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Apple planeja adiar retorno aos escritórios por avanço da Covid

O diretor-presidente da Apple, Tim Cook, disse em junho que os funcionários deveriam começar a retornar aos escritórios no início de setembro, pelo menos três dias por semana.

Apple Inc. MacBook Pro laptop computers sit on display at the company's Williamsburg store in the Brooklyn borough of New York. (Foto/Bloomberg)

Apple Inc. MacBook Pro laptop computers sit on display at the company's Williamsburg store in the Brooklyn borough of New York. (Foto/Bloomberg)

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Bloomberg

Publicado em 20 de julho de 2021 às 09h49.

A Apple planeja adiar o retorno aos escritórios pelo menos até outubro em resposta à propagação de variantes do coronavírus em muitos países, disseram pessoas a par do assunto.

A fabricante do iPhone é uma das primeiras gigantes de tecnologia dos Estados Unidos a atrasar os planos para um retorno à normalidade, em meio à persistência da Covid-19 ao redor do mundo e ao aumento dos casos da variante delta, que é altamente transmissível. Os funcionários da Apple receberão um aviso de pelo menos um mês antes da ordem de retorno aos escritórios, disseram as pessoas, que pediram para não ser identificadas.

O diretor-presidente da Apple, Tim Cook, disse em junho que os funcionários deveriam começar a retornar aos escritórios no início de setembro, pelo menos três dias por semana. Em memorando interno, Cook havia citado a disponibilidade de vacinas e a queda dos casos de Covid-19. Alguns funcionários da gigante de tecnologia de Cupertino, Califórnia, trabalharam nos escritórios da Apple em determinados dias durante a pandemia.

No entanto, mesmo com metade da população dos EUA vacinada, a Covid-19 continua a matar pessoas no país em ritmo mais rápido do que armas, acidentes de carro e gripe combinados, segundo revisão de dados de mortalidade da Bloomberg. Após 10 semanas de queda global das mortes por Covid, a variante delta volta impulsionar os números. Nos EUA, autoridades de saúde alertaram que uma reversão semelhante pode estar em andamento: os casos diários dobraram em relação a uma mínima no mês passado e as hospitalizações voltaram a subir.

Empresas no mundo todo tentam se ajustar às mudanças nas demandas de trabalho da era pós-Covid. A decisão da Apple coincide com críticas dos próprios funcionários, que consideravam o prazo de setembro prematuro.

Mesmo antes da Covid, a empresa já corria risco de perder talentos, pois os funcionários - apesar dos salários relativamente altos - reclamam que mal podem pagar o custo de vida na área da Baía de São Francisco. Poucos anos depois de concluir a sede multibilionária do Apple Park em Cupertino, a Apple agora busca descentralizar as operações para outras áreas fora do Vale do Silício.

No setor de tecnologia, muitos trabalhadores passaram a ver o trabalho remoto como uma vantagem. Várias empresas do Vale do Silício iniciam lentamente o retorno aos escritórios.

O Facebook disse que vai expandir drasticamente o número de funcionários que podem teletrabalhar mesmo após a pandemia, embora os salários possam ser ajustados com base na localização. E o Google, da Alphabet, introduziu recentemente uma política de retorno ao trabalho mais flexível, que permite aos funcionários trabalharem em locais diferentes ou inteiramente de casa.

A Apple também disse que está testando um modelo híbrido com o trabalho nas lojas e em casa para funcionários do varejo, reconhecendo que os consumidores podem continuar a preferir as compras online, mesmo com o alívio da pandemia.

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