Ferramenta de IA voltada ao apoio emocional é lançada nos EUA (Getty Images)
Redatora
Publicado em 19 de novembro de 2025 às 12h00.
Última atualização em 19 de novembro de 2025 às 14h13.
Jenny Shao era médica em formação e fazia residência em Harvard quando percebeu, durante a pandemia, que o isolamento afetava profundamente a saúde neurológica das pessoas.
A partir dessa constatação, decidiu deixar a carreira clínica para criar a Robyn, uma assistente de IA voltada a oferecer suporte emocional aos usuários. As informações foram retiradas de TechCrunch.
O mercado de companhias que exploram relações humanas mediadas por inteligência artificial cresce em ritmo acelerado. Aplicativos de conversa, avatares digitais e plataformas de “companhia emocional” se tornaram populares, especialmente entre jovens.
Um estudo citado pela reportagem mostra que 72% dos adolescentes nos EUA já usaram algum tipo de app desse tipo, cenário que também trouxe controvérsias e processos judiciais após casos associados a impactos severos na saúde mental.
É nesse ambiente complexo que Shao tenta posicionar a Robyn.
Ela afirma que o produto não pretende substituir terapeutas nem assumir o papel de uma amizade artificial.
“Robyn é e não será um substituto clínico. É equivalente a alguém que te conhece muito bem”, disse.
A proposta é combinar empatia, segurança e técnicas inspiradas em pesquisas sobre memória humana, campo em que a fundadora atuou no laboratório do vencedor do Nobel Eric Kandel.
Disponível para iOS, a Robyn funciona como um assistente que conversa, identifica padrões emocionais e oferece leituras sobre traços pessoais, como estilo de apego ou “impressão emocional”.
O sistema aprende com cada interação e, ao longo da semana, entrega ao usuário um conjunto de percepções sobre seus comportamentos.
A startup afirma ter colocado ênfase em segurança desde os primeiros testes.
O aplicativo orienta usuários a serviços de emergência quando há menções a risco de autolesão e recusa pedidos fora do escopo emocional, como consultar placares esportivos. A ideia é limitar funções para reforçar o foco no bem-estar.
Com US$ 5,5 milhões captados em rodada liderada pela M13, a Robyn cresceu de três para dez colaboradores ao longo do ano.
Investidores apontam o “sistema de memória emocional” como diferencial e destacam o problema crescente de desconexão entre pessoas como razão do investimento.
Para eles, a tecnologia pode ajudar indivíduos a reconhecer padrões, compreender limites e melhorar conexões consigo e com os outros.
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