A tecnologia pode gerar mais prosperidade ao longo prazo, mas quando profissões são extintas, muitas pessoas ficam sem renda e levam um tempo para se atualizar com as novas profissões (Nitat Termmee/Getty Images)
Repórter
Publicado em 28 de abril de 2024 às 13h24.
Última atualização em 10 de maio de 2024 às 11h29.
A tecnologia trouxe mudanças significativas no mercado de trabalho, levando a extinção ou raridade na procura por profissionais da área. Com a rápida evolução tecnológica, muitas tarefas que exigiam intervenção humana foram automatizadas, o que exigiu que nós redefiníssemos as demandas e habilidades necessárias.
“Entre as principais funções extintas devido à tecnologia, a maioria se relaciona à manipulação de mídias físicas, produção industrial, comunicação e organização”, afirma Roberta Saragiotto, Head de People and Strategy da Start Carreiras, plataforma que conecta universitários ao mercado de trabalho.
A inovação e a tecnologia moldam a sociedade e as economias do mundo e a longo prazo, no decorrer de décadas ou até séculos, e geram muito mais prosperidade, afirma Rafael Miranda, CIO da Impulso, que reforça que no curto prazo, existe um grande desafio: quando profissões são extintas, muitas pessoas ficam sem renda e levam um tempo para se atualizar com as novas profissões.
“Precisamos ter sensibilidade de quando algo disruptivo começa a acontecer, e por isso precisamos pensar em meios de minimizar os impactos para quem está sendo mais atingido negativamente nesse curto prazo”, diz CIO da Impulso.
Quando o trator foi inventado, Miranda lembra que cerca de 80% das pessoas no planeta Terra eram agricultoras. “O trator desempregou milhões e milhões de pessoas, mas, ao mesmo tempo, permitiu que outros milhões tivessem acesso à comida em alta escala, em função da revolução agrícola”, diz. “Eu vejo isso acontecendo novamente agora com automações e IA em geral. As operadoras de telemarketing, por exemplo, já estão sendo impactadas há alguns anos pelas automações.”
Para Saragiotto e Miranda, as seguintes profissões já estão perdendo espaço para a tecnologia. “As pessoas precisam se reinventar e estarem atentas às movimentações para não ficarem para traz. Cabe também às empresas ofereceram capacitação mediante a essas transformações”, diz Saragiotto.
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