Você não quer ser um fanfarrão das redes sociais, ou quer?
Fuja do lugar-comum, evite a informação fast-food. Prefira textos longos que ampliam o repertório e aumentam o seu conhecimento
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2013 às 16h07.
São Paulo - Apesar da notável facilidade com que o brasileiro se apropria das mídias sociais , é triste ver como o comportamento das pessoas na web é infantil. Como criancinhas peraltas, xingamos, baixamos o nível e ofendemos a tudo e a todos. Como adolescentes baderneiros, pichamos as paredes digitais com um conteúdo de quinta categoria.
Muitas vezes, nos comportamos como chipanzés replicadores. As pessoas se viciaram em compartilhar e a se deter em conteúdos "vazios". Falam de tudo, mas não sabem de nada. É o conteúdo fast-food requentado da web. As pessoas estão preguiçosas, acomodadas e imediatistas na grande rede. Vai uma foto fofinha ou a última moda em tintas para unhas?
Quando foi concebida, a internet era o sonho da democracia, das pessoas conectadas em rede para receber educação. Paira uma sensação de fracasso. Há indícios de que o mau uso da rede prejudica as pessoas. A Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, fez uma pesquisa usando como base 1.000 universitários de 37 países.
O grupo foi impedido de usar tecnologia. Ao final do estudo, 79% dos estudantes mostraram sintomas análogos aos das síndromes de abstinência química: desespero, "esvaziamento", ansiedade e isolamento.
Considere ainda que o conteúdo disponível na internet está longe de ser livre. Gigantes como Facebook e Google utilizam algoritmos para selecionar o seu conteúdo. Suas buscas são dirigidas. Bem-vindos ao efeito túnel: só interagimos com pessoas parecidas, que compartilham opiniões semelhantes.
Na ditadura digital, quando você não curte uma opinião discordante, o unfollow é a serventia da casa. Como profissional, você não deve perder a chance de interagir com pessoas diferentes. Das ideias opostas nasce a inovação. Dos questionamentos, criam-se soluções. Da insatisfação, surge a mudança. A descoberta é a base do crescimento.
Fuja do lugar-comum. Evite a informação fast-food. Leia textos longos que acrescentem ao seu conhecimento, que tragam reflexões. Fuja das toneladas de informações sem sentido que o sufocam a cada segundo.
Faça uma coisa de cada vez. Dê atenção total às tarefas para concluí-las o quanto antes. Você vai ter mais tempo para ver a vida lá fora. Porque neste mundo você pode ser um chipanzé ferramenteiro ou um pensador estrategista. Um curador de conhecimento do século 21 ou um fanfarrão das redes com cabeça de século 20.
Gil Giardelli escreve sobre inovação digital. É professor no Centro de Inovação e Criatividade da ESPM e da Miami Ad School, e presidente da Gaia Creative
São Paulo - Apesar da notável facilidade com que o brasileiro se apropria das mídias sociais , é triste ver como o comportamento das pessoas na web é infantil. Como criancinhas peraltas, xingamos, baixamos o nível e ofendemos a tudo e a todos. Como adolescentes baderneiros, pichamos as paredes digitais com um conteúdo de quinta categoria.
Muitas vezes, nos comportamos como chipanzés replicadores. As pessoas se viciaram em compartilhar e a se deter em conteúdos "vazios". Falam de tudo, mas não sabem de nada. É o conteúdo fast-food requentado da web. As pessoas estão preguiçosas, acomodadas e imediatistas na grande rede. Vai uma foto fofinha ou a última moda em tintas para unhas?
Quando foi concebida, a internet era o sonho da democracia, das pessoas conectadas em rede para receber educação. Paira uma sensação de fracasso. Há indícios de que o mau uso da rede prejudica as pessoas. A Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, fez uma pesquisa usando como base 1.000 universitários de 37 países.
O grupo foi impedido de usar tecnologia. Ao final do estudo, 79% dos estudantes mostraram sintomas análogos aos das síndromes de abstinência química: desespero, "esvaziamento", ansiedade e isolamento.
Considere ainda que o conteúdo disponível na internet está longe de ser livre. Gigantes como Facebook e Google utilizam algoritmos para selecionar o seu conteúdo. Suas buscas são dirigidas. Bem-vindos ao efeito túnel: só interagimos com pessoas parecidas, que compartilham opiniões semelhantes.
Na ditadura digital, quando você não curte uma opinião discordante, o unfollow é a serventia da casa. Como profissional, você não deve perder a chance de interagir com pessoas diferentes. Das ideias opostas nasce a inovação. Dos questionamentos, criam-se soluções. Da insatisfação, surge a mudança. A descoberta é a base do crescimento.
Fuja do lugar-comum. Evite a informação fast-food. Leia textos longos que acrescentem ao seu conhecimento, que tragam reflexões. Fuja das toneladas de informações sem sentido que o sufocam a cada segundo.
Faça uma coisa de cada vez. Dê atenção total às tarefas para concluí-las o quanto antes. Você vai ter mais tempo para ver a vida lá fora. Porque neste mundo você pode ser um chipanzé ferramenteiro ou um pensador estrategista. Um curador de conhecimento do século 21 ou um fanfarrão das redes com cabeça de século 20.
Gil Giardelli escreve sobre inovação digital. É professor no Centro de Inovação e Criatividade da ESPM e da Miami Ad School, e presidente da Gaia Creative