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Mais vagas em Manaus, o melhor lugar para trabalhar no Norte

Copa do Mundo, construção de hidrelétricas e aquecimento no setor de serviços puxam a geração de empregos na região Norte

Marcelo Navarro, engenheiro paulista que trabalha na fabricante de motos Kasinski: cargo de gerente ao ir para Manaus (Foto: Rodrigo Baleia, Ilustração: Marcos Müller/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 18h59.

São Paulo - A economia em franca expansão e a indústria cada vez mais forte não são os únicos fatores que fazem de Manaus a melhor cidade para trabalhar no Norte do país. A indústria de transformação, cujas empresas ficam no Polo Industrial de Manaus, é o setor que mais oferece oportunidades.

Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, em 2010 foram gerados 12 500 postos na indústria amazonense, o que corresponde a 39% de todas as vagas criadas no estado. Os segmentos que mais recrutam são os de eletroeletrônicos e as montadoras de motos.

Engenheiros mecânicos, eletrônicos e de computação são os profissionais mais procurados pelos RHs do setor. A remuneração para essas funções está dentro da média nacional, mas a carência desse tipo de mão de obra cria benefícios adicionais, como auxílio-moradia para quem vem de outro estado. Um engenheiro da computação, por exemplo, começa ganhando em torno de 5 000 reais, mas as vantagens oferecidas por algumas companhias para atrair profissionais podem aumentar esse valor em até 80%.

Interessado nessas oportunidades, o engenheiro mecânico paulista Marcelo Navarro, de 36 anos, aceitou o convite da fabricante de motos Kasinski para assumir o cargo de gerente industrial na fábrica de Manaus. “As referências que tive sobre a cidade foram muito boas, o que me deu mais segurança para aceitar a proposta”, diz. Marcelo está em Manaus desde janeiro e se diz satisfeito com a infraestrutura urbana de saúde, educação e segurança.

Não faltam opções de moradia. A cidade está em franca verticalização, com muitos edifícios residenciais em construção. De janeiro a março, foram vendidos mais de 1 000 apartamentos novos, movimentando 364,3 milhões de reais, segundo dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Amazonas.

Como pontos fortes da capital, Marcelo destaca as oportunidades profissionais, inclusive para recolocação do cônjuge. A esposa dele é psicóloga e está na fase final de um processo seletivo. O ponto negativo é o elevado custo de vida. O acesso à internet é um dos mais caros do país e Manaus tem a sétima cesta básica mais cara do Brasil. E comer fora de casa ficou 23,7% mais caro este ano, segundo um estudo da operadora de cartões de benefícios CBSS.

Belém

O setor que mais abre vagas em Belém é o de serviços, que terminou 2010 com mais de 13 500 empregos gerados. De acordo com o Ministério do Trabalho, em todo o estado essa área criou 20 000 empregos no ano passado. Entre os segmentos que se destacam está o turismo, principalmente o de eventos, que ganhou força a partir de 2007 com a inauguração do Hangar Centro de Convenções, o maior da região Norte.


Os reflexos no setor hoteleiro são visíveis. Belém já conta com 62 hotéis de todos os portes, e há mais nove em instalação na cidade. São empreendimentos que vão precisar de profissionais do ramo de hotelaria e administração. O administrador Fábio Abreu, de 35 anos, é um exemplo. Ele assumiu há seis meses a gerência do Hotel Soft Inn Batista Campos, em Belém. Fábio diz que a hotelaria de negócios oferece bons salários, que chegam a ser 30% maiores do que os pagos no Nordeste. “O mercado está crescendo e os investidores procuram mão de obra qualificada, o que torna o cenário muito favorável”, diz o gerente.

Porto Velho

Já em Porto Velho, capital de Rondônia, a construção civil continua sendo o destaque, onde as contratações aumentaram no ano passado. Foram gerados 15 200 empregos nos canteiros de obras, sobretudo por causa da construção das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira. As usinas são as principais obras, porém, o aquecimento da construção civil é geral. O setor imobiliário cresce a passos largos.

A Odebrecht está construindo um novo bairro — são cerca de 3 000 unidades habitacionais. Empresas como Gafisa e Direcional Engenharia também têm projetos grandiosos nessa área. Com tantos projetos, falta mão de obra. Muitos engenheiros e técnicos tiveram de ser trazidos de outros estados. Isso inflou os salários. Um engenheiro civil em Porto Velho tem salário de até 6 000 reais mais benefícios. A média nacional é de 4 500 reais.

Palmas

A capital de Tocantins ainda está em consolidação, assim como a infraestrutura de lazer está em desenvolvimento. A cidade não conta com hotéis de grande porte, falta diversidade no roteiro gastronômico e o único teatro está em reforma. No entanto, isso tende a mudar. A rede de cinemas Cinemark acaba de aportar por lá, o shopping Capim Dourado está em expansão e os roteiros de turismo de natureza são de tirar o fôlego.

Esses empreendimentos têm aberto vagas para administradores e vendedores. O crescimento do mercado consumidor atraiu grandes redes atacadistas e varejistas, como Makro e Extra. Além disso, os programas de incentivos fiscais oferecidos pelo governo do estado têm dado resultado, e empresas de grande porte estão se instalando no Tocantins, como a BR Distribuidora e a Itafós Mineração, gerando mais empregos para engenheiros, administradores e técnicos em mineração.

A energia é abundante, por isso Tocantins exporta 90% do que produz. Os incentivos fiscais oferecidos pelo governo estadual e as obras como a ferrovia Norte-Sul criam o ambiente ideal para que a cidade se torne um importante centro de distribuição no país.

Além das posições para técnicos e especialistas, há grande demanda na região Norte por gestores, gerentes e diretores. Isso porque, durante muito tempo, os melhores profissionais da região saíam de lá em busca de melhores empregos em outros estados. Portanto, para os gestores há muitas vagas com bons salários e a possibilidade de negociar um pacote de benefícios interessante. Um atrativo a mais, além da natureza exuberante da região.

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São Paulo - A economia em franca expansão e a indústria cada vez mais forte não são os únicos fatores que fazem de Manaus a melhor cidade para trabalhar no Norte do país. A indústria de transformação, cujas empresas ficam no Polo Industrial de Manaus, é o setor que mais oferece oportunidades.

Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, em 2010 foram gerados 12 500 postos na indústria amazonense, o que corresponde a 39% de todas as vagas criadas no estado. Os segmentos que mais recrutam são os de eletroeletrônicos e as montadoras de motos.

Engenheiros mecânicos, eletrônicos e de computação são os profissionais mais procurados pelos RHs do setor. A remuneração para essas funções está dentro da média nacional, mas a carência desse tipo de mão de obra cria benefícios adicionais, como auxílio-moradia para quem vem de outro estado. Um engenheiro da computação, por exemplo, começa ganhando em torno de 5 000 reais, mas as vantagens oferecidas por algumas companhias para atrair profissionais podem aumentar esse valor em até 80%.

Interessado nessas oportunidades, o engenheiro mecânico paulista Marcelo Navarro, de 36 anos, aceitou o convite da fabricante de motos Kasinski para assumir o cargo de gerente industrial na fábrica de Manaus. “As referências que tive sobre a cidade foram muito boas, o que me deu mais segurança para aceitar a proposta”, diz. Marcelo está em Manaus desde janeiro e se diz satisfeito com a infraestrutura urbana de saúde, educação e segurança.

Não faltam opções de moradia. A cidade está em franca verticalização, com muitos edifícios residenciais em construção. De janeiro a março, foram vendidos mais de 1 000 apartamentos novos, movimentando 364,3 milhões de reais, segundo dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Amazonas.

Como pontos fortes da capital, Marcelo destaca as oportunidades profissionais, inclusive para recolocação do cônjuge. A esposa dele é psicóloga e está na fase final de um processo seletivo. O ponto negativo é o elevado custo de vida. O acesso à internet é um dos mais caros do país e Manaus tem a sétima cesta básica mais cara do Brasil. E comer fora de casa ficou 23,7% mais caro este ano, segundo um estudo da operadora de cartões de benefícios CBSS.

Belém

O setor que mais abre vagas em Belém é o de serviços, que terminou 2010 com mais de 13 500 empregos gerados. De acordo com o Ministério do Trabalho, em todo o estado essa área criou 20 000 empregos no ano passado. Entre os segmentos que se destacam está o turismo, principalmente o de eventos, que ganhou força a partir de 2007 com a inauguração do Hangar Centro de Convenções, o maior da região Norte.


Os reflexos no setor hoteleiro são visíveis. Belém já conta com 62 hotéis de todos os portes, e há mais nove em instalação na cidade. São empreendimentos que vão precisar de profissionais do ramo de hotelaria e administração. O administrador Fábio Abreu, de 35 anos, é um exemplo. Ele assumiu há seis meses a gerência do Hotel Soft Inn Batista Campos, em Belém. Fábio diz que a hotelaria de negócios oferece bons salários, que chegam a ser 30% maiores do que os pagos no Nordeste. “O mercado está crescendo e os investidores procuram mão de obra qualificada, o que torna o cenário muito favorável”, diz o gerente.

Porto Velho

Já em Porto Velho, capital de Rondônia, a construção civil continua sendo o destaque, onde as contratações aumentaram no ano passado. Foram gerados 15 200 empregos nos canteiros de obras, sobretudo por causa da construção das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira. As usinas são as principais obras, porém, o aquecimento da construção civil é geral. O setor imobiliário cresce a passos largos.

A Odebrecht está construindo um novo bairro — são cerca de 3 000 unidades habitacionais. Empresas como Gafisa e Direcional Engenharia também têm projetos grandiosos nessa área. Com tantos projetos, falta mão de obra. Muitos engenheiros e técnicos tiveram de ser trazidos de outros estados. Isso inflou os salários. Um engenheiro civil em Porto Velho tem salário de até 6 000 reais mais benefícios. A média nacional é de 4 500 reais.

Palmas

A capital de Tocantins ainda está em consolidação, assim como a infraestrutura de lazer está em desenvolvimento. A cidade não conta com hotéis de grande porte, falta diversidade no roteiro gastronômico e o único teatro está em reforma. No entanto, isso tende a mudar. A rede de cinemas Cinemark acaba de aportar por lá, o shopping Capim Dourado está em expansão e os roteiros de turismo de natureza são de tirar o fôlego.

Esses empreendimentos têm aberto vagas para administradores e vendedores. O crescimento do mercado consumidor atraiu grandes redes atacadistas e varejistas, como Makro e Extra. Além disso, os programas de incentivos fiscais oferecidos pelo governo do estado têm dado resultado, e empresas de grande porte estão se instalando no Tocantins, como a BR Distribuidora e a Itafós Mineração, gerando mais empregos para engenheiros, administradores e técnicos em mineração.

A energia é abundante, por isso Tocantins exporta 90% do que produz. Os incentivos fiscais oferecidos pelo governo estadual e as obras como a ferrovia Norte-Sul criam o ambiente ideal para que a cidade se torne um importante centro de distribuição no país.

Além das posições para técnicos e especialistas, há grande demanda na região Norte por gestores, gerentes e diretores. Isso porque, durante muito tempo, os melhores profissionais da região saíam de lá em busca de melhores empregos em outros estados. Portanto, para os gestores há muitas vagas com bons salários e a possibilidade de negociar um pacote de benefícios interessante. Um atrativo a mais, além da natureza exuberante da região.

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