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Metade dos jovens brasileiros sofre bullying no trabalho

Segundo estudo do Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios), a situação é conhecida por um em cada dois estudantes entre 15 e 26 anos

Tristeza: para 9,7% dos jovens, a hostilidade parte principalmente dos colegas mais próximos (Stock.Xchange)

Claudia Gasparini

Publicado em 13 de outubro de 2014 às 11h00.

São Paulo - Sofrer agressões no ambiente de trabalho é uma situação comum para quase metade dos jovens no Brasil, segundo um recente estudo do Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios).

A pesquisa ouviu 4.909 estudantes brasileiros com idade entre 15 e 26 anos. Desse total, 49,5% afirmam já ter sido alvo de algum tipo de bullying dos colegas de trabalho.

Entre as vítimas, 33% disseram que levaram a situação "na esportiva" para evitar sofrimento. A autodefesa também foi outra reação mencionada pelos jovens: 6,7% disseram sofrer bullying mas também praticá-lo em troca.

Para 46,4%, a solução é se prevenir contra as agressões, evitando dar "intimidade" aos outros. Colegas próximos parecem ser os praticantes mais contumazes do bullying: a hostilidade parte principalmente deles, segundo 9,7% dos jovens entrevistados.

Segundo Rafaela Gonçalves, analista de treinamento do Nube, a proximidade pode virar problema porque, com medo de prejudicar o relacionamento, o agredido tem mais dificuldade de protestar contra as "brincadeiras". Por outro lado, o agressor pode não perceber quando está sendo inconveniente.

Cerca de 4% dos entrevistados dizem que nunca sofreram bullying, mas já agrediram os outros, de forma inconsciente, muitas vezes. Segundo Rafaela, não ter intenção de machucar o colega de trabalho não tira a responsabilidade do agressor. "Submissão, tristeza e timidez são os primeiros sinais de que os seus comportamentos podem estar prejudicando o outro", diz ela.

O bullying no ambiente corporativo também tem sido objeto de debate nos Estados Unidos. Entre americanos de todas as idades, 28% já se sentiram agredidos no trabalho. O mal-estar criado por essas atitudes levou 19% a abandonar seus empregos.

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Para 46,4%, a solução é se prevenir contra as agressões, evitando dar "intimidade" aos outros. Colegas próximos parecem ser os praticantes mais contumazes do bullying: a hostilidade parte principalmente deles, segundo 9,7% dos jovens entrevistados.

Segundo Rafaela Gonçalves, analista de treinamento do Nube, a proximidade pode virar problema porque, com medo de prejudicar o relacionamento, o agredido tem mais dificuldade de protestar contra as "brincadeiras". Por outro lado, o agressor pode não perceber quando está sendo inconveniente.

Cerca de 4% dos entrevistados dizem que nunca sofreram bullying, mas já agrediram os outros, de forma inconsciente, muitas vezes. Segundo Rafaela, não ter intenção de machucar o colega de trabalho não tira a responsabilidade do agressor. "Submissão, tristeza e timidez são os primeiros sinais de que os seus comportamentos podem estar prejudicando o outro", diz ela.

O bullying no ambiente corporativo também tem sido objeto de debate nos Estados Unidos. Entre americanos de todas as idades, 28% já se sentiram agredidos no trabalho. O mal-estar criado por essas atitudes levou 19% a abandonar seus empregos.

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