São Paulo - Por muito tempo, o paradigma dos executivos com sensibilidade social foi: “Primeiro eu vou ganhar dinheiro, depois eu penso como ajudar os outros”. A geração atual não quer mais esperar. O aumento dos cursos de gestão no setor social e o perfil mais jovem das turmas refletem isso. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Terceiro Setor já emprega 1,8 milhão de pessoas no país, e a tendência de crescimento deve continuar pelos próximos dez anos.

Para quem quer atuar nesse segmento, alguns passos são recomendáveis: refletir sobre gostos, valores e restrições (faixa salarial, por exemplo); pesquisar campos de atuação e causas de maior interesse pessoal; conhecer organizações que atuem e de preferência sejam fortes na área pretendida. Esses passos são fundamentais porque o setor social é muito heterogêneo. O simples desejo de fazer o bem pode não levar a uma boa escolha de carreira.

As organizações têm necessidades variadas, algumas precisam de especialistas, outras de profissionais versáteis. Visite e voluntarie algumas horas de seu tempo para conhecer a organização e o setor. Há uma grande necessidade de talentos. Por meio do relacionamento, surgem propostas de trabalho integral ou parcial. Cultivei meu lado social durante dez anos no setor empresarial, até fundar a sitawi.

Hoje, quatro anos depois, fico feliz com o número de pessoas que nos procuram interessadas em contribuir com nossa missão de desenvolver infraestrutura financeira para o setor social no Brasil. São profissionais que  têm no currículo MBA em Harvard ou experiência em consultorias como McKinsey ou Boston Consulting Group, seguros do caminho profissional que querem seguir.

Em um mundo cada vez mais consciente dos desafios sociais e ambientais existentes, padrões de consumo, atuação social e profissional estão sendo revistos. Vivemos um momento desafiante, com oportunidades para o surgimento de iniciativas inovadoras e a perspectiva de ter cada vez mais talento onde ele causa impacto positivo.