8 mentiras (ou equívocos) no currículo que deram o que falar
Veja quem já publicou dados falsos sobre a própria carreira – e teve que pedir desculpas por isso
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2012 às 18h35.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h23.
São Paulo - O Yahoo! virou notícia esta semana por um motivo não muito animador: seu CEO, Scott Thompson, mentiu no currículo . O executivo incluiu no CV uma graduação em Ciências da Computação pela Stone Hill College que nunca chegou a fazer. Em resposta ao escândalo, o CEO enviou nesta terça-feira um e-mail para seus funcionários afirmando que o conselho do Yahoo! está “analisando a questão”. Entretanto, nada na mensagem fazia referência a possíveis planos de se afastar do cargo. Thompson escreveu apenas que “assume total responsabilidade e gostaria de se desculpar”. Mesmo que continue como CEO do Yahoo!, o executivo dificilmente vai escapar das repercussões que uma polêmica deste tipo gera. Mentiras e erros no currículo podem manchar uma carreira . Em alguns casos, dão cadeia. Clique nas fotos acima e conheça 8 personalidades que assumiram que tiveram que explicar a presença de dados falsos sobre suas carreiras em seus currículos ou discursos.
O presidente da Lotus Corporation, empresa de software da IBM, foi desmascarado em 1999, pelo Wall Street Journal . Papows havia colocado em seu currículo que tinha um PhD pela Universidade de Pepperdine, mas na verdade seu diploma foi adquirido através de um curso por correspondência.
Não só isso, Papows também mentiu sobre questões pessoais, ao dizer que era órfão, e sobre seu passado militar. Ele afirmava que era capitão, mas só chegou ao posto de primeiro-tenente. Todas as mentiras se juntaram a um processo por assédio sexual. Em 2000, Jeffrey Papows se demitiu da empresa. Atualmente, ele tem um negócio próprio.
Não só isso, Papows também mentiu sobre questões pessoais, ao dizer que era órfão, e sobre seu passado militar. Ele afirmava que era capitão, mas só chegou ao posto de primeiro-tenente. Todas as mentiras se juntaram a um processo por assédio sexual. Em 2000, Jeffrey Papows se demitiu da empresa. Atualmente, ele tem um negócio próprio.
Antes de ser vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden já foi candidato à presidência do país. Durante sua campanha em 1988, ele afirmou que se formou entre os melhores alunos da sua sala da Syracuse University College, onde cursou Direito. Além disso, o candidato ainda se gabou de ter estudado com uma bolsa integral e ter recebido três diplomas. Ainda durante a campanha, foi revelado que, na verdade, Joe Biden terminou em 76º entre 85 alunos da sua classe, conseguiu apenas um bacharelado (apesar de ter sido com diploma duplo em História e Ciência Política) e cursou Direito com uma bolsa parcial que ele conseguiu com base em critérios financeiros. O incidente, aliado às polêmicas sobre plágio em seus discursos, encerrou a campanha do atual vice-presidente americano.
O chef britânico Robert Irvine alcançou o status de celebridade e tinha até seu próprio reality show. Em 2008, porém, foi revelado que, ao contrário do que ele afirmava, Irvine não havia sido responsável pelo bolo de casamento do príncipe Charles com a princesa Diana. Na realidade, ele era aluno da escola que fez o bolo e sua maior contribuição para o casamento real foi a escolha de uma fruta. Irvine, que também mentiu sobre ter sido nomeado Cavaleiro na Inglaterra, acabou demitido do seu próprio seriado de televisão . Na época, o chef lançou uma declaração dizendo que estava errado em “exagerar” suas experiências em relação à família real.
Demorou cerca de 30 anos para o Massachusetts Institute of Technology descobrir que Marilee Jones não só não recebeu os diplomas de graduação e mestrado que afirmava ter, como nunca se formou em nenhuma faculdade. Em 2007, a reitora se demitiu após o escândalo e escreveu no site do instituto: “eu representei mal meu histórico acadêmico quando entrei no MIT e não tive a coragem de corrigir meu currículo desde então”. Agora, ela é uma consultora na Berklee College of Music.
Grubman já chegou a ser o analista mais bem pago de Wall Street, com um salário que alcançou a casa dos 20 milhões de dólares anuais. Isso até que, em 2000, foi revelado que ele não havia se formado no MIT, como dizia seu currículo, mas sim na Universidade de Boston. Na época, o analista afirmou que a alteração havia sido um “erro estúpido, feito por insegurança”. Hoje, ele é fundador e CEO de uma empresa de consultoria chamada Magee Group.
Futebol americano universitário é levado muito a sério nos Estados Unidos. Por isso, quando foi revelado, em 2001, que o técnico do Notre Dame George O’Leary havia mentido sobre um curso de mestrado na New York University, a polêmica forçou o treinador a se demitir . Além do falso mestrado, O’Leary tinha no currículo que jogou futebol por três anos na Universidade de New Hampshire, quando na verdade ele não chegou sequer a participar de uma partida. Apesar do escândalo, O’Leary conseguiu se empregar novamente como técnico da Universidade da Central Florida, que possui um time de muito menos prestígio.
O atual ministro da Defesa Celso Amorim tinha um currículo na página do Itamaraty quando era ministro das Relações Exteriores. Nele estava escrito que Amorim era doutor em Ciência Política pela London School of Economics. O ministro usava o título inclusive para assinar artigos na imprensa. Em 2009, a EXAME.com recebeu a informação da própria LSE de que Amorim jamais havia concluído seu doutorado. No Brasil, o ministro não chegou a se pronunciar a respeito. Em discurso para estudantes da LSE, ele afirmou que não terminou os estudos de doutorado por conta de um “excesso de ambição à época”. O então diplomata foi transferido de Londres antes que pudesse defender sua tese.
A presidente do Brasil tem um currículo na plataforma Lattes, conhecida por abrigar o histórico acadêmico de pesquisadores e professores brasileiros. Em 2009, quando ainda era ministra da Casa Civil, foi descoberto que, ao contrário do que estava escrito no site (e na página da Casa Civil na internet), Rousseff não tinha concluído o mestrado na Unicamp e nem era doutoranda em Ciências Sociais pela mesma instituição. Dilma afirmou que cursou todas as disciplinas referentes às titulações, mas não chegou a apresentar as teses necessárias. Segundo a então ministra, as informações na Plataforma Lattes (que exige CPF e senha do dono do currículo para fazer alterações) eram um equívoco e que o erro não tinha sido cometido por ela. Os dados referentes à sua pós-graduação foram corrigidos no Lattes, sem que mais explicações fossem dadas.
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