7 atividades para quem quer (ou precisa) ser mais criativo
Tadeu Brettas, da Ynner Treinamentos, indica 7 atividades para estimular a criatividade
Camila Pati
Publicado em 9 de abril de 2015 às 06h08.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h46.
São Paulo – Ser criativo é ser capaz de criar conexões incomuns. Esta é a definição de criatividade que o publicitário Tadeu Brettas, da Ynner Treinamentos, mais gosta. “Geralmente os melhores resultados nascem de um olhar inusitado, de associações inesperadas”, explica o especialista. Além de repertório de informações, a inspiração para conseguir estabelecer essas conexões criativas pode vir do universo infantil. De acordo com Brettas, as crianças, por estarem ainda elaborando o mundo, são mestres em estabelecer as tais conexões insólitas. Por isso, muitos treinamentos dados pelo especialista em empresas têm como objetivo resgatar a criança interior por meio do universo lúdico. A ideia é afastar momentaneamente os profissionais do turbilhão corporativo e apresentá-los a atividades divertidas e relaxantes para destravar a criatividade e estimular a capacidade de resolução de problemas. “Uma vez distante do problema, no momento em que relaxamos, a resolução aparece. O fato é que o nosso cérebro ainda estava trabalhando no desafio, só é algo que não percebemos de forma consciente. É a chamada iluminação”, explica. Confira, nas fotos, algumas atividades que têm esse poder de estímulo da criatividade, indicadas por Tadeu Brettas:
No dia a dia de trabalho é difícil encontrar tempo para fazer brincadeiras, contar piadas, dar risadas. Mas estes momentos de descontração podem ser o gatilho que falta durante o expediente para o surgimento de novas e boas ideias. E o melhor lugar para isso - se a sua empresa não é do tipo descolada que tem as chamadas salas de descompressão – é no espaço do café, diz Bretas. Por isso, por mais que sua agenda esteja lotada de afazeres, não negligencie estes minutos mais descontraídos com seus colegas de trabalho no café da empresa.
“Tive um diretor que não conseguia falar sobre suas ideias sem estar fazendo uns rabiscos em papel”, diz Brettas. Ao desenhar, as partes do cérebro relacionadas ao processo criativo são estimuladas. Mas não é só o desenho que tem esse poder. Atividades artísticas, em geral, têm esse efeito. “A mensagem aqui é um pouco mais profunda. O que quero dizer é: desenvolva sua sensibilidade através da arte. Pode ser pela pintura, pela música, pelo teatro, pela literatura”, diz.
“Tem uma frase que eu gosto que é: quem não corre nenhum risco está correndo todo o risco”, diz Brettas. Em outras palavras: menos manuais e mais espontaneidade. “Teve uma ideia? Libere-a de forma autêntica, com educação mas sem receio”, indica Brettas.
“Da quantidade de ideias é que sai a qualidade”, diz Brettas. Não economize insights, deixe-os fluírem sem julgamentos ou censura. A espontaneidade estimulada resulta em constante brainstorming em relação ao mundo. E é dela que nascem as invenções revolucionárias, diz o especialista.
E por que não? Tempere o cotidiano com mais pontos de interrogação. "A criatividade nasce de perguntas e não necessariamente de respostas. A criatividade nasce do pensamento divergente e não do pensamento convergente", afirma Tadeu Brettas.
Reservar espaço para sair da rotina é o que Brettas chama de encontrar pontos de fuga. Uma viagem no fim de semana, um passeio em um jardim durante a manhã, um almoço diferente: cabe a cada um determinar a atividade dentro de suas próprias possibilidades e limitações.
“Uma dica que eu dou é: crie uma caixa de preciosidades”, diz Brettas. Não confie apenas na sua memória. Viu uma frase engraçada? Anote. Presenciou uma cena inusitada? Registre. Ouviu uma música diferente? Grave o nome. “Com isso a pessoa vai criando o seu repertório de achados”, diz o especialista. Ele mesmo faz isso e, na sua pasta de tesouros, há de fotos de cardápios de restaurante a frases de Millôr Fernandes. “Todas as vezes que me preparo para desenvolver um trabalho criativo eu vou mexer nesses meus achados”, diz.