No Dia 14 de abril é celebrado o Dia Nacional de Luta pela Educação Inclusiva (Jasmin Merdan/Getty Images)
Repórter
Publicado em 14 de abril de 2024 às 08h00.
O Dia Nacional da Luta pela Educação Inclusiva é celebrado no dia 14 de abril. A data foi criada pelo Sistema Conselhos de Psicologia em 2004 para mobilizar profissionais da área na defesa de políticas públicas em prol da inclusão escolar de crianças e jovens historicamente excluídos do processo educacional.
Atualmente, o desafio também foi estendido às empresas – mas não são todas que estão empenhadas em promover educação inclusiva. Segundo a 27ª edição do Índice de Confiança da Robert Half, apenas 16% das empresas oferecem programas para grupos minorizados.
Por outro lado, de acordo com 21% dos recrutadores entrevistados, suas companhias aplicam treinamentos relacionados à agenda de Diversidade e Inclusão, mesmo que não sejam exclusivos para esses grupos.
“Grupos minorizados como mulheres, pessoas negras, LGBTQIA+, PCDs e profissionais com mais de 50 anos enfrentam preconceitos estruturais no trabalho. A promoção da educação inclusiva contribui para a construção de um ambiente mais diverso e acolhedor. Investir na capacitação de grupos minorizados também amplia a competitividade das organizações em um cenário de alta demanda por profissionais especializados”, afirma Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half América do Sul.
Esse recorte considerou uma sondagem com 774 recrutadores e empregados permanentes, distribuídos regionalmente e proporcionalmente pelo Brasil, de acordo com os dados do mercado de trabalho coletados na Pnad.
A pesquisa ainda indica que pouco mais do que um terço das empresas (35%) está considerando a aplicação de treinamentos inclusivos em um futuro próximo. Chama a atenção, contudo, que 28% das organizações não apostem nesta estratégia. É válido reforçar que a preparação de profissionais para o mercado atenua a escassez de mão de obra qualificada, problema latente no mercado de trabalho atualmente.
“A educação inclusiva não é apenas uma questão de justiça social como também uma estratégia inteligente para potencializar o talento humano e impulsionar o crescimento sustentável das companhias no mercado atual. A diversidade é um ativo valioso que, quando valorizado e nutrido, contribui significativamente para o sucesso e a inovação organizacional”, diz Mantovani.
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