Carreira

Aprenda a elaborar um currículo de analista de mídias sociais

De acordo com especialistas, candidatos devem dar destaque para conquistas em outros empregos e para cursos voltados para o mundo dos negócios

Analistas de mídias sociais da campanha de Barack Obama: empresas precisam de profissionais mais estratégicos

Analistas de mídias sociais da campanha de Barack Obama: empresas precisam de profissionais mais estratégicos

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 16 de outubro de 2010 às 15h09.

São Paulo - Para seguir carreira como analista de mídias sociais não basta apenas ser íntimo da rotina das principais redes de relacionamento da web. É preciso ter um perfil mais estratégico e voltado para o mundo dos negócios.

Por isso, de acordo com especialistas, profissionais que estejam batalhando por uma oportunidade nessa área devem valorizar, no currículo, experiências que comprovem esse conjunto de habilidades.

"A atuação nas mídias sociais não é para qualquer pessoa. O profissional precisa ter uma estratégia bem definida", afirma André Assef, diretor operacional da consultoria Desix.

Isso significa que esses profissionais precisam entender profundamente a lógica de atuação da companhia em que trabalham, saber qual o tipo de estratégia combina com este perfil e, por fim, definir exatamente qual a rede social mais coerente com os objetivos da companhia.

Por enquanto, poucas instituições de ensino oferecem programas de atualização ou especialização com foco na carreira de analista de mídias sociais. Mesmo assim, é possível encantar o recrutador dando destaque para cursos voltados para o mundo dos negócios, com ênfase em empreendedorismo ou no setor de atuação da empresa.

De acordo com o diretor de operações da Desix, além de oferecer uma base teórica consistente de visão estratégica, programas desse tipo também privilegiam o estudo do comportamento humano - tópico essencial para um analista de mídias sociais.

Comportamento
"Esse profissional deve ter um traço de personalidade mais analítico e investigativo, além disso, deve saber ouvir e ser ponderado", enumera Assef. Por isso, o consultor também aconselha que o candidato faça um teste comportamental reconhecido e anexe os resultados ao currículo. "Isso já representa muita proatividade", diz.

No entanto, Guilherme Brandão, um dos sócios da consultoria 2Get, lembra que "o recrutador não irá confiar plenamente nesses resultados e, provavelmente, vai pedir um novo teste comportamental". Por isso, se os dados foram adulterados, você pode acabar minando suas chances de conseguir o emprego.


Por ser uma profissão recente no mercado, é provável que alguns candidatos não possuam experiência anterior no cargo. Mesmo assim, ainda é possível conquistar o recrutador com base em seus trabalhos anteriores.

A dica para isso, de acordo com Cristina Metidieri, gerente de RH do Grupo RMA, é compilar os principais resultados que você obteve em cada um dos cargos que ocupou. No entanto, cuidado para não se perder em adjetivos vazios. Apresente dados, sempre.

Cristina também aconselha que os aspirantes ao cargo de analista de mídias sociais divulguem no currículo os links de seus perfis nas redes. Neste ponto, no entanto, é preciso atenção dobrada. "Por mais despojada que seja a agência que pode contratá-lo, o profissional deve ter cuidado com a imagem que constrói na rede", afirma.

"As decisões que serão tomadas pelo analista de mídias sociais podem ter um peso muito grande para toda a corporação", lembra Assef, da Desix. E é isso que cada candidato precisa levar em conta na hora de elaborar seu currículo.

Leia mais: Cinco truques para fisgar o recrutador na internet
As cinco mentiras mais contadas no currículo

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