Escritório da Accenture em Recife: os contratados poderão trabalhar de qualquer lugar (Accenture/Divulgação)
Luísa Granato
Publicado em 6 de agosto de 2020 às 07h00.
Última atualização em 13 de agosto de 2020 às 13h51.
Para se preparar para as demandas do mercado pós-pandemia, a Accenture está com 556 vagas abertas para trabalho remoto na área de tecnologia.
A consultoria se antecipa às tendências na área de computação em nuvem, prevendo que as companhias vão investir mais em tecnologias para a transformação digital.
“Quem não fez isso antes, sofreu mais agora. Com a crise, as empresas precisarão de investimentos certeiros para resolver seus problemas e se adaptar. Na migração de seus sistemas para a nuvem, mais do que nunca vão precisar também manter a segurança de informações e a privacidade de dados”, comenta a diretora executiva Flavia Picolo.
Aproveitando os aprendizados com o home office na quarentena, a empresa quer atrair os profissionais da área oferecendo oportunidades para trabalhar de casa.
“O profissional de tecnologia sempre teve uma super demanda, e que agora será ainda maior. Não estamos buscando apenas o especialista em Cloud, mas todos os componentes da área, como desenvolvedores backend e frontend”, diz a diretora.
Além da parte técnica, eles também valorizam pessoas com habilidades comportamentais para se encaixar na cultura da Accenture e na nova forma de trabalho. O destaque é para um perfil empreendedor, criativo e com vontade de inovar.
A flexibilidade da empresa se estende para os benefícios e a recepção dos contratados. Todos poderão personalizar o kit de equipamentos para ter todo o suporte em casa que teriam nos escritórios.
A ideia é que profissionais de qualquer lugar do Brasil possam se candidatar às vagas. Não tem internet boa em casa? Precisa de cadeira, apoio de pé, teclado e mouse? A empresa vai ajudar com isso.
“Além dos equipamentos, não queremos que eles percam o acesso a conhecimento que todos têm na empresa. Os novos contratados terão treinamentos online, certificação em cloud e mentores para acompanhar a carreira. Nada se perde nesse processo, apenas se soma”, explica ela.
Para a diretora, essa também será uma oportunidade para que mais mulheres possam seguir a carreira na área de TI. O trabalho em casa será aliado a horários mais flexíveis, o que facilita o equilíbrio entre o serviço e responsabilidades com a família.
As vagas tem como requisito conhecimento em Java, Angular, Mobile, React, iOS, Cloud ou DevOps. Saiba mais e se inscreve pelo site.
A área de TI, em particular a de programação, é uma das que mais contrata no Brasil mesmo com a crise. Até 2024, a projeção era de ao menos 70 mil novos postos de trabalho por ano, um crescimento ao redor de 10%, segundo a Brasscom, associação de empresas do setor.
As crises sanitária e econômica de 2020 podem mudar em algo as projeções, mas o essencial continua: vai faltar gente capacitada para trabalhar com tecnologia no Brasil. A escassez é mais aguda entre profissionais da chamada “ciência de dados”, dedicada aos softwares para análise de uma quantidade enorme de informações.
“Em meio à crise, esse setor continua contratando de maneira muito consistente”, disse Rychard Guedes, professor da escola de programação Let’s Code, parceira da EXAME Academy em cursos de programação de dados.