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Brasileiro conta como é trabalhar no Facebook

Rodrigo Schmidt, engenheiro de software da companhia de Mark Zuckerberg, revela segredos sobre como conseguir um emprego na empresa de tecnologia sensação do momento

Zuckerberg, o criador do Facebook: é um chefe acessível, segundo funcionário brasileiro (Robyn Twomey/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2011 às 09h52.

São Paulo - O brasileiro Rodrigo Schmidt, de 32 anos, trabalha desde 2008 como engenheiro de software do Facebook, uma das empresas de tecnologia mais badaladas do momento.

O gaúcho nascido na cidade de Rio Grande formou-se em ciência da computação na Unicamp, em Campinas (SP), e fez doutorado na escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça. Ele contou à INFO como é trabalhar na empresa de Mark Zuckerberg, na sede de Palo Alto, na Califórnia, Estados Unidos.

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São Paulo - O brasileiro Rodrigo Schmidt, de 32 anos, trabalha desde 2008 como engenheiro de software do Facebook, uma das empresas de tecnologia mais badaladas do momento.

O gaúcho nascido na cidade de Rio Grande formou-se em ciência da computação na Unicamp, em Campinas (SP), e fez doutorado na escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça. Ele contou à INFO como é trabalhar na empresa de Mark Zuckerberg, na sede de Palo Alto, na Califórnia, Estados Unidos.

INFO:Como você conquistou uma vaga no Facebook?
Rodrigo Schmidt:
Eu estava terminando o doutorado, em 2007, e soube por um amigo que já trabalhava aqui que havia uma vaga. Minha tese, sobre sistemas distribuídos, tinha a ver com o Facebook. Fiz duas entrevistas por telefone e depois tive de vir para Palo Alto [nos Estados Unidos] e passar por mais cinco entrevistas pessoalmente, que enfatizaram muito a parte técnica. Para trabalhar no Facebook, é preciso ter muita sinergia com o produto.

INFO: E qual é seu trabalho?
Schmidt:
Sou líder técnico do time da ferramenta de chat. Meu trabalho é organizar metas, dar uma direção para o produto.

INFO: A cultura hacker é valorizada no Facebook?
Schmidt: Não no sentido de explorar vulnerabilidades, mas de valorizar a alta qualidade técnica, de priorizar o código que vai ter maior impacto durante um projeto. Propomos desafios em que os programadores têm tempo limitado para desenvolver desafios e precisam saber o que vão fazer primeiro, com rapidez.

INFO: Vocês enfrentam muitos períodos de “lockdown”, em que Mark Zuckerberg pede esforço extra para concluir uma tarefa?
Schmidt: Nos dois anos que trabalho aqui, só aconteceu duas vezes. Mas hoje em dia, os períodos de lockdown não são tão intensos. Atualmente, cada time tem seus momentos de lockdown, mas é só um jeito de manter o foco em uma só tarefa.

INFO: Tem muita gente jovem trabalhando aí?
Schmidt: Sim, há vários prodígios. Aqui, são valorizadas as pessoas com experiência e capacidade, associadas ou não a um diploma. Afinal, o próprio Mark não terminou a faculdade.


INFO: O que você mais gosta no seu trabalho no Facebook?
Schmidt: Do ambiente, acima de tudo. Não só por ser descontraído, mas porque trabalho com gente com um nível técnico excelente. Tenho muita liberdade para discutir com meus colegas, sem ter que organizar reuniões. Não existe aquela ideia de salas fechadas, aqui todas as mesas são acessíveis. A hierarquia não é tão rígida. Se você tem uma dúvida, vai falar diretamente com seu colega. E também tem o impacto do seu trabalho: qualquer mudança que você faz na ferramenta tem um efeito direto em milhões de usuários que se importam com o que você faz. Por isso, não me ligo de ficar até tarde no trabalho. Já aconteceu de minha esposa me ligar porque já era tarde e eu não tinha voltado para a casa (risos).

INFO: E o Mark Zuckerberg, ele se envolve muito com os projetos?
Schmidt: Sim, ele sempre está aqui, temos contato direto com ele. Participa das discussões, é muito acessível.

INFO: E o que há na sede para desestressar?
Schmidt: Ah, temos salas de videogame, quadra de basquete, mesas de ping-pong, sala de música com vários instrumentos, um jardim onde fazemos churrasco no verão. Tudo para ajudar a inovar.

INFO: Você costuma ser muito assediado pelas empresas concorrentes?
Schmidt: Sim, recebo muitos e-mails, mas nem chego a ler. Estou contente aqui.

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