Exame Logo

Mensagem aos acomodados

Liderar uma equipe é uma tarefa dura

Têm razão os gerentes. É duro liderar uma equipe de acomodados. (GettyImages)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2013 às 13h00.

São Paulo - Em minhas andanças pelas empresas, tenho ouvido com frequência queixas sobre a falta de atitude das pessoas. A maioria dos funcionários — dizem os gerentes — fica esperando ordens, não se antecipa, não tem, para usar um jargão corporativo, proatividade.

Têm razão os gerentes. É duro liderar uma equipe de acomodados. Mas, se serve de consolo, esse assunto não é novo, como mostra um ensaio de 1899 do escritor americano Elbert Hubbart, chamado Mensagem a Garcia. Foi  um dos textos mais reproduzidos no século 20. Virou até filme.

A história é ambientada na Guerra Hispano-Americana, que foi deflagrada depois que o navio americano USS Maine foi afundado pela marinha espanhola. Como consequência dessa guerra, a Espanha perdeu várias colônias para os Estados Unidos, como Cuba e Filipinas, que logo depois conseguiram sua independência.

Consta que o então presidente americano William McKinley precisava mandar uma carta ao general Calixto Garcia Íñiguez, que era o líder das forças rebeldes cubanas contra os espanhóis. Como se tratava de uma mensagem estratégica para a vitória, ele pediu que a missão fosse dada a um homem de confiança, daqueles que não veem obstáculos quando têm um objetivo.

Foi então escolhido o tenente Rowan, que imediatamente navegou até a ilha de Cuba , passou fome e frio, quase foi preso, mas não esmoreceu nunca e finalmente conseguiu entregar a mensagem ao general Garcia.

O texto da mensagem não importa, o que valeu foi o ato de entregá-la. A história é um pouco criticada porque sugere obediência cega, submissão à autoridade, mas também é uma homenagem ao comprometimento, coisa que falta — e muito — hoje em dia.

O escritor Elbert Hubbart endereçou expressões fortes às pessoas sem atitude, como “atrofia da disposição”, “inépcia moral”, “invalidez da vontade”, e por aí vai. Já para as pessoas como o tenente Rowan, ele sugeriu que se erguessem estátuas de bronze, pois fazer parte da solução, e não do problema, segundo Elbert, é um verdadeiro ato de heroísmo.

Eugenio Mussak é professor do MBA da FIA e consultor da Sapiens Sapiens.

Veja também

São Paulo - Em minhas andanças pelas empresas, tenho ouvido com frequência queixas sobre a falta de atitude das pessoas. A maioria dos funcionários — dizem os gerentes — fica esperando ordens, não se antecipa, não tem, para usar um jargão corporativo, proatividade.

Têm razão os gerentes. É duro liderar uma equipe de acomodados. Mas, se serve de consolo, esse assunto não é novo, como mostra um ensaio de 1899 do escritor americano Elbert Hubbart, chamado Mensagem a Garcia. Foi  um dos textos mais reproduzidos no século 20. Virou até filme.

A história é ambientada na Guerra Hispano-Americana, que foi deflagrada depois que o navio americano USS Maine foi afundado pela marinha espanhola. Como consequência dessa guerra, a Espanha perdeu várias colônias para os Estados Unidos, como Cuba e Filipinas, que logo depois conseguiram sua independência.

Consta que o então presidente americano William McKinley precisava mandar uma carta ao general Calixto Garcia Íñiguez, que era o líder das forças rebeldes cubanas contra os espanhóis. Como se tratava de uma mensagem estratégica para a vitória, ele pediu que a missão fosse dada a um homem de confiança, daqueles que não veem obstáculos quando têm um objetivo.

Foi então escolhido o tenente Rowan, que imediatamente navegou até a ilha de Cuba , passou fome e frio, quase foi preso, mas não esmoreceu nunca e finalmente conseguiu entregar a mensagem ao general Garcia.

O texto da mensagem não importa, o que valeu foi o ato de entregá-la. A história é um pouco criticada porque sugere obediência cega, submissão à autoridade, mas também é uma homenagem ao comprometimento, coisa que falta — e muito — hoje em dia.

O escritor Elbert Hubbart endereçou expressões fortes às pessoas sem atitude, como “atrofia da disposição”, “inépcia moral”, “invalidez da vontade”, e por aí vai. Já para as pessoas como o tenente Rowan, ele sugeriu que se erguessem estátuas de bronze, pois fazer parte da solução, e não do problema, segundo Elbert, é um verdadeiro ato de heroísmo.

Eugenio Mussak é professor do MBA da FIA e consultor da Sapiens Sapiens.

Acompanhe tudo sobre:Edição 154gestao-de-negociosLiderançaMotivação

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Carreira

Mais na Exame