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Engenharia aeroespacial é estratégica para o país

São Paulo – No último dia 9 de fevereiro, o primeiro satélite brasileiro completou 18 anos de operação. Durante as 94.994 voltas que o equipamento deu ao redor da Terra para monitorar as bacias hidrográficas e as mudanças climáticas, o setor aeroespacial sofreu uma revolução no Brasil, entre outros fatores, graças ao crescimento da indústria […]

Lançamento de satélite na Base de Alcântara (Agência Espacial Brasileira/Divulgação)

Talita Abrantes

Publicado em 22 de fevereiro de 2011 às 15h25.

Última atualização em 18 de outubro de 2016 às 11h53.

São Paulo – No último dia 9 de fevereiro, o primeiro satélite brasileiro completou 18 anos de operação. Durante as 94.994 voltas que o equipamento deu ao redor da Terra para monitorar as bacias hidrográficas e as mudanças climáticas, o setor aeroespacial sofreu uma revolução no Brasil, entre outros fatores, graças ao crescimento da indústria de telecomunicações.

Nesse cenário, três universidades lançaram cursos de engenharia aeroespacial nos últimos três anos. A primeira delas, a Universidade Federal do ABC (UFABC), deve formar sua primeira turma de alunos do curso já em setembro deste ano, segundo André Fenili, coordenador do curso.

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Para esses recém chegados ao mercado, no entanto, a carreira não estará restrita apenas aos assuntos do espaço. Elaborados numa base multidisciplinar, os cursos oferecidos também no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e na Universidade Federal de Minas Gerais focam em conceitos ligados ao ramo aeronáutico e espacial, com ênfase em foguetes e satélites. Dessa forma, é possível atuar nos dois setores.

Mas não é só isso. “A formação habilita o profissional a atuar em qualquer sistema e subsistema”, afirma Fenili, da UFABC. Por isso, é possível encontrar emprego nos setores automobilístico, de informática e eletrônico.

“A expansão da indústria aérea e de comunicações torna a engenharia aeroespacial estratégica para o país”, diz o coordenador. “O Brasil sempre foi dependente de outros países nessa área, precisamos preencher essa massa crítica”.

De acordo com o especialista, em média, o salário de um engenheiro aeroespacial gira em torno de 10 mil reais.

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