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LinkedIn volta atrás e permite vagas voltadas para candidatos negros

Depois da polêmica na semana passada, empresa reviu sua política para anúncio de oportunidades

LinkedIn (Edward Smith/Getty Images/Getty Images)

LinkedIn (Edward Smith/Getty Images/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 29 de março de 2022 às 18h55.

Última atualização em 1 de abril de 2022 às 11h01.

O LinkedIn voltou atrás e informou, a partir de hoje, será permitido anunciar na plataforma as vagas afirmativas — aquelas direcionadas a reduzir a desigualdade racial, de gênero, entre outras.

Na semana passada, o Procon-SP havia notificado o LinkedIn a prestar explicações sobre a exclusão de anúncios de vagas de emprego com preferência a candidatos negros e indígenas.

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Depois da polêmica que também se alastrou pelas redes sociais, onde foi duramente criticado, o LinkedIn revisou sua política para publicação de oportunidades.

"Atualizamos nossa política de anúnicio de vagas para permitir a divulgação de publicações que expressem preferência por profissionais de grupos historicamente desfavorecidos na contratação em países onde esta prática é considerada legal", disse o LinkedIn por nota.

"Agradecemos o feedback que recebemos da nossa comunidade no Brasil. Fazer a coisa certa é importante e estamos comprometidos em continuar aprendendo e melhorando.”

Pressão de empresas e redes sociais

Entre as empresa que tiveram suas publicações de ofertas de emprego afirmativas estão a instituição de pesquisa Laut e a startup de tecnologia QuintoAndar.

A Laut discordou da então política aplicada pela rede e considerou a posição incompatível com a lei brasileira e com a jurisprudência consolidada do STF sobre o assunto. Já a Quinto Andar disse que incentiva um ambiente plural e inclusivo e que não concorda com as ações que dificultam a inclusão grupos minorizados no mercado de trabalho.

Na semana passada, a Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial, formada por 60 empresas em prol da diversidade racial, pediu esclarecimentos ao LinkedIn no Brasil e nos Estados Unidos (sede da empresa) quanto às medida adotada. Recebeu apoio de 44 companhias, entre elas, Vivo, Santander, Ambev, Magalu, Unilever, Renault, Itaú, Coca-Cola, Bayer, Natura e Procter & Gamble.

A pressão não é de hoje. Em setemebro de 2020, o Magalu abriu o seu primeiro trainee voltado apenas para candidatos negros. A despeito das críticas (que foram menores do que o apoio nas redes sociais), a empresa repetiu e fez uma nova edição deste programa no ano passado.

A Bayer também seguiu o mesmo caminho e lançou um programa de mentoria e outro de trainee exclusivos para negros.

A partir destas primeira iniciativas, outras empresas foram aderindo à prática da seleção inclusiva, como a MRV&CO e o iFood. O movimento chegou também na área de tecnologia, mas com uma diferença: diante da falta de mão de obra, companhias como XP, Nubank e VTex criaram programas que, além de contratar, oferecem capacitação.

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