Carreira

Britânicos procrastinam o equivalente a 16 dias de férias

Por dia, profissionais do Reino Unido levam 31 minutos para começar a trabalhar

EXAME.com (EXAME.com)

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Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 8 de fevereiro de 2011 às 14h51.

São Paulo – A procrastinação no trabalho não é um hábito restrito apenas à cultura brasileira. Pelo menos, é o que revela pesquisa realizada com 1.014 profissionais do Reino Unido. De acordo com o estudo, em média, os britânicos gastam 31 minutos com outros afazeres antes de começar a trabalhar, de fato.<br>
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Os entrevistados relatam que durante este período eles tomam café da manhã, navegam na internet ou batem papo com os colegas de trabalho sobre assuntos do dia anterior.</p>

Com essas cerca de 2 horas e 35 minutos de enrolação na semana, os britânicos poderiam tirar uma folga remunerada a cada três semanas de trabalho ou 16 dias de férias adicionais.

Ainda não há dados desse tipo disponíveis para a realidade brasileira. No entanto, basta olhar ao redor para constatar que a prática é corriqueira no país.

Uma pesquisa recente da consultoria de gestão do tempo Triad PS confirma isso. De acordo com o levantamento, 56% dos profissionais brasileiros reclamam da falta de energia para começar uma determinada tarefa. Já 59% deles aponta a dispersão na internet como um dos motivos para a procrastinação.

“A grande questão não está em quanto tempo elas demoram para começar o trabalho, mas o que elas fazem nesse período”, afirma Rita Passos, diretora de comunicação da Associação Brasileira de Qualidade de Vida.

Para ela, não há qualquer problema se o profissional preenche esse tempo com ações para estreitar o relacionamento com os colegas de trabalho, se atualizar com as informações do noticiário ou resolver alguma pendência pessoal. Agora, a situação complica se isso é uma estratégia para fugir do próprio trabalho. “Isso é sinal de falta de motivação”, diz. Algo que precisa ser tratado.

Atrasos
Essas não são, contudo, as únicas razões para que tantos profissionais percam parte do seu tempo no trabalho. Boa parte dos profissionais consultados pela pesquisa não conseguem seguir a pontualidade típica do Reino Unido. Do total de participantes, 92% admitiram que chegam atrasados no trabalho. Como provável consequência, 37% deles admitem que tomam café da manhã na mesa de trabalho. "Esse é um péssimo hábito. As pessoas precisam separar um tempo para se alimentar bem pela manhã", diz Rita.

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