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Estes são os 5 erros que os brasileiros mais cometem ao escrever em inglês

Antes de mandar aquele e-mail importante na língua inglesa, um recurso gratuito da Cambridge English ajuda a testar e melhor essa habilidade

Escrever: “A construção da frase em português é diferente do inglês" (AntonioGuillem/Thinkstock)

Escrever: “A construção da frase em português é diferente do inglês" (AntonioGuillem/Thinkstock)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 15 de junho de 2018 às 06h00.

Última atualização em 15 de junho de 2018 às 06h00.

São Paulo - Você sabe como está sua escrita em inglês? Antes de mandar aquele e-mail importante na língua, uma ferramenta online e grátis da Cambridge English ajuda a refinar a habilidade.

Usando inteligência artificial, o recurso “Write&Improve” entrega em segundos o texto corrigido e comentado. O usuário pode escolher exercícios de diferentes níveis e acompanhar sua evolução pela plataforma.

Em um ano, o Brasil se tornou o país com o maior número de usuários do recurso, com mais de 20 mil redações em inglês submetidas. Usando uma amostra de 4 mil, foram identificadas as maiores dificuldades de expressão escrita dos brasileiros.

De acordo com Alberto Costa, responsável pedagógico de Cambridge Assessment English, os tipos de erros frequentes têm relação com a estrutura do texto em português.

“A construção da frase em português é diferente do inglês. Nossas frases tendem a ser mais longas, em inglês elas são mais objetivas. Muitos dos erros também têm relação com palavras semelhantes entre as línguas”, diz.

Os erros que os brasileiros mais cometem na escrita são: ortografia, preposições, conjugação, ausência de pronome e o uso incorreto dos determinantes.

Para melhorar a escrita, não tem segredo: é errando que se aprende. Costa recomenda treinar com o Write&Improve, utilizando a correção para reescrever seu texto. “A primeira versão nunca é a definitiva. Quanto mais versões enviar, melhor será o feedback. Ao se cadastrar, a pessoa pode acompanhar seu desempenho com um gráfico de seu progresso”, explica ele.

A leitura também é muito importante, especialmente para conhecer construções diferentes de texto. “Você pode usar os textos como modelos e entender o padrão da comunicação do dia a dia”, fala Costa.

Confira dicas específicas para evitar os erros de texto mais comuns entre os brasileiros:

Ortografia

Geralmente, a pronúncia, cognatos (palavras que têm grafia e significado similares) e letras dobradas causam confusão na hora de escrever. Costa recomenda trabalhar a memória visual com dicionários monolíngues, prestando mais atenção quando nota que o erro é recorrente.

“E, se a questão for tempo, algo simples de se fazer é digitar a palavra desejada no navegador do celular ou nos mecanismos de busca”, diz.

Entre as 15 palavras que os brasileiros mais erraram a ortografia estão: beautiful (bonito), common (comum), language (linguagem), probably (provavelmente), writing (escrita), platform (plataforma), technology (tecnologia), different (diferente), because (porque), apartment (apartamento), opportunity (oportunidade), which (que), punishment (punição), inhabitants (habitantes) e access (acesso).

Preposições

Nesse caso, os brasileiros têm dificuldade em escolher a preposição correta. Em ordem de frequência, as que mais são empregadas de forma errada (quando outra deveria ter sido utilizada) são: in, on, to, for, of, at, with, about, for, from e by.

Entre os padrões que se repetem, estão: o uso de “at”, “on” e “of” para expressar a ideia de local, quando o correto é o emprego da preposição “in” + localização geográfica (por exemplo Brasil, a rua, a cidade, o mundo, o parque, São Paulo, o campo). E isso se repete quando a ideia é falar sobre período de tempo (como história, minha vida, velhice, o passado).

“Uma estratégia para a fixação é que muitos verbos, substantivos e adjetivos já vêm acompanhados por uma preposição específica. Ou seja, memorizar a expressão completa, como no caso de ‘look at’ (olhar para) ou ‘good at’, pode diminuir o número de achismos e aumentar a chance de acertos”, destaca Alberto Costa.

Conjugação

A campeã de equívocos nesta categoria é a forma infinitiva, sendo recorrente esquecer o uso da preposição “to”.

Em ordem de frequência, os verbos e frases que mais precisaram de correção pela falta da preposição "to": need do something (precisar fazer algo); want do something (querer fazer algo); like do something (gostaria de fazer algo); try do something (tentar fazer algo); it is necessary/important/difficult do something (necessário/importante/difícil fazer algo); going do something (vai fazer algo); decide (decidir); know how (saber como); teach somebody how (ensinar algo para alguém); intend (pretender); hope (expectativa); learn how (aprender como).

“Aqui, a melhor amiga dos estudantes é, de fato, a gramática. Consultar as regras e entendê-las em profundidade é fundamental para o emprego correto. Isso porque, além dos verbos modais não exigirem preposição, outros possuem mais de uma regência, como é o caso de ‘try’ (tentar), que é conjugado de uma maneira quando se pretende falar sobre tentar fazer algo (I always try to remember my passwords, em português,  eu sempre tempo me lembrar das minhas senhas) e de outra quando a ideia é indicar uma sugestão ou recomendação (Try using this app. It’s much better!, em português, tente usando esse app. É muito melhor!)”, alerta ele.

Pronome

A ausência do pronome “it” também é algo comum quando o autor do texto quer se referir ao sujeito ou objeto da sentença. Por exemplo: “Yesterday I visited an art gallery. (It) was wonderful and I appreciated (it) a lot” (ontem eu visitei uma galeria de arte. Foi maravilhoso e eu gostei muito).

“Uma dica possível nesse sentido é não ter medo de empregar o pronome. No inglês ele é usado para iniciar frases, para fazer referência a algo dito anteriormente na frase e também para substituir o sujeito nas frases em que ele é indeterminado”, indica o especialista.

Determinantes

Usar ou não usar o “the” antes dos substantivos é um erro simples, mas ainda comum. A regra é que não é preciso utilizá-lo ao escrever sobre coisas de maneira geral, como antes de “English” (inglês), “technology” (tecnologia) ou “life” (vida). Quando se fala de exemplos específicos, o determinante é necessário, como em “the English language” (a língua inglesa), “the internet” (a internet) ou “the world” (o mundo).

O mesmo vale para adjetivos que descrevem sequência (the first - o primeiro) e formas superlativas (the best - o melhor).

“Para facilitar um pouquinho, lembre-se de que substantivos próprios e plurais não têm determinantes!”, finaliza Alberto Costa.

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