* Respondido por Vivien Chivalski, facilitadora do Instituto Passadori de Educação Corporativa

Pode até parecer pré-conceito, mas é incomum encontrar quem considere o uso do hífen um tema fácil. Então, aqui está uma verdade: há casos em que o uso do hífen é simples, sim. O problema é que muitas vezes não conhecemos algumas regras e, por isso, consideramos tudo muito complicado. E é justamente sobre isso que falaremos nessa segunda parte do tema.

Para descomplicar, aqui estão algumas dicas para o dia a dia.

Use hífen com pré, pró, pós, ex, soto, vice, além, aquém, recém, sem. Exemplos: pré-adolescente, pós-graduação, ex-prefeito, vice-rei, recém-nascido, sem-vergonha.

Use hífen quando se tratar de nomes de espécies botânicas ou zoológicas. Exemplos: cana-de açúcar, pimenta-do-reino, bicho-da-seda.

Use hífen em casos de encadeamento de palavras: ponte Rio-Niterói, trecho Brasília-São Paulo, circuito Paris-Roma-Londres.

Não use hífen com palavras justapostas (uma após a outra) em que haja um termo de ligação (geralmente uma preposição ou conjunção). Exemplos: dia a dia, cão de guarda, arco e flecha, mão de obra, faz de conta, tão somente. Há exceções consagradas pelo uso: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.

Não use hífen com a palavra não: não agressão, não verbal, não ferroso.

Dica fácil

Não use hífen em palavras escritas com pre, pro e pos (sem acento). Nesses casos, forme apenas uma palavra. Exemplos: predestinar, predizer, predisposição, preexistente.

Grave essas dicas, isso pode ajudar a tirar algumas pedras do caminho do redator. Ter certezas (mesmo que poucas) vale ouro quando o assunto é o uso do hífen.

E nos casos mais complicados? Na dúvida, não tenha vergonha, use um dicionário.

*Vivien Chivalski – facilitadora do Instituto Passadori - Educação Corporativa