedorismo universitários são piadas de mau gosto e as incubadoras de empresas raramente cumprem seu papel de dar vida a novos negócios. Quando a escola convictamente ensinará que o maior risco dos tempos atuais é não correr riscos, que a moeda do século 21 é a reputação e que falhar faz parte do jogo?

Escrevendo este artigo, lembrei-me de um espetáculo de dança de uma companhia belga que esteve no Brasil anos atrás, chamado Le Vertige du Papillon. Numa tradução literal, quer dizer “a vertigem da borboleta”. Numa visão mais poética, representa o devaneio da borboleta que, ao libertar-se da crisálida, contempla a beleza colorida do mundo em seu voo, mas ignora que tem só um dia de vida para desfrutar desse prazer.

Nós, brasileiros, podemos ser os líderes da economia criativa, uma superpotência digital e ambiental do século 21, multicultural, rico na natureza e milionário de ideias. Mas antes precisamos sacudir nossa rotina modorrenta, combater o péssimo hábito — uma doença de nossa época — de aceitar a mesmice.

Vamos encarar com coragem o problema de nossa falta de visão como nação e pensamento coletivo. Caso contrário, viveremos a curta viagem da borboleta, que enxergava tudo com despreocupação e otimismo e não percebeu que vivia o instante que antecedia a grande queda.

Veja também

São Paulo - As redes sociais e as nuvens de inovação coletiva são muito mais do que um modismo. Elas são a base de uma economia (e de uma sociedade) em rede e servem para construir reputação, educar, investigar comportamentos e destacar-se de concorrentes.

Essa nova realidade está nos levando a repensar estratégia, valores corporativos, ética e produtividade com o objetivo de criar novas formas de trabalhar e de produzir riqueza e lucro. Minha dúvida é se o Brasil, como nação, e nós, como cidadãos, temos um projeto para participar dessa nova sociedade. Quando teremos uma política clara de inserção na economia criativa do terceiro milênio?

Veja um exemplo inglês: já existe um plano do governo local para transformar o parque olímpico, ao término dos Jogos de 2012, no maior centro de tecnologia mundial. O Reino Unido tem o objetivo de transformar a zona leste londrina num rival do Vale do Silício, um projeto nacional para estimular a criatividade e a energia e criar a próxima startup que valerá 1 bilhão de dólares.

Você se lembra de um projeto semelhante no Brasil? Quando a universidade sairá de seus muros, produzirá riquezas e conversará com toda a sociedade?

Com raras exceções, os centros de empreendedorismo universitários são piadas de mau gosto e as incubadoras de empresas raramente cumprem seu papel de dar vida a novos negócios. Quando a escola convictamente ensinará que o maior risco dos tempos atuais é não correr riscos, que a moeda do século 21 é a reputação e que falhar faz parte do jogo?

Escrevendo este artigo, lembrei-me de um espetáculo de dança de uma companhia belga que esteve no Brasil anos atrás, chamado Le Vertige du Papillon. Numa tradução literal, quer dizer “a vertigem da borboleta”. Numa visão mais poética, representa o devaneio da borboleta que, ao libertar-se da crisálida, contempla a beleza colorida do mundo em seu voo, mas ignora que tem só um dia de vida para desfrutar desse prazer.

Nós, brasileiros, podemos ser os líderes da economia criativa, uma superpotência digital e ambiental do século 21, multicultural, rico na natureza e milionário de ideias. Mas antes precisamos sacudir nossa rotina modorrenta, combater o péssimo hábito — uma doença de nossa época — de aceitar a mesmice.

Vamos encarar com coragem o problema de nossa falta de visão como nação e pensamento coletivo. Caso contrário, viveremos a curta viagem da borboleta, que enxergava tudo com despreocupação e otimismo e não percebeu que vivia o instante que antecedia a grande queda.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilEconomia criativaEdição 157Internet

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Carreira

Mais na Exame