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Ato da CUT-MG termina com chamado para greve geral no dia 29

Segundo a CUT-MG, o ato reuniu duas mil pessoas. Já a Polícia Militar estimou a participação em 800 pessoas. Manifestações ocorrem em todo o país


	CUT: manifestações ocorreram em todo o país. Em SP (foto) ato teve a participação do ex-presidente Lula
 (Divulgação/Roberto Parizotti/CUT)

CUT: manifestações ocorreram em todo o país. Em SP (foto) ato teve a participação do ex-presidente Lula (Divulgação/Roberto Parizotti/CUT)

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Da Redação

Publicado em 1 de maio de 2015 às 16h34.

Belo Horizonte - O ato em comemoração ao Dia do Trabalhador organizado pela CUT-MG e movimentos sociais, como MST, sindicato dos Correios, Levante Popular da Juventude e Movimentos dos Atingidos por Barragens, na capital mineira, terminou por volta das 13h15, com uma convocação para uma paralisação geral a ser realizada no dia 29 em todo o País.

De cima do carro de som e em frente ao prédio do Banco Central, no bairro de Santo Agostinho, a presidente da CUT-MG, Beatriz Cerqueira, disse que a paralisação é mais uma forma de pressionar o governo pela não aprovação da nova lei de terceirização, além do combate à corrupção e defesa da Petrobras, entre outras bandeiras.

"Hoje, viemos às ruas para defender nossos direitos, defender a democratização da comunicação, pedir o fim do financiamento empresarial de campanhas políticas", afirmou Beatriz. Segundo ela, a militância vai "constranger publicamente" os senadores mineiros que votaram a favor da lei da terceirização.

"Um deles vai ter que ser no Rio de Janeiro, né?", numa ironia ao presidente do PSDB, Aécio Neves, que tem residência na cidade. Ela destacou ainda que pautas como Orçamento, lei da mineração e benefícios fiscais também serão cobradas e discutidas. "Não podemos sair das ruas", ressaltou.

O discurso do fechamento do evento ainda teve um ato de repúdio à repressão dos professores no Paraná. "O PSDB sempre criminalizou os movimentos sociais. Fizeram a mesma coisa conosco em 2011, na Praça da Liberdade", disse Beatriz.

Segundo a CUT-MG, o ato reuniu duas mil pessoas. Já a Polícia Militar estimou a participação em 800 pessoas, sem ocorrências graves.

Antes de chegarem ao Banco Central em Belo Horizonte, onde invadiram o pátio para hastear bandeiras e colocar cartazes na porta principal, sem vestígio de depredação, os manifestantes saíram da Praça Afonso Arinos, no centro, e na Avenida Afonso Pena, pararam no prédio do Tribunal de Justiça, onde jovens do Levante Popular fizeram protesto contra a lentidão da justiça brasileira.

Em seguida, os jovens do Levante colaram cartazes e picharam o prédio de uma agência do banco HSBC, dizendo que é o novo símbolo da corrupção no País.

Depois, na frente do pedido do Sindicato dos Jornalistas, botaram fogo em uma televisão com o logo da Rede Globo e também em revistas, como Veja. Em uma das ruas do centro, habitantes de prédios chegaram a jogar água nos manifestantes, em ação contrária ao protesto.

Para o deputado estadual, Rogério Correia (PT), que participou da marcha, a pauta da oposição, da ala conservadora, é antitrabalhador.

"Houve sim um erro de condução política e econômica do primeiro mandato de Dilma, mas a pauta da oposição leva a um choque com os trabalhadores. Dilma está de olho na pressão social, tanto que sinalizou ser contra a lei de terceirização, o que é uma vitória, mas precisa avançar mais", declarou ao Broadcast.

Em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, na missa tradicional do trabalhador, estiveram presentes cerca de 2 mil pessoas, de acordo com a PM. A grande maioria participou da marcha e nesta tarde faria parte do VI encontro dos movimentos sociais, na Assembleia Legislativa. Esse encontro deve se estender até o domingo.

Ainda pela manhã e início da tarde desta sexta-feira, a Força Sindical fez ato na Praça Sete com uma "sardinhada" e distribuição de vinho barato. De acordo com a PM, 40 pessoas estiveram no local.

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