(Liubomyr Vorona/iStockphoto)
Redação Exame
Publicado em 3 de maio de 2024 às 15h43.
Última atualização em 3 de maio de 2024 às 20h49.
Empresas que desenvolvem e executam um bom planejamento financeiro empresarial têm a segurança de que agirão de forma estratégica, com objetivos claros e métricas de acompanhamento eficientes.
Essas características são fundamentais para melhorar a saúde financeira de um negócio, independente do seu tamanho. Pense nessa ferramenta uma espécie de base, alicerce.
Além de oferecer um produto ou serviço de qualidade, você deve ser capaz de gerir os recursos internos de forma saudável, levando em consideração todo o potencial de crescimento da empresa e o que é preciso para chegar lá.
O planejamento financeiro empresarial é uma espécie de "norte" que a empresa deverá seguir para cumprir os objetivos estabelecidos ao iniciar um ano, semestre ou trimestre, por exemplo.
É elaborado em forma de um documento, que inclui os objetivos, ações necessárias para alcançá-los e possíveis percalços que deverão ser superados no caminho.
9 passos para elaborar um Plano Financeiro Estratégico para a sua empresa
É importante ter em mente que o planejamento é uma projeção, ou seja, quando criado, trabalha com previsões de onde a empresa irá chegar — em termos financeiros — e o que é preciso para alcançar esse resultado.
Com essa ferramenta, o time é capaz de estimar métricas importantes para a saúde financeira de um negócio, como margem de lucro e fluxo de caixa futuros. E não é somente isso! Veja os principais benefícios de executar um bom planejamento financeiro empresarial:
Quando as decisões são tomadas com base no planejamento, toda a empresa tem noção clara dos motivos pelos quais está realizando as ações, conseguindo visualizar o benefício de cada uma delas no futuro.
Esse processo torna as decisões mais estratégicas, que norteiam cada ação, como expansão, corte de gastos, contratação e investimento em inovação
Como já apontamos, esse é um dos benefícios centrais de executar o planejamento financeiro. Com a ferramenta, a empresa é capaz de construir um fundamento sólido.
Essa base aumenta a estabilidade financeira e dá ao time a possibilidade de prever gastos e percalços que podem comprometer o orçamento disponível para manter o negócio funcionando com saúde.
No momento do planejamento, a equipe levará em consideração os melhores destinos para alocar recursos financeiros.
Além de evitar possíveis desperdícios ou "queima de capital" em áreas que não fazem sentido ou não dariam retorno, encontram-se áreas para expandir e maximizar os lucros do negócio, muitas vezes não identificáveis sem o devido planejamento.
O planejamento leva em consideração os principais empecilhos e percalços financeiros que uma empresa pode vivenciar nos próximos meses ou anos.
Além de levantar a possibilidade, apresenta planos de ação, que podem envolver a diminuição nos gastos ou renegociação de dívidas.
Outro exemplo é a possibilidade de segurar a expansão de alguma área que recebia altos investimentos financeiros, para evitar futuros problemas com a falta de caixa disponível.
Um bom planejamento deve ser feito com organização e noção plena da situação atual da empresa. Sem essa compreensão, torna-se mais difícil traçar os planos de ação necessários e fazer o alocamento de recursos para que os objetivos sejam cumpridos.
A principal forma de fazer um planejamento financeiro empresarial é pela divisão por fases. A seguir, explicamos o funcionamento de cada uma delas.
Geralmente, o planejamento financeiro tem entre cinco e sete principais fases, do planejamento até a execução — e posterior análise dos resultados. Vale lembrar que esse escopo pode variar, a depender do tamanho da empresa, modelo de negócio e objetivos centrais.
Na medida em que o time amadurece o conhecimento sobre a criação de um planejamento financeiro empresarial, essas fases vão se tornando naturais e até mesmo se encontrando no meio do caminho. Por isso, caso você já execute um planejamento na sua empresa e não reconheça exatamente cada uma dessas fases, não é um problema!
Sabendo da importância de desenvolver um planejamento e quais são as fases necessárias para que ele aconteça, é a hora de colocá-lo em prática. Veja algumas dicas para a aplicação:
Para avaliar um planejamento e entender se está sendo eficiente, é fundamental estabelecer métricas de acompanhamento.
Assim, garante-se que as análises serão embasadas em dados e números, fugindo da subjetividade que análises qualitativas podem ter. Considere métricas como:
Categorizar as despesas por área pode ser importante para que a empresa identifique locais em que há uma alocação financeira maior do que o necessário. Nesses casos, é importante agir rapidamente, reduzindo as despesas (cortando custos ou realocando para áreas que precisam de maior investimento).
Já que estamos falando de um planejamento, não podemos nos esquecer dos fatores de risco ainda não presentes, mas que podem acontecer no futuro. Vale considerar a volatilidade do mercado, previsão geral de crescimento, flutuações cambiais ou fatores socioeconômicos.
Além de gerir os recursos atuais da empresa, considere novas fontes de expansão. É importante alocar recursos na identificação de novos produtos, mercados ou serviços, ou ainda na melhora de algum serviço executado atualmente pela empresa.