Entenda como ex-presidente da BP será pago
Atual mandatário saira da empresa em outubro, na esteira do acidente no Golfo de México que já custou 16,9 bilhões de dólares para o grupo
Da Redação
Publicado em 27 de julho de 2010 às 11h59.
Londres - Por seu afastamento, previsto para o outono (Hemisfério Norte), Tony Hayward receberá uma indenização de mais de 1,2 milhão de euros e conservará seus direitos à aposentadoria de quase 700 mil euros por ano, que poderá receber a partir de 65 anos.
Veja os diferentes elementos relativos a sua remuneração e as condições de seu afastamento, comunicados pelo grupo petrolífero à AFP.
Indenização por afastamento: Hayward receberá uma indenização contratual equivalente a um ano de salário, ou seja, 1,045 milhão de libras ou cerca de 1,25 milhão de euros.
Salário: Até o dia de seu desligamento efetivo da administração da BP, Hayward continuará a receber seu salário atual.
Aposentadoria: O diretor-geral, de 53 anos e que construiu quase 30 anos de carreira dentro da BP, acumulou no fim de dezembro de 2009 direitos para a aposentadoria por um valor total de 10,8 milhões de libras, que lhe permitirão receber uma aposentadoria anual com taxa plena de 584 mil libras (quase 700 mil euros) a partir dos seus 65 anos.
Ele poderá, se quiser, pedir sua pensão a partir dos 55 anos, mas isso implicaria em um desconto no montante anual.
Ações: Segundo a BP, Hayward detém 576 mil ações do grupo, além de uma série de opções de compra de ações acumuladas ao longo de sua carreira. Nesta terça-feira, suas ações valiam cerca de 2,4 milhões de libras, quase 2,9 milhões de euros, segundo um cálculo da AFP.
Remuneração futura: Hayward deve ser integrado ao conselho da administração da empresa do grupo na Rússia, TNK-BP, como administrador não executivo. As condições de sua remuneração ainda não foram divulgadas.
Sucessor: A remuneração do sucessor de Tony Hayward na direção-geral da BP, Bob Dudley, ainda não foi anunciada. Ela deve ser revelada no próximo ano no relatório anual do grupo, que será divulgado antes da assembleia-geral dos acionistas. Esse documento sempre contém um capítulo reservado à remuneração dos dirigentes.