Executivos fazem de tudo para fugir do trânsito
Home office já virou rotina para muitos executivos brasileiros que não estão mais dispostos a encarar o trânsito das grandes cidades
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2012 às 08h28.
São Paulo - Ligar o rádio do carro e descobrir que São Paulo tem mais de 200 quilômetros de congestionamento não é algo que surpreenda os motoristas por volta das seis da tarde. Empresários e executivos de alto escalão, além de tempo, perdem dinheiro quando ficam parados no trânsito . Por isso, buscar alternativas ao engarrafamento virou tarefa prioritária não só para os profissionais, mas também para as empresas.
As soluções para reduzir o tempo de deslocamento dos "engravatados" vão do helicóptero à bicicleta, passando por serviços de táxi e pela opção por horários alternativos. Segundo Luís Antonio Lindau, diretor da organização não governamental Embarq Brasil, tanta dor de cabeça no trânsito é reflexo de um planejamento que prioriza o carro individual - a frota brasileira de veículos subiu de 29,5 milhões, em 2000, para 72 milhões, este ano. "Sabe-se que uma faixa dedicada aos ônibus transporta, em média, dez vezes mais pessoas do que um automóvel", diz Lindau.
Uma das saídas de gigantes como a Dell e a Unilever para reduzir tempo - e custos - no trânsito foi a adoção do trabalho em casa, ou home office. Em uma semana típica, a gerente de marketing da divisão Dell SonicWall para a América Latina, Manoela Vieira, só vai ao escritório para uma reunião semanal de duas horas às segundas-feiras, entre 10h e 12h. O restante das tarefas ela faz de casa, enquanto supervisiona o dever de casa e as brincadeiras das três filhas.
A executiva, que mora em Cotia, na Grande São Paulo, atua inteiramente em home office há sete anos - este já é o terceiro emprego de Manoela dentro do esquema remoto. Ela diz que, ao contrário da maioria das mães que trabalham fora, não precisa sentir culpa por estar longe da família. "Não trocaria essa vida nem para ganhar o dobro do meu salário atual."
Na Unilever, é comum que os funcionários passem um ou dois dias por semana sem pisar no escritório. Nem em caso de reuniões de última hora o esquema é abandonado - o laptop fornecido pela empresa traz embutida uma ferramenta de comunicação remota com imagem. "Muitas vezes, conectamos gente do escritório, na Vila Olímpia, com pessoas que trabalham de casa, em Higienópolis, Santana ou no Morumbi", conta Bruno Francisco, diretor de marketing da área de desodorantes da empresa.
Além de trabalhar pelo menos um dia e meio por semana de casa, Francisco diz que está em busca de formas alternativas de chegar ao escritório. "No dia do meu rodízio, tenho ido de metrô até a Faria Lima e caminhado para o escritório pelo canteiro do meio da avenida. Num bom ritmo, chego em 25 minutos", diz o executivo. "Agora, estou pensando em comprar uma bicicleta dobrável, para pedalar até o trabalho."
É uma decisão que o empresário Alexandre Zylberstajn já tomou. Sócio da Sold Leilões, ele aderiu à bicicleta - só que elétrica. Duas vezes por semana, deixa o carro em casa e vai "pedalando" até a empresa. "Nos dias de trânsito ruim, levo até 50 minutos para percorrer dos Jardins a Higienópolis", diz o empresário. De bicicleta, o tempo cai para 20 minutos. "Neste período de fim do ano, com os enfeites de Natal na Avenida Paulista, meu trajeto de carro fica ainda mais complicado", diz Zylberstajn.
São Paulo - Ligar o rádio do carro e descobrir que São Paulo tem mais de 200 quilômetros de congestionamento não é algo que surpreenda os motoristas por volta das seis da tarde. Empresários e executivos de alto escalão, além de tempo, perdem dinheiro quando ficam parados no trânsito . Por isso, buscar alternativas ao engarrafamento virou tarefa prioritária não só para os profissionais, mas também para as empresas.
As soluções para reduzir o tempo de deslocamento dos "engravatados" vão do helicóptero à bicicleta, passando por serviços de táxi e pela opção por horários alternativos. Segundo Luís Antonio Lindau, diretor da organização não governamental Embarq Brasil, tanta dor de cabeça no trânsito é reflexo de um planejamento que prioriza o carro individual - a frota brasileira de veículos subiu de 29,5 milhões, em 2000, para 72 milhões, este ano. "Sabe-se que uma faixa dedicada aos ônibus transporta, em média, dez vezes mais pessoas do que um automóvel", diz Lindau.
Uma das saídas de gigantes como a Dell e a Unilever para reduzir tempo - e custos - no trânsito foi a adoção do trabalho em casa, ou home office. Em uma semana típica, a gerente de marketing da divisão Dell SonicWall para a América Latina, Manoela Vieira, só vai ao escritório para uma reunião semanal de duas horas às segundas-feiras, entre 10h e 12h. O restante das tarefas ela faz de casa, enquanto supervisiona o dever de casa e as brincadeiras das três filhas.
A executiva, que mora em Cotia, na Grande São Paulo, atua inteiramente em home office há sete anos - este já é o terceiro emprego de Manoela dentro do esquema remoto. Ela diz que, ao contrário da maioria das mães que trabalham fora, não precisa sentir culpa por estar longe da família. "Não trocaria essa vida nem para ganhar o dobro do meu salário atual."
Na Unilever, é comum que os funcionários passem um ou dois dias por semana sem pisar no escritório. Nem em caso de reuniões de última hora o esquema é abandonado - o laptop fornecido pela empresa traz embutida uma ferramenta de comunicação remota com imagem. "Muitas vezes, conectamos gente do escritório, na Vila Olímpia, com pessoas que trabalham de casa, em Higienópolis, Santana ou no Morumbi", conta Bruno Francisco, diretor de marketing da área de desodorantes da empresa.
Além de trabalhar pelo menos um dia e meio por semana de casa, Francisco diz que está em busca de formas alternativas de chegar ao escritório. "No dia do meu rodízio, tenho ido de metrô até a Faria Lima e caminhado para o escritório pelo canteiro do meio da avenida. Num bom ritmo, chego em 25 minutos", diz o executivo. "Agora, estou pensando em comprar uma bicicleta dobrável, para pedalar até o trabalho."
É uma decisão que o empresário Alexandre Zylberstajn já tomou. Sócio da Sold Leilões, ele aderiu à bicicleta - só que elétrica. Duas vezes por semana, deixa o carro em casa e vai "pedalando" até a empresa. "Nos dias de trânsito ruim, levo até 50 minutos para percorrer dos Jardins a Higienópolis", diz o empresário. De bicicleta, o tempo cai para 20 minutos. "Neste período de fim do ano, com os enfeites de Natal na Avenida Paulista, meu trajeto de carro fica ainda mais complicado", diz Zylberstajn.