Como manter os planos de estudar fora do Brasil em 2015
O dólar disparou desde o começo do ano - o que põe em risco os planos de quem pretendia estudar fora. Saiba como manter esses planos sem gastar - muito - mais
Da Redação
Publicado em 21 de maio de 2015 às 07h32.
Desde o início de 2015, o dólar valorizou 20% — de 2,69 reais, no dia 1o de janeiro, para 3,20, em 26 de março. A alta da moeda americana e a desvalorização do real, que também ocorre frente ao euro, atrapalham os planos de quem pretende estudar no exterior.
Para não desistir, muitos profissionais têm optado por destinos alternativos, como Canadá, Austrália e Nova Zelândia. “Os interessados estão buscando lugares com um câmbio mais atrativo”, diz Maurício Marques, diretor comercial da Global Study, agência de intercâmbio de São Paulo.
De acordo com a Brazilian Educational & Language Travel Association (Belta), no ano passado 232 000 brasileiros viajaram para fora do país para estudar. Para 2015, as agências de intercâmbio estão otimistas. “Além de aprender um idioma, os profissionais sabem que a experiência fora é valorizada pelas empresas”, afirma Carlos Robles, presidente da Belta.
“Em tempos de incerteza na economia, o número de interessados em intercâmbio tende a se manter ou até a aumentar.” Além de repensar o destino, há outras manobras para manter a temporada de estudos viável, como reduzir o período, deixar de fazer passeios, negociar o prazo de pagamento e até considerar a possibilidade de trabalhar.
Por ter moeda abaixo da cotação do dólar americano, especialistas do setor acreditam que o Canadá se manterá no topo da preferência dos brasileiros. Nova Zelândia, Austrália e África do Sul vêm aparecendo com maior frequência entre as opções de brasileiros à procura de destinos baratos. “Se o idioma a ser aprendido ou aperfeiçoado for o espanhol, as opções são Colômbia, Chile, Argentina, Peru, Bolívia e Panamá”, diz Robles.
A simples troca de destino pode gerar uma economia de 20% a 50% para o intercambista. Quando comparou todos os custos, a analista de promoção de saúde Amanda Almeida Aparecido, de 31 anos, de São Paulo, optou por estudar inglês em Toronto, no Canadá, e não mais em Boston ou Nova York, como previa até janeiro.
“No fim de 2014 comecei a pesquisar e optei pelos Estados Unidos no lugar da Europa por causa do valor do euro, mas neste ano, com o dólar americano mais alto, a viagem ficaria mais cara do que eu estava preparada”, diz Amanda. Então seus olhos se voltaram para o Canadá. Fechou um pacote 6 500 reais por 7 horas diárias de estudo durante um mês. Ficará hospedada numa casa de família. “Minhas expectativas foram atendidas e eu deixarei de gastar 4 000 reais, um dinheiro que eu não tinha”, afirma Amanda.
NA HORA DE PLANEJAR
O que fazer para diminuir as despesas antes de viajar:
Pague antes
Planeje a viagem com pelo menos seis meses de antecedência e procure pagar o montante do pacote antes de embarcar.
Considere trabalhar
Avalie a possibilidade de incluir um emprego de meio período durante a temporada de estudos. Além de aliviar o bolso, vai enriquecer a experiência.
Economize na hospedagem
Abra mão de certo conforto nas acomodações. Em geral, ficar em casa de família é uma opção mais barata.
Pague em real
Ao fechar contrato com a agência de intercâmbio, assegure o pagamento parcelado em real com cheque ou cartão de crédito.
DURANTE A VIAGEM
Cuidados para não estourar o orçamento enquanto estuda fora
Cartão de crédito
As despesas do cartão de crédito em moeda estrangeira são cobradas com base no dólar do dia de fechamento da fatura. Enquanto
o dólar estiver subindo, comprar no cartão é um tiro no escuro.
Cartão de débito
Cartões pré-pagos de bancos e corretoras permitem a compra antecipada de moedas estrangeiras. Mas têm cotação em geral pior
do que a do cartão de crédito e não são aceitos em todos os países.
Encomendas e presentes
Deixe claro a amigos e parentes que a viagem tem foco principal no estudo e na vivência em outra cultura. Além de manter a concentração, você evita cair na tentação da compra por impulso.
COMPARE OS PREÇOS
Cursos semelhantes variam de valor conforme o país. Ir para o Canadá, em vez dos Estados Unidos, ou substituir uma viagem para a Inglaterra por uma temporada na Austrália pode representar uma economia de quase 50%.
Desde o início de 2015, o dólar valorizou 20% — de 2,69 reais, no dia 1o de janeiro, para 3,20, em 26 de março. A alta da moeda americana e a desvalorização do real, que também ocorre frente ao euro, atrapalham os planos de quem pretende estudar no exterior.
Para não desistir, muitos profissionais têm optado por destinos alternativos, como Canadá, Austrália e Nova Zelândia. “Os interessados estão buscando lugares com um câmbio mais atrativo”, diz Maurício Marques, diretor comercial da Global Study, agência de intercâmbio de São Paulo.
De acordo com a Brazilian Educational & Language Travel Association (Belta), no ano passado 232 000 brasileiros viajaram para fora do país para estudar. Para 2015, as agências de intercâmbio estão otimistas. “Além de aprender um idioma, os profissionais sabem que a experiência fora é valorizada pelas empresas”, afirma Carlos Robles, presidente da Belta.
“Em tempos de incerteza na economia, o número de interessados em intercâmbio tende a se manter ou até a aumentar.” Além de repensar o destino, há outras manobras para manter a temporada de estudos viável, como reduzir o período, deixar de fazer passeios, negociar o prazo de pagamento e até considerar a possibilidade de trabalhar.
Por ter moeda abaixo da cotação do dólar americano, especialistas do setor acreditam que o Canadá se manterá no topo da preferência dos brasileiros. Nova Zelândia, Austrália e África do Sul vêm aparecendo com maior frequência entre as opções de brasileiros à procura de destinos baratos. “Se o idioma a ser aprendido ou aperfeiçoado for o espanhol, as opções são Colômbia, Chile, Argentina, Peru, Bolívia e Panamá”, diz Robles.
A simples troca de destino pode gerar uma economia de 20% a 50% para o intercambista. Quando comparou todos os custos, a analista de promoção de saúde Amanda Almeida Aparecido, de 31 anos, de São Paulo, optou por estudar inglês em Toronto, no Canadá, e não mais em Boston ou Nova York, como previa até janeiro.
“No fim de 2014 comecei a pesquisar e optei pelos Estados Unidos no lugar da Europa por causa do valor do euro, mas neste ano, com o dólar americano mais alto, a viagem ficaria mais cara do que eu estava preparada”, diz Amanda. Então seus olhos se voltaram para o Canadá. Fechou um pacote 6 500 reais por 7 horas diárias de estudo durante um mês. Ficará hospedada numa casa de família. “Minhas expectativas foram atendidas e eu deixarei de gastar 4 000 reais, um dinheiro que eu não tinha”, afirma Amanda.
NA HORA DE PLANEJAR
O que fazer para diminuir as despesas antes de viajar:
Pague antes
Planeje a viagem com pelo menos seis meses de antecedência e procure pagar o montante do pacote antes de embarcar.
Considere trabalhar
Avalie a possibilidade de incluir um emprego de meio período durante a temporada de estudos. Além de aliviar o bolso, vai enriquecer a experiência.
Economize na hospedagem
Abra mão de certo conforto nas acomodações. Em geral, ficar em casa de família é uma opção mais barata.
Pague em real
Ao fechar contrato com a agência de intercâmbio, assegure o pagamento parcelado em real com cheque ou cartão de crédito.
DURANTE A VIAGEM
Cuidados para não estourar o orçamento enquanto estuda fora
Cartão de crédito
As despesas do cartão de crédito em moeda estrangeira são cobradas com base no dólar do dia de fechamento da fatura. Enquanto
o dólar estiver subindo, comprar no cartão é um tiro no escuro.
Cartão de débito
Cartões pré-pagos de bancos e corretoras permitem a compra antecipada de moedas estrangeiras. Mas têm cotação em geral pior
do que a do cartão de crédito e não são aceitos em todos os países.
Encomendas e presentes
Deixe claro a amigos e parentes que a viagem tem foco principal no estudo e na vivência em outra cultura. Além de manter a concentração, você evita cair na tentação da compra por impulso.
COMPARE OS PREÇOS
Cursos semelhantes variam de valor conforme o país. Ir para o Canadá, em vez dos Estados Unidos, ou substituir uma viagem para a Inglaterra por uma temporada na Austrália pode representar uma economia de quase 50%.