14 cargos de executivos que serão badalados em breve
Pesquisa mapeia quais os cargos que já são tendência nos EUA e que podem ser demandados no Brasil nas áreas de TI e saúde
Talita Abrantes
Publicado em 21 de abril de 2013 às 08h36.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h38.
São Paulo - O mundo mudou. Para seguir este ritmo, novos cargos apareceram na estrutura das empresas. As novas siglas que compõem o alto escalão são um exemplo claro disso. E, segundo pesquisa recente da CTPartners, mais do que meras profissões , muitos destes novos cargos começam a entrar na mira dos recrutadores. Confira a lista cargos executivos que já são tendência nos Estados Unidos e que podem despontar no Brasil em breve.
As empresas brasileiras já estão se acostumando com a imagem do gerente de marketing digital na estrutura corporativa. Mas, de acordo com a pesquisa, a tendência é que, nos próximos anos, este cargo assuma uma posição cada vez mais estratégica na companhia. Nos Estados Unidos, o VP de marketing digital já é uma figura corrente em muitas das maiores empresas. Ele tem a tarefa de criar e implementar as estratégias de marketing da companhia em todas as plataformas online. “Ele precisa entender esta geração que está conectada de uma forma nova e tem que saber lidar com informações que não estão estruturadas. Saber como aproveitar estes recursos da melhor forma”, diz Ana Cláudia Reis, uma das sócias da CTPartners.
De acordo com a especialista, o Consumer Internet Chief trabalha em parceria com o VP de marketing digital. “Ele é a pessoa que visa à inovação no marketing online”, diz. A missão dele é desenvolver produtos e conteúdos com foco na experiência do usuário. Além disso, segundo Ana Cláudia, é dele a responsabilidade por fechar parcerias, coordenar as vendas e as decisões de marketing de consumo e editorial.
Nos últimos anos, é fato que a missão do departamento de marketing ganhou um viés mais tecnológico. “Com o advento do big data, análise da nuvem, marketing digital e multicanais integrados ao marketing, o CMO [Chief Marketing Officer) precisa de ajuda com as novas tecnologias de amplitude e profundidade necessárias para gerenciar e entregar a função de marketing para a companhia”, afirma o estudo. Neste contexto, entra em cena o CMIO. “É alguém que conhece de tecnologia e que é capaz de organizar o grande volume de dados. É um CIO voltado para marketing”, diz a especialista.
Antes de tomar corpo nos planos estratégicos da empresa e balizar as decisões tomadas diariamente, os dados que chegam aos sistemas de computadores precisam ser analisados. Atualmente, no Brasil, os cientistas de dados têm a função de colocar estas informações dentro de um contexto para então encaminhar as análises para os departamentos estratégicos. A tendência, segundo o estudo, é que este profissional ganhe senioridade nos próximo anos. Segundo Ana Cláudia, é ele quem terá a tarefa de desenvolve e manter “os frameworks para as análises, consultas e relatórios, usando as melhores ferramentas de inteligência de negócios disponíveis”, afirma. “Ele tem que entender das ferramentas de manipulação de dados e saber até que ponto isso está inserido no negócio”.
Já se foi o tempo em que apenas uma estratégia era suficiente para alcançar os consumidores. Hoje, não basta ter, por exemplo, um ponto de venda físico, é preciso ter uma loja online, marcar presença nas redes sociais, entre outras tantas plataformas. É neste cenário que o diretor de multicanais entra em cena: “Ele é responsável por fazer a integração de todos os canais de vendas e de contato com o cliente – seja online ou os tradicionais”, diz Ana Cláudia.
“Já é uma realidade. As grandes empresas já estão estruturando suas áreas para ofertar serviços na nuvem”, diz Ana Cláudia. “Ele é um profissional com bastante capacitação técnica de infraestrutura e serviços de comunicação de dados, além de terceirização”.
Dentro dos hospitais, o papel do Chief Operations and Integration Officer (COIO) é comandar as complexas parcerias entre hospitais e grupos de médicos com o objetivo a atender melhor o paciente. De acordo com Magui Castro, outra sócia da CKPartners, a ideia é ir além da proposta atual de equipes multidisciplinares locais e partir para uma atuação de equipes multilocais de saúde.Para isso, além de bom entendimento do negócios de saúde, este profissional precisa ter boas habilidades de negociação.
No setor de saúde, o Chief Business Officer tem a missão de criar estratégias para melhorar a atuação da força de vendas, segundo Magui. Para isso, “ele tem que entender tecnologia digital, os hardwares e softwares médicos existentes”. Mas isso não é tudo. Segundo, o estudo, eles também precisam ter uma noção clara dos tratados regulatórios do setor e da estrutura de mercado de saúde.
“Acesso ao mercado é um tópico quente nas empresas de biotecnologia, indústria farmacêutica e de diagnóstico”, afirma o estudo. Afinal, é este departamento que está por trás dos esforços para seguir as drásticas mudanças no setor de saúde. “Ele tem que saber o caminho e a estratégia mais eficiente para apresentar o produto ao médico”, exemplifica a especialista. E, neste percurso, não basta chegar com uma dúzia de amostras gratuitas na bolsa. “O conceito tem que ser muito poderoso”, diz a especialista.
A missão de quem assumir estes cargos é clara: liderar as equipes de desenvolvimento de pesquisas científicas dentro da indústria farmacêutica. Além de experiência no desenvolvimento de novos medicamentos, estes profissionais precisam de uma apurada visão do negócio, segundo o estudo.
Seja pelas novas regras do setor ou pela própria natureza dinâmica do mercado, a área de saúde está mudando. E o vice-presidente de marketing de empresas ligadas ao setor precisam estar atentos. “É ele quem fará toda estratégia”, afirma Magui.
No Brasil, esta área ainda não tem um cargo de vice-presidente, afirma Magui Castro. “Lá fora, o papel dele é estruturar as vendas por canais e decidir qual a estratégia mais eficiente para cada produto e região”, diz.
Big data, análise de dados da nuvem, marketing digital e multicanais também estão entrando aos poucos para o dicionário estratégico das empresas de saúde. Neste cenário, emerge a figura do Chief Marketing Information Officer. A tarefa dele é aliar as estratégias de marketing da companhia com as novas tecnologias. Mas, atenção: ele não precisa ter as mesmas habilidades do CIO. “Ele preenche as lacunas”, diz o estudo
A nova legislação de saúde dos Estados Unidos determina a integração de todos os registros médicos de pacientes. Neste cenário, a figura do executivo de tecnologia da informação ganha um papel ainda mais estratégico. Mesmo sem uma regra parecida, por enquanto, no Brasil, a tendência é que profissionais com uma visão estratégica do negócio e com habilidades técnicas na infraestrutura de TI sejam mais demandados.
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