Uma pesquisa do UBS Group AG descobriu que 61% de mulheres ricas acreditam que a covid-19 está prejudicando suas carreiras, suspendendo aumentos e promoções (Divulgação/Divulgação)
Leo Branco
Publicado em 22 de janeiro de 2021 às 16h00.
Última atualização em 22 de janeiro de 2021 às 17h02.
A pandemia tem sido difícil para as mulheres trabalhadoras — mesmo aquelas com alta renda.
Uma pesquisa do UBS Group AG descobriu que 61% de mulheres ricas acreditam que o surto de covid-19 está prejudicando suas carreiras, enquanto cerca de 40% disseram que a pandemia suspendeu os aumentos salariais e promoções, pois trabalharam menos para ajudar seus filhos na escola. E um em cada quatro entrevistados disse que adiou planos de aposentadoria ou considerou deixar o mercado de trabalho completamente.
“A covid definitivamente atrapalha as mulheres,” disse Paula Polito, vice-presidente de divisão da UBS Global Wealth Management, em entrevista. “Quer se trate de sua capacidade de rendimentos, aumentos e promoções, dinheiro gasto durante aquele período, atrasos em seus planos de aposentadoria,” a carreira das mulheres está sendo prejudicada enquanto suportam uma carga de trabalho doméstica maior, disse ela.
A pesquisa do UBS ecoa uma tendência econômica mais ampla: as mulheres, especialmente aquelas na faixa etária com maior probabilidade de ter filhos pequenos, estão abandonando o mercado de trabalho pelo ritmo mais rápido desde o auge da pandemia, já que muitas escolas e creches permanecem fechadas.
“Não importa se você é uma mulher poderosa da área de finanças ou uma mulher que trabalha como garçonete em um restaurante, você não vai desistir de seus filhos pelo seu trabalho”, disse Polito.
A pandemia também levou 68% das mulheres a discutir dinheiro com mais frequência com seus parceiros e 49% a falar sobre herança com seus filhos, de acordo com a pesquisa do UBS. A empresa entrevistou 1.507 investidores americanos — 991 mulheres e 516 homens — com pelo menos 250.000 dólares em investimentos de 21 de dezembro a 4 de janeiro.