Corrida melhora o clima e também a saúde dos funcionários
Moda nos programas de saúde das empresas, a prática de corrida pode contribuir para o bom clima organizacional, além de melhorar a qualidade de vida dos funcionários
Da Redação
Publicado em 29 de novembro de 2013 às 14h52.
São Paulo - Correr virou moda. Não apenas como um exercício isolado para o bem-estar, mas como uma atividade da firma. A prática se transformou na queridinha dos programas corporativos de qualidade de vida , que pegaram carona na febre das maratonas. Segundo a consultoria Deloitte, a corrida é hoje o segundo esporte mais praticado entre os brasileiros, atingindo uma média de 4 milhões de adeptos no país.
Além de ser fácil de praticar — basta um par de tênis e uma academia ou um parque — e ter baixo custo, as empresas conseguiram enxergar um outro ganho no incentivo à atividade. “Trata-se de um esporte com alta visibilidade e que traz retorno de imagem para a organização e melhoria no ambiente e no clima organizacional”, afirma o médico Alberto Ogata, presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida.
Se bem gerenciada, a medida de botar o povo pra correr pode trazer benefícios também no longo prazo. “Com uma boa gestão de projetos de saúde, a companhia obtém, no futuro, a redução de gastos com saúde e com o absenteísmo”, explica o médico Pedro Oliveira, diretor médico da E-pharma, empresa focada na gestão da assistência farmacêutica, integrando benefícios e ações ligadas à saúde.
A consequência disso é uma explosão de campanhas corporativas buscando adeptos em seus escritórios. Apesar de não existir um levantamento oficial de quantas empresas brasileiras apoiam ou têm a prática de corrida como benefício (com instrutor, pagamento de taxas de inscrição de maratona, acompanhamento logístico e prêmios nas provas), o incentivo é crescente e vem de diferentes formas.
Algumas companhias fazem a intermediação, divulgando o calendário de corridas e oferecendo apoio logístico. Outras financiam as inscrições, as viagens ou oferecem treinamentos, além de premiar os mais bem colocados nas maratonas e provas de rua realizadas no Brasil e no mundo. Segundo a Comissão Nacional de Corridas de Rua, mais de 600 eventos são realizados no país, cerca de 200 só em São Paulo.
O Grupo Pão de Açúcar é um velho adepto do movimento do corre-corre. Há 19 anos, acompanhando o presidente do conselho administrativo, Abilio Diniz, um entusiasta do esporte, a companhia formatou o Programa de Esportes do Grupo Pão de Açúcar. “Estruturamos um programa em que subsidiamos a inscrição, fazemos acompanhamento médico e nutritivo”, explica Renata Gomide, gerente de marketing esportivo do Grupo Pão de Açúcar.
O retorno, segundo levantamento não estatístico, é grande. “O profissional afirma, nas pesquisas internas, que se sente mais motivado e mais valorizado”, declara Renata. Hoje, já são 4 500 inscritos no programa da empresa, que também é organizadora da Maratona Pão de Açúcar de Revezamento, uma das mais famosas provas de rua do Brasil.
Na construtora Tecnisa, a prática de corrida chegou em 2009, quando o RH foi procurado por um profissional que viu nos parques da cidade de São Paulo dezenas de empresas incentivando a corrida entre seus funcionários. “Ele sugeriu a ideia. Começamos a incentivar e vários profissionais aderiram”, conta Denise Bueno, diretora de recursos humanos.
Atualmente, 65 colaboradores integram o grupo de corrida. A empresa paga 75% do valor cobrado pela assessoria esportiva e subsidia as inscrições. “É notória a melhora física do profissional que integra o grupo de running”, aponta Denise.
A área de RH da empresa Três Corações também é a responsável pelo incentivo do esporte. Lá, dos 4 165 colaboradores, 200 participam de corridas de rua e maratonas, além de praticarem o esporte semanalmente em parques espalhados em Fortaleza, Belo Horizonte e São Paulo. Os funcionários têm suas inscrições pagas pela companhia e recebem camisetas e apoio no dia da maratona. “Incentivar o esporte faz parte dos nossos valores. A pesquisa de clima também avaliou que os funcionários apoiam a iniciativa”, afirma Sueli Alves, diretora de RH.
O clima também melhorou na Omint após a adoção da prática, em 2002. A empresa passou a patrocinar a participação dos colaboradores em provas de rua. Mais de 300 funcionários aderiram. “A adesão foi muito grande e os resultados para o clima da organização são os melhores. Os profissionais que correm estão mais dispostos”, afirma Cícero Barreto, diretor de comunicação e marketing da Omint.
São Paulo - Correr virou moda. Não apenas como um exercício isolado para o bem-estar, mas como uma atividade da firma. A prática se transformou na queridinha dos programas corporativos de qualidade de vida , que pegaram carona na febre das maratonas. Segundo a consultoria Deloitte, a corrida é hoje o segundo esporte mais praticado entre os brasileiros, atingindo uma média de 4 milhões de adeptos no país.
Além de ser fácil de praticar — basta um par de tênis e uma academia ou um parque — e ter baixo custo, as empresas conseguiram enxergar um outro ganho no incentivo à atividade. “Trata-se de um esporte com alta visibilidade e que traz retorno de imagem para a organização e melhoria no ambiente e no clima organizacional”, afirma o médico Alberto Ogata, presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida.
Se bem gerenciada, a medida de botar o povo pra correr pode trazer benefícios também no longo prazo. “Com uma boa gestão de projetos de saúde, a companhia obtém, no futuro, a redução de gastos com saúde e com o absenteísmo”, explica o médico Pedro Oliveira, diretor médico da E-pharma, empresa focada na gestão da assistência farmacêutica, integrando benefícios e ações ligadas à saúde.
A consequência disso é uma explosão de campanhas corporativas buscando adeptos em seus escritórios. Apesar de não existir um levantamento oficial de quantas empresas brasileiras apoiam ou têm a prática de corrida como benefício (com instrutor, pagamento de taxas de inscrição de maratona, acompanhamento logístico e prêmios nas provas), o incentivo é crescente e vem de diferentes formas.
Algumas companhias fazem a intermediação, divulgando o calendário de corridas e oferecendo apoio logístico. Outras financiam as inscrições, as viagens ou oferecem treinamentos, além de premiar os mais bem colocados nas maratonas e provas de rua realizadas no Brasil e no mundo. Segundo a Comissão Nacional de Corridas de Rua, mais de 600 eventos são realizados no país, cerca de 200 só em São Paulo.
O Grupo Pão de Açúcar é um velho adepto do movimento do corre-corre. Há 19 anos, acompanhando o presidente do conselho administrativo, Abilio Diniz, um entusiasta do esporte, a companhia formatou o Programa de Esportes do Grupo Pão de Açúcar. “Estruturamos um programa em que subsidiamos a inscrição, fazemos acompanhamento médico e nutritivo”, explica Renata Gomide, gerente de marketing esportivo do Grupo Pão de Açúcar.
O retorno, segundo levantamento não estatístico, é grande. “O profissional afirma, nas pesquisas internas, que se sente mais motivado e mais valorizado”, declara Renata. Hoje, já são 4 500 inscritos no programa da empresa, que também é organizadora da Maratona Pão de Açúcar de Revezamento, uma das mais famosas provas de rua do Brasil.
Na construtora Tecnisa, a prática de corrida chegou em 2009, quando o RH foi procurado por um profissional que viu nos parques da cidade de São Paulo dezenas de empresas incentivando a corrida entre seus funcionários. “Ele sugeriu a ideia. Começamos a incentivar e vários profissionais aderiram”, conta Denise Bueno, diretora de recursos humanos.
Atualmente, 65 colaboradores integram o grupo de corrida. A empresa paga 75% do valor cobrado pela assessoria esportiva e subsidia as inscrições. “É notória a melhora física do profissional que integra o grupo de running”, aponta Denise.
A área de RH da empresa Três Corações também é a responsável pelo incentivo do esporte. Lá, dos 4 165 colaboradores, 200 participam de corridas de rua e maratonas, além de praticarem o esporte semanalmente em parques espalhados em Fortaleza, Belo Horizonte e São Paulo. Os funcionários têm suas inscrições pagas pela companhia e recebem camisetas e apoio no dia da maratona. “Incentivar o esporte faz parte dos nossos valores. A pesquisa de clima também avaliou que os funcionários apoiam a iniciativa”, afirma Sueli Alves, diretora de RH.
O clima também melhorou na Omint após a adoção da prática, em 2002. A empresa passou a patrocinar a participação dos colaboradores em provas de rua. Mais de 300 funcionários aderiram. “A adesão foi muito grande e os resultados para o clima da organização são os melhores. Os profissionais que correm estão mais dispostos”, afirma Cícero Barreto, diretor de comunicação e marketing da Omint.