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Pesquisa aponta para alta nos gastos com comida fora de casa, registrando R$ 61 bi no foodservice

Dados do segundo trimestre de 2024 apontam para melhora no setor, mas empreendedores ainda precisam ficar atentos

 (AntGor/Getty Images)

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Publicado em 2 de setembro de 2024 às 13h00.

O dono de restaurante ou qualquer outro estabelecimento dentro da categoria foodservice precisa saber: o brasileiro está gastando mais com comida fora de casa — 3% a mais do que em 2023, para ser mais exato.

Segundo dados do Instituto Foodservice Brasil (IFB) referentes ao segundo trimestre deste ano, a população gastou cerca de R$ 61,4 bilhões comendo fora de casa – ou pedindo delivery

3% pode parecer pouco, mas o montante registrado é recorde do setor, sendo o valor mais alto já registrado pela pesquisa – chamada CREST (Consumer Eating Share Trends) e que já é realizada pela IFB há nove anos.

Isso significa que o vento está a favor do foodservice?

Não exatamente. Os dados do CREST apontam para melhorias em áreas específicas, mas os donos de restaurantes ainda precisam ficar atentos. 

Pontos positivos:

  • O ticket médio mostrou incremento de 4%
  • Vendas nominais apresentaram um crescimento robusto de 15,7% 
  • Na análise de mesmas lojas, esse índice foi de 12% 
  • As transações totais aumentaram 10,3%. 

Pontos de atenção:

  • O tráfego de visitas totalizou 3,1 bilhões, uma queda de 1% 
  • A aceitação das marmitas congeladas segue crescente, competindo diretamente com o setor. 

O que é preciso para manter o avanço do foodservice no segundo semestre de 2024?

Para os donos de restaurantes e outros estabelecimentos no foodservice – serviços de alimentação – a análise de comportamento do consumidor brasileiro pode basear uma boa estratégia para o restante de 2024.:

  • As classes sociais revelaram dinâmicas distintas, com crescimento do consumo nas  classes A e C, e redução na classe B 
  • O Nordeste e o Sudeste representaram quase 70% do tráfego total do setor 
  • Sexta-feira e sábado continuam se destacando, enquanto a segunda-feira apresentou forte declínio no tráfego
  • Houve variações nos períodos do dia, com crescimento pela manhã e durante o almoço, mas redução à tarde e à noite

Segundo a IFB, os canais de venda se mantiveram estáveis, apesar de nova queda no delivery. 

E quais os segmentos que estão se saindo melhor?

80% do aumento de gastos entre o primeiro e o segundo trimestre de 2024 veio de quatro segmentos principais: 

  • Fine dining 
  • Lanchonetes 
  • Supermercados/hipermercados 
  • Redes de não empratados.

“Apesar do resultado histórico, os desafios no tráfego permanecem, especialmente no segmento de fast food, no qual as lanchonetes se destacaram positivamente. No entanto, o full service mostrou estabilidade, e o segmento de conveniência teve uma boa performance”, conclui Ingrid Devisate, vice-presidente executiva do IFB.  

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