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Nunca é chamado para entrevista de emprego? Você pode estar errando nisto

Se você já teve muitas tentativas falhas na busca de emprego (ou nem sabe por onde começar), confira as dicas da headhunter da Page Talent

Jovem: não adianta se preparar e depois perder o prazo (kimberrywood/Thinkstock)

Jovem: não adianta se preparar e depois perder o prazo (kimberrywood/Thinkstock)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 19 de abril de 2018 às 06h00.

Última atualização em 19 de abril de 2018 às 15h24.

São Paulo - Na busca do primeiro emprego, uma das partes mais frustrantes é esperar pela resposta do recrutador. Tudo o que você quer é ser chamado para a entrevista daquela vaga legal. E, às vezes, sua paciência não é recompensada.

Se você já teve muitas tentativas infrutíferas (ou nem sabe por onde começar), vale rever sua estratégia usando as dicas da headhunter da Page Talent consultada pelo Site Exame.

Segundo Juliana França, usando a internet os candidatos têm condições de conhecer as empresas antes de disputar a vaga, mas muitos ainda chegam despreparados para os processos de seleção. Deixar de fazer essa "lição de casa" é perder pontos nas seleções mais rigorosas que analisam tanto aspectos técnicos quanto comportamentais.

São os erros comuns e persistentes que mais prejudicam os jovens candidatos. Confira as dicas da especialista sobre o que pode estar errado na estratégia de quem está em começo de carreira:

Falta de foco

Antes  de montar um currículo, o primeiro passo é encontrar seu foco. “Cada vez menos a graduação diz a área que a pessoa vai trabalhar”, diz Juliana.

Assim, o futuro candidato deve pensar no que deseja para o primeiro emprego, avaliando as matérias que mais gostou na faculdade e que tiveram maior impacto em seu aprendizado. Também vale refletir sobre experiências extracurriculares que fizeram mais sentido na sua trajetória, como participação em entidades estudantis, aulas de idiomas, voluntariado, entre outras.

Para definir seu perfil profissional, reveja sua posição em trabalhos em grupo da faculdade porque ela diz muito sobre você. “Você pode ser mais comunicativo e gostar de fazer apresentações, coordena o grupo ou prefere uma parte mais analítica. São indicações do que preferiria fazer dentro de uma empresa”, explica.

Encontrando um foco, é possível pensar em empresas que se alinhem com seus valores e objetivos.

Erros no currículo

Você faz uma última revisão antes de enviar seu currículo? Deveria. Segundo a headhunter, erros de português ainda são muito comuns, especialmente tropeços “bobos” de digitação que mostram que faltou atenção. Um erro assim pode eliminá-lo da pesquisa por termos chave, quando o RH procura por requisitos para certa vaga no banco de currículos.

A especialista também recomenda não colocar adjetivos soltos. “Eles não fazem sentido no currículo e se referem a habilidades que serão avaliadas na entrevista”, diz.

Para organizar as informações, Juliana recomenda desenhar uma linha cronológica da sua trajetória pessoal e acadêmica. A partir disso, fazer uma redação para se apresentar a públicos diferentes, como se falasse com os pais, amigos e professores.

“Você vai adaptar a história a cada um e perceberá o que é mais relevante. Para avaliar se uma atividade é relevante, pense no significado que ela teve para você, se ela fez com que você aprendesse alguma coisa”. A dica vale também para se preparar para a dinâmica de grupo e a entrevista.

Na hora colocar tudo isso no papel, é preciso cuidado para não inovar demais no formato. Uma ordem básica deve ser mantida para facilitar que o recrutador entenda suas informações facilmente. O nome e contatos, por exemplo, devem sempre aparecer primeiro.

Desatenção a prazos

Organização é tudo. Não adianta se preparar e depois perder o prazo. Além de estar atento a datas e horários para as fases do processo, a dica da headhunter é ser seletivo e evitar participar de processos demais. O candidato deve priorizar as empresas e a área que realmente quer.

“A pessoa quer finanças, mas entra no processo para RH, enquanto tenta 10 processos ao mesmo tempo. Fica difícil se dedicar a um deles e o preparo fica pior. Quando se dedica a poucos, mas que gosta e conhece, a qualidade da participação no processo é diferente”, diz.

A busca por emprego também deve ser vista como um trabalho diário. Vale dedicar algumas horas do dia a essa tarefa.

Impaciência

O prazo para dar uma resposta aos candidatos varia de uma empresa para outra, mas elas se esforçam para entrar em contato com todos os participantes. Juliana fala que é normal ficar ansioso, mas que é preciso paciência.

Não tem problema entrar em contato, no entanto não é bom fazer cobranças constantes antes do prazo terminar. Uma boa iniciativa é tirar as dúvidas sobre o calendário do processo e quando pode esperar um feedback com o recrutador durante a dinâmica. “Isso até mostra que há maior interesse”, diz.

Durante o período de espera, é possível se manter produtivo. Se nem sempre as empresas que você deseja estão com vagas abertas, vale usar o tempo para pesquisar mais e descobrir como é trabalhar nelas.

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