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As 10 cidades mais desejadas por quem quer trabalhar fora

Quase dois terços de profissionais de todo o mundo - inclusive do Brasil - abraçariam uma oportunidade profissional no exterior. Veja os destinos mais sonhados

Londres: apesar de ser a mais cara do planeta, a capital britânica é a número 1 para quem deseja trabalhar no exterior (Flickr)

Claudia Gasparini

Publicado em 6 de outubro de 2014 às 14h59.

São Paulo - Londres é a cidade mais desejada por profissionais de diversos países que sonham em trabalhar no exterior.

A descoberta é de uma pesquisa feita com mais de 200 mil pessoas em 189 países pelo Boston Consulting Group (BCG), em parceria com o site de recrutamento The Network.

O dado surpreende quando comparado a outro estudo recente, no qual a capital britânica apareceu como a cidade mais cara para se viver e trabalhar em todo o planeta, superando Hong Kong - campeã invicta do mesmo ranking por cinco anos consecutivos.

O alto preço para construir a vida em Londres parece não comprometer sua reputação entre profissionais de diversas nacionalidades. A cidade inglesa é a escolhida por 16% dos entrevistados no estudo, deixando o segundo e o terceiro lugares para Nova York (12,2%) e Paris (8,9%).

Veja a tabela abaixo com as 10 cidades mais desejadas por quem quer trabalhar fora:

CidadePorcentagem de preferência
Londres16%
Nova York12.2%
Paris8.9%
Sydney5.2%
Madri5%
Berlim4.6%
Barcelona4.4%
Toronto4.2%
Singapura3.9%
Roma3.5%

A figura muda - mas não muito - quando a pergunta é sobre o país em que os entrevistados mais gostariam de trabalhar. O campeão, desta vez, é os Estados Unidos, destino escolhido por 42%. O Reino Unido aparece logo em seguida no ranking, abocanhando 37% da preferência.

Abaixo está a lista dos 10 países onde mais pessoas gostariam de se instalar profissionalmente, segundo o estudo:

PaísPorcentagem de preferência
Estados Unidos42%
Reino Unido37%
Canadá35%
Alemanha33%
Suíça29%
França29%
Austrália28%
Espanha26%
Itália25%
Suécia23%

Brasileiros de malas prontas

O desejo por trabalhar no exterior tem se intensificado, segundo a pesquisa, entre os profissionais que desejam uma nova oportunidade. Cerca de 65% dos entrevistados disseram que estariam dispostos a ir para outro país trabalhar.

A vontade de tocar a carreira no exterior varia geograficamente. O estudo sugere que países que ainda estão se desenvolvendo ou que sofrem com instabilidade política têm mais egressos em potencial.

A porcentagem que gostaria de trabalhar no exterior supera 90% no Paquistão e na Jamaica, por exemplo. Já entre alemães e dinamarqueses, o número não passa de 50%.

O Brasil está numa posição intermediária: entre 60% e 70% dos entrevistados que moram no país já trabalham fora ou desejam fazê-lo. Nessa mesma faixa estão países como China, África do Sul e República Tcheca.

A cautela toma conta do cenário projetado para este ano por executivos latino-americanos. Com resultados no ano passado abaixo do esperado, a previsão para 2014 não é lá das mais promissoras, sobretudo em termos de oportunidades profissionais. Esta é a conclusão do PageGroup a partir do estudo “Perspectivas Econômicas e Profissionais da América Latina para 2014”, feito com 614 representantes de empresas que possuem sedes na América Latina: México, Colômbia, Chile, Argentina e Brasil. No entanto, mesmo com menos investimentos, há setores que se sobressaem e que devem receber mais recursos para contratações . Para alguns profissionais que atuam em áreas estratégicas, há mais possibilidades de crescimento nos cinco países citados na pesquisa . Confira as áreas das empresas latino-americanas que mais devem abrir novas oportunidades de carreira para os profissionais, de acordo com seus representantes:
  • 2. Operações

    2 /7(Getty Images)

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    Quem disse que vai contratar: 71% dos argentinos, 67% dos brasileiros, 65% dos chilenos, 58% dos colombianos e 58% dos mexicanos. Por que está em alta: “As empresas estão focadas na melhoria de suas esquipes operações para lidar com os gargalos de produção, transporte e distribuição. Já faz tempo que tem demanda porque faltam profissionais qualificados”, diz João Nunes, diretor da Michael Page. Ele explica que toda a América Latina tem problemas de infraestrutura. “Isso tem a ver não só com a carência técnica, mas também com as regras de cada país, como as dificuldades de importação, por exemplo”, diz Nunes. Profissionais que se destacam: engenheiros, profissionais de logística que migraram para a área de gestão de operações.
  • 3. Vendas

    3 /7(Getty Images)

  • Quem disse que vai contratar: 65% dos mexicanos, 54% dos chilenos, 50% dos colombianos, 42% dos brasileiros e 29% dos argentinos. Por que está em alta: Independente do ciclo há demanda. “É uma área que sempre contrata. Quando o mercado vai bem o objetivo é ter bons vendedores e expandir vendas. Quando mercado vai mal, objetivo é ter bons profissionais e conseguir alavancar resultados”, explica o diretor da Michael Page. No Brasil, a necessidade é puxada pelas empresas internacionais que estão desembarcando por aqui. “México, Colômbia e Chile são países em crescimento rápido por isso há demanda”, explica Nunes. Profissionais que se destacam: vendedores nas áreas de bens de consumo, bens de capital e tecnologia.
  • 4. Finanças

    4 /7(Ken Funakoshi/Flickr/Creative Commons)

    Quem disse que vai contratar: 29% dos argentinos e 25% dos brasileiros. Por que está em alta: No Brasil, a atenção das empresas está voltada para controle de custos e maior controle dos negócios, segundo Nunes. “Já se enxerga a grande responsabilidade da área de finanças na estratégia de negócios das empresas. Profissionais de finanças participam das etapas de elaboração do plano de negócios como planejamento, investimento, receita, controle de custos”, diz o diretor da Michael Page. Na Argentina, Nunes destaca  a necessidade é de controle contabilístico. Profissionais que se destacam: No Brasil o cargo que mais se sobressai é o de controller e na Argentina são os profissionais das áreas fiscal e contábil.
  • 5. Tecnologia

    5 /7(Reprodução/Neuwald)

    Quem disse que vai contratar: 22% dos mexicanos, 17% dos colombianos. Por que está em alta: as palavras de ordem no setor de TI são integração e proteção de informações. “Está havendo investimentos nessas áreas”, diz Nunes, que destaca também o crescimento na adoção do trabalho em esquema de home office. Profissionais que se destacam: especialistas em implementação de sistemas e profissionais de segurança. Analistas de negócios também estão sendo disputados, segundo Nunes. “É o profissional que faz a ponte entre a área de TI e a área de negócios”, explica.
  • 6. Marketing

    6 /7(Getty Images)

    Quem disse que vai contratar: 26% dos chilenos, 22% dos mexicanos e 17% dos colombianos. Por que está em alta: “Marketing digital vai continuar em crescimento, com criações de campanhas online e atenção às redes sociais”, diz Nunes. No México, a entrada de empresas no país também puxa a demanda. “ é um mercado que esteve retraído e agora empresas multinacionais estão investindo lá, e quando uma companhia chega em um país os primeiros investimentos são em marketing e distribuição. Profissionais que se destacam: gerentes de marketing digital que tenham boa capacidade de criação e também de execução, diz o diretor da Michael Page
  • 7. Agora, veja as profissões em alta no Brasil

    7 /7(Getty Images)

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